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PCM Entrevista: Jimmy Whelan, ciclista da Glassdrive/Q8/Anicolor

O regresso ao ‘doce lar’

Fonte: Instagram de Jimmy Whelan

A saída da EF Education First deixou Whelan sem equipa. O retorno a solo australiano parecia inevitável, e foi na Team Bridgeline, equipa continental australiana, que Whelan encontrou o apoio necessário para relançar a carreira. Foi novamente no palco dos Campeonatos Nacionais Australianos que regressou ao ciclismo competitivo, e com uma forte exibição, de quem estava disposto a não baixar os braços:

Naturalmente, é difícil negociar um contrato após duas quedas graves. Foi difícil para as equipas entenderem a situação e saberem se estava totalmente recuperado. Naturalmente, ninguém quer comprar um produto com defeito. Era essa a minha situação no início de 2022. Felizmente, como australiano, tenho a possibilidade de competir no Campeonato Nacional da Austrália todos os anos em janeiro. Nesse cenário, era a motivação perfeita para tentar vencer a prova de estrada e mostrar que ainda era um ciclista de nível mundial, competindo contra os melhores. Consegui ficar em segundo lugar no Campeonato Nacional Australiano de Elite [apenas perdendo para Luke Plapp, ed.], e esperava que isso chamasse a atenção de algumas equipas. Efetuaram-se algumas conversas com equipas do World Tour e Pro Tour, mas não passaram disso.

Destinado a cumprir o calendário nacional australiano, Whelan cedo mostrou que a qualidade que o havia levado até ao World Tour não ficou perdida nas estradas do País Basco e da Valónia:

Venci a corrida Santos Festival of Cycling, que era uma espécie de Tour Down Under exclusivo para australianos por causa da COVID, o que me abriu novamente contactos com algumas equipas. Mas novamente, as conversas não foram adiante, porque por esta altura já os plantéis das várias equipas estavam fechados. Tive a sorte de contar com o apoio da Team Bridgeline durante toda a temporada.

Com as portas da Europa e das grandes equipas novamente fechadas no final da época passada, tudo o que ficou foi a mesma fórmula que tem trazido algum sucesso a Whelan, nos primeiros meses deste ano:

Não consegui nenhum contrato profissional no final do ano passado e fiz a mesma coisa, no Campeonato Nacional da Austrália. Mostrei que estava numa forma muito boa e que era um ciclista de qualidade. Vim para a Europa, continuei a treinar, sempre com o pensamento de que poderia surgir uma vaga em algumas das equipas com quem conversei. Houve algumas conversas novamente, mas é realmente difícil entender o quão legítimas são, ou quão próximas podem estar de se concretizar.