Tiróide, hormonas tiroideias e levotiroxina
A tiróide é uma glândula pequena, mas essencial no controlo do metabolismo basal do organismo – ou seja, na velocidade com que o organismo transforma os nutrientes em energia e a usa – mas também no crescimento e desenvolvimento, e em resposta a variações de temperatura. Mais especificamente, a tiróide intervém ao nível da absorção e metabolismo dos nutrientes (como carbohidratos e lípidos), e impacta também o coração, mais precisamente o batimento cardíaco e o volume de sangue bombeado a cada batimento.
Esta ação da tiróide começa na produção de duas hormonas tiroideias fundamentais: a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3). Apesar da produção destas duas hormonas, a forma ativa, e que vai induzir todos estes efeitos, é a T3, que, no entanto, corresponde a cerca de 10% da produção desta glândula. Por outro lado, 90% da produção da tiróide diz respeito à T4, o precursor da T3, ou seja, necessita de ser transformada nesta pela ação de enzimas. Assim, torna-se evidente e lógico a importância da hormona T4 em todos estes processos.
Em casos de patologia da tiróide, observa-se uma desregulação na normal função desta glândula, que se traduz numa produção hormonal fora do normal. No que interessa para este caso, por vezes a tiróide é incapaz de produzir ou produz de forma insuficiente as hormonas tiroideias, uma condição comum denominada hipotiroidismo. E é para o tratamento desta doença que a levotiroxina é usada.
A levotiroxina atua como um análogo da T4, assumindo o papel desta hormona cujos níveis são baixos em condições patológicas. Portanto, tal como a hormona natural, a sua ação será potenciadora dos efeitos referidos acima no texto.
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