Elites Masculinos – Domingo às 14h10


Wout van Aert – Número 7 do Ranking Mundial, vencedor da Taça do Mundo 2020/2021. 5 vitórias na época, incluindo vitória nas Taças do Mundo de Dendermonde e de Overijse. Após uma época demolidora na estrada, Wout voltou ao cyclocross no final de novembro, em Kortrijk, abrindo a época com um 3º posto. A partir daí começou uma das melhores temporadas de cross dos últimos anos para o fenómeno belga, com 14 corridas disputadas e 1 quarto lugar como pior resultado. Desde 20 de Dezembro que, em 11 corridas, ou foi 1º ou 2º. Pelo meio arranjou tempo para ser pai pela primeira vez e para voltar a conquistar o tricolor belga, bem como para conquistar a geral da Taça do Mundo, que já não era sua desde 2017. Chega a Oostende com a vantagem anímica sobre o seu némesis, Mathieu van der Poel, após lhe ter ganho sem contestação em Overijse. Na localidade costeira belga vai ter um percurso que será do seu agrado, com longas secções onde será necessário impor uma forte potência constante. Com 3 títulos mundiais no currículo como elite e 1 como sub-23, conseguirá conquistar mais uma camisola do arco-íris?
Mathieu van der Poel – Número 3 do Ranking Mundial. 9 vitórias na época, incluindo a vitória nas Taças do Mundo de Namur e de Hulst. Tal como Van Aert, chega ao cross após uma época de estrada com vários sucessos, entre os quais o mais inesquecível será certamente o triunfo milimétrico na Ronde van Vlaanderen sobre o seu grande rival. Abriu a época em Antuérpia, logo com uma vitória, e desde então, nas 13 corridas em que participou venceu por 9 vezes, não fazendo pior que segundo. Após a derrota em Overijse chega com sede de vingança. E todos sabemos que muito raramente Van der Poel tem dois dias maus seguidos. Já esta época, após ser humilhado por Van Aert em Dendermonde, procurou deixar uma mensagem na semana seguinte em Hulst e cortou a meta com uma 1 minuto e meio de vantagem. Muitas vezes apelidado de “Rei da Areia”, pela sua técnica exímia em que parece surfar pela areia, vai encontrar um novo desafio na praia de Oostende. Com 3 títulos mundiais no currículo como Elite e 2 como Júnior, o grande objetivo do seu inverno é juntar mais uma camisola do arco-íris à coleção. Após domingo, o foco passa para a estrada.
Tom Pidcock – Número 8 do Ranking Mundial. 1 vitórias na época, na clássica de Gavere. Com uma progressão constante ao longo dos últimos anos, esta foi a época mais consistente do polivalente prodígio britânico. Com 8 pódios em 13 corridas disputadas, chega aos mundiais um pouco na sombra do duelo Van Aert-Van der Poel, num percurso que talvez não seja o mais indicado para as suas características, mas os resultados mais recentes tornam-no num dos principais candidatos ao pódio e que poderá aproveitar um deslize dos dois principais favoritos. Com 1 título mundial júnior e 1 título mundial sub-23 no currículo, tem como melhor resultado nos elites a medalha de prata conquistada em Dubendorf 2020, dia em que foi uma das surpresas da prova.
Laurens Sweeck – Número 5 do Ranking Mundial. 2 vitórias na época. Com provavelmente uma das melhores épocas da sua carreira, Laurens Sweeck tem em Oostende um percurso que lhe assenta que nem uma luva. Ciclista que normalmente se destaca nos percursos com menos elevação, e que tem na areia uma das suas superfícies de eleição, tem neste percurso uma excelente oportunidade para alcançar uma medalha em mundiais, numa luta pelo pódio muito aberta, ele que tem como melhor resultado na prova rainha da especialidade um 5º lugar, que alcançou em 2019 e em 2020.
Toon Aerts – Número 1 do Ranking Mundial. 3 vitórias na temporada. Com um início fulgurante, Aerts alcançou os três triunfos que tem esta época logo à 4ª corrida da temporada. No entanto, apesar de inicialmente Aerts aparentar estar na sua melhor forma, depressa quebrou de nível e baixou de forma, ficando longe da força demonstrada em 2018/2019 e em 2019/2020. No entanto, mesmo sem o instinto vencedor de outros anos, Aerts manteve a consistência, o que lhe permite liderar neste momento a classificação geral do Superprestige. Apesar da areia não ser das suas superfícies favoritas, Toon tem aqui uma oportunidade de aplicar a potência por que é reconhecido, sendo mais um dos homens que se irá posicionar na luta pelo pódio. Já com um título europeu no currículo, tem como melhores resultados em mundiais as medalhas de bronze de 2019 e de 2020
Eli Iserbyt – Número 2 do Ranking Mundial. 6 vitórias na época. Campeão europeu em título e vencedor do Koppenbergcross, Eli começou a época a ganhar, em Lokeren e foi um dos principais animadores da primeira metade da temporada, ganhando por 6 vezes até se dar o regresso de Wout e de Mathieu. Com o aparecimento das superestrelas, vieram também os azares para Iserbyt. Com problemas à partida em Gavere, um problema mecânico na Taça do Mundo de Namur que o afastou logo ao início da corrida e uma queda em Heusden-Zolder que lhe provocou vários problemas físicos e lançou dúvidas sobre a sua preparação aos mundiais, não teve a preparação ideal para este objetivo. A tal soma-se um percurso que não é totalmente do seu agrado, pelo que com todos estes problemas o seu objetivo deverá passar por um lugar no pódio. Campeão mundial sub-23 em 2016 e em 2018, tem como melhor resultados nos elites o 10º lugar do ano passado.
Lars van der Haar – Número 6 do Ranking Mundial. Apesar de ter apenas 29 anos, Van der Haar é já um veterano do ciclocross. Apesar de não ter nenhuma vitória esta temporada, é dono de uma consistência fantástica, não saindo do top-10 em nenhuma das 23 corridas que terminou esta temporada. É também um homem dos grandes momentos, com 1 título europeu e uma geral da Taça do Mundo no currículo. Campeão Mundial de Sub-23 por 2 vezes e medalha de prata nos Elites em 2016, tem o sonho de conquistar esse título na categoria maior, mas um objetivo mais realista para a edição deste ano será a luta pelo pódio.
Michael Vanthourenhout – Número 4 do Ranking Mundial. 3 vitórias na época, entre as quais a Taça do Mundo de Tabór. Provavelmente com a melhor época da sua carreira até ao momento, chega a Oostende como uma das principais alternativas a Wout Van Aert na equipa belga. Após vários anos em que assumia um papel secundário na seleção, conseguiu com as suas performances desta época um lugar de maior proeminência. Com uma vitória emocional na 1ª ronda da Taça do Mundo e um 3º lugar na classificação geral desta competição, terá como objetivo principal o lugar mais baixo do pódio mas se tiver a oportunidade será capaz de aspirar a algo mais. Campeão do Mundo sub-23 em 2015, tem já no currículo uma medalha de prata nos Elites, alcançada em Valkenburg 2018.
Outros nomes a reter: Quinten Hermans, Tim Merlier, Joris Nieuwenhuis, Felipe Orts, Daan Soete, Zdenek Stybar, Corné van Kessel, Gianni Vermeersch