PCM Entrevista: Mário Costa e o estado atual do ciclocrosse em Portugal

O diminuto número de provas em solo nacional

Um dos grandes problemas identificados por Mário Costa foi, precisamente, o baixo número de provas que temos no calendário nacional. Da temporada de 2021/2022 para a temporada de 2022/2023 vimos o número reduzir de 10 para 8, sendo que aqui bem ao lado, na Galiza, por exemplo, existem cerca de 20 provas no decorrer da temporada de ciclocrosse.

Aquilo que eu vou percebendo da parte de quem organiza provas é que há alguma falta de vontade das pessoas, não tem havido muita colaboração e depois isso acaba por levar à diminuição do número de provas. Onde eu quero chegar é que nós temos poucas provas, sendo essas provas organizadas por pessoas com a sua boa vontade, não temos organizações profissionais a organizar as provas. Se calhar está-se a ir muito ao pormenor de reclamar aqui e ali que leva os organizadores a organizar uma vez e não voltar a organizar. Isto depois é uma bola de neve que se cria aqui e leva a um desinteresse total à volta das corridas em si. As corridas se não forem atrativas e se não tiverem participação não vai haver quem queira organizar e não havendo quem queira organizar não haverá corridas, está tudo interligado.

Mário Costa

Uma das ideias que poderia ser tida como uma melhoria, apresentada pelo próprio ciclista, seria a da introdução de um patrocinador para a Taça de Portugal de Ciclocrosse para assistirmos a provas ainda mais competitivas.

Penso que a Federação Portuguesa de Ciclismo deveria procurar um patrocinador para a Taça de Portugal, acho que isso era fundamental que se fizesse urgentemente, porque só assim eu vejo capacidade de se poder distribuir esse patrocinador pelas várias organizações que compõe a Taça de Portugal e fazermos provas mais competitivas.

Mário Costa

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