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O rescaldo da época nacional 2023: a opinião dos diretores desportivos

O rescaldo da época nacional 2023: a opinião dos diretores desportivos

AP Hotels & Resorts – Tavira – SC Farense (Vidal Fitas)

As palavras de Vida Fitas em fevereiro seriam premonitórias daquilo que foi a temporada 2023 para a equipa da AP Hotels & Resorts / Tavira / SC Farense. Grande parte de resultados de relevo registados pela formação algarvia no grosso da temporada foram assegurados pelos elementos mais experientes, nomeadamente através de Délio Fernández e Samuel Blanco, com Miguel Salgueiro e Diogo Barbosa a pontilharem, esporadicamente, a folha de resultados com lugares entre os dez primeiros em algumas corridas. Até à Volta a Portugal, a AP Hotels & Resorts / Tavira / SC Farense não conquistou qualquer vitória, sendo de salientar apenas, no que concerne a top-3, o terceiro posto de Venceslau Fernandes na geral da classificação das metas volantes do Grande Prémio Abimota. Já no que diz respeito a top-10, foram 24, entre etapas e classificações gerais.

Délio Fernandez de amarelo na 6ª etapa da Volta a Portugal (Fonte: Instagram do Clube de Ciclismo de Tavira)

No entanto, o cenário mudou (para melhor) com a chegada da Grandíssima. A tal evolução dos benjamins da equipa, que secundaram o líder na prova mais importante da temporada, decerto contribuiu para os tavirenses, nos pedais de Délio, venceram a mítica etapa da Torre (5ª etapa) e envergarem a tão almejada camisola amarela (perdida na etapa seguinte). De registar também, na mesma corrida, a 2º posição de Délio na etapa da Senhora da Graça (9ª etapa), e os dois lugares no top-10 alcançados nas 2ª e 4ª etapa, por intermédio de Salgueiro e Délio, respetivamente.

Mas os lugares de destaque não se ficaram pelo mês de agosto. A fechar a época com chave de ouro, a equipa conquistou mais duas vitórias (por Barbosa e Salgueiro) e dois top-10 (através de Salgueiro) no Grande Prémio Jornal de Notícias, e um pódio na última prova do calendário nacional, o GP Mortágua – Pedro Silva (3º lugar de Salgueiro).

No cômputo geral, Vidal Fitas mostra-se agradado com aquilo que os seus pupilos foram capazes de mostrar ao longo do ano, relegando os resultados desportivos para segundo plano:

Temos de considerar o balanço positivo. Uma série de jovens, uma série de gente nova que entrou para a equipa, que tivemos de os trabalhar, pô-los a vencer. Esse é um trabalho de muita paciência e demora de tempo. Felizmente, nesta parte final do ano, ou na segunda metade da temporada, os resultados começaram a aparecer. As potencialidades dos atletas começaram a vir ao de cima, depois de no início da época alguns problemas físicos terem afetado um pouco aquilo que os ciclistas realmente valem. Felizmente, e independentemente de alguns acabarem por também terem problemas físicos a seguir à Volta a Portugal, ou derivado da Volta, o conjunto no seu todo acaba por estar a um nível bastante bom. Portanto, isso torna a época positiva, independentemente de ter ganho mais ou menos uma corrida. Aquilo que eu penso que é de realçar é a competitividade deles, que aumentou bastante. Tornou-se um grupo bastante competitivo e isso, se calhar, é o fator mais importante. Estar constantemente na luta pela vitória acaba por aumentar a probabilidade de vencer. Portanto, essa evolução do grupo é bastante positiva, é aquilo que nós pretendíamos, e isso está a ser conseguido.

Vidal Fitas

Quanto ao futuro, a aposta é na continuidade:

Sim, digamos que a preparação é baseada neste grupo. Certamente haverá uma ou duas saídas de ciclistas que irão terminar a sua carreira, que têm de ser colmatadas. Mas a ideia é manter este grupo e tentar colmatar aquelas deficiências que nós temos em termos de grupo, para que ele se torne o mais compacto possível.

Vidal Fitas
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