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PCMScience #1 – Treino em altitude: como e porquê?

Fatores que podem condicionar as adaptações ao treino em altitude

Devido ao impacto significativo a que o organismo está submetido nos primeiros dias em altitude, e às adaptações que depois sofre, o ciclista deve estar previamente apetrechado com as melhores ferramentas para não “quebrar”, como por exemplo a nível de hidratação, períodos de descanso ou alimentar. A nível alimentar é fácil compreender pois, uma vez que mais hemoglobina vai ser sintetizada em altitude, é importante que as reservas de ferro estejam em níveis adequados. Mas também é importante ter uma correta ingestão de hidratos de carbono, pois a sua metabolização irá aumentar.

Além disso, a genética também desempenha um papel importante na forma como o organismo irá responder a estes estímulos. De facto, verifica-se que há ciclistas que se adaptam melhor à altitude que outros e uns irão responder a determinado planeamento, enquanto outros não. Tal observação pode ser explicada pela variabilidade a nível dos genes que existe entre os indivíduos. Infelizmente, este é um campo ainda pouco explorado a nível desportivo e o reforço da ciência neste âmbito pode ajudar a desvendar alguns mistérios, nomeadamente ao nível do treino em altitude. Mas isso será um tema para um próximo artigo.