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Emanuel Buchmann (Bora – Hansgrohe)

O alemão da Bora – Hansgrohe, quarto classificado do Tour de France 2019, teve um 2020 para esquecer. Depois de ter abandonado o Critérium du Dauphiné devido a queda, entrou na Volta a França ainda afetado por uma lesão e passou completamente ao lado da corrida, o seu grande objetivo da temporada. Assim sendo, vem estrear-se na grande volta italiana este ano, partindo como um dos grandes candidatos à vitória. Buchmann é um trepador muito consistente e, apesar de essa não ser a sua principal especialidade, consegue defender-se bem no contrarrelógio, podendo ter aí uma pequena vantagem face à maioria dos outros candidatos.
Marc Soler (Movistar Team)

Marc Soler é um corredor do qual ainda não se percebeu o verdeiro valor. Não por culpa própria, atenção, apenas porque ainda não teve uma verdadeira oportunidade de liderar a Movistar numa corrida de três semanas – algo que, tendo em conta que falamos de um ex-vencedor do Tour de l’Avenir, ainda por cima espanhol, é totalmente absurdo. Essa oportunidade aparece, finalmente, no Giro deste ano, e Soler parece desejoso de a agarrar. A sua prestação na Romandia foi boa o suficiente para nos deixar com água na boca para aquilo que pode fazer em Itália, agora resta saber se o espanhol de 27 anos vai estar à altura das exigências, ou se irá sucumbir aos críticos, que parecem ser muitos.
Jai Hindley + Romain Bardet (Team DSM)

A Team DSM apresenta-se no 104º Giro d’Italia com o que aparenta ser uma liderança bipartida. De um lado temos Jai Hindley, o primeiro dos derrotados da última edição, que vem fazendo uma temporada discreta, correndo sempre em prol da equipa; do outro temos Romain Bardet, que vai fazer a sua estreia na Volta a Itália, e que ingressou na Team DSM para tentar reencontrar o nível que lhe permitiu fechar duas vezes pódio no Tour. Hindley e Bardet prometem incendiar a corrida na alta montanha, sendo dois dos corredores que mais estou curioso para ver na estrada, pelas diferentes estratégias que podem adotar.