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Antevisão da época nacional 2023: a opinião dos diretores desportivos

ABTF Betão – Feirense (Joaquim Andrade)

A mudança do ano trouxe uma remodelação quase total na ABTF Betão – Feirense. Foi notório o incremento de investimento que a equipa fogaceira teve, e que apanhou de surpresa os adeptos da modalidade, pois foi das que mais mexeu no último defeso, mantendo unicamente três ciclistas que compunham o plantel de 2022 (Fábio Oliveira, Francisco Pereira e Ivo Pinheiro). A contratação mais sonante foi mesmo a de António Carvalho (ex-Glassdrive / Q8 / Anicolor). A Carvalho juntaram-se os regressados à Feira Afonso Eulálio (ex-Glassdrive /Q8 / Anicolor) e o filho de Joaquim Andrade, Pedro Andrade (proveniente da Efapel Cycling), mas também Santiago Mesa (ex-Manuela Fundación), Barry Miller (ex-BAI Sicasal Petro de Luanda), Francisco Moreira (ex-Kelly / Simoldes / UDO), e ainda a habitual aposta na juventude, com a incorporação de Diogo Oliveira (júnior na equipa Santa Maria da Feira – Segmento d´Época).

O plantel que Joaquim Andrade tem à disposição permite encarar a temporada de 2023 com ambição acrescida:

Temos boas perspetivas para o ano de 2023. Começámos bem a época, o que nos dá uma motivação acrescida. Iremos encarar prova a prova, sempre com o objetivo de tentar estar na discussão das vitórias.

ABTF Betão – Feirense após a vitória na Prova de Abertura.
Foto: João Fonseca Photographer (UVP – Federação Portuguesa de Ciclismo)

Para já, a equipa não poderia ter tido melhor início de ano, uma vez que já conta com uma vitória, e logo na primeira prova da época, a Prova de Abertura, pela mão do reforço Santiago Mesa. O espanhol apresentou-se da melhor forma ao pelotão nacional, o que deixou Andrade bastante satisfeito:

[Mesa, ed.] ainda está em processo de adaptação, mas para já as indicações são muito boas. É um jovem ainda, mais jovem no ciclismo do que a própria idade, porque tem poucos anos de ciclismo de estrada, mas que tem uma capacidade muito forte nos sprints e vamos tentar também moldar a equipa para o ajudar o máximo possível, porque penso que poderá estar na luta de muitas vitórias.

O líder dos fogaceiros pautou o seu discurso com a cautela e modéstia que o caracterizam, mas não ficou indiferente ao tema “Volta a Portugal”, revelando que tem grandes expectativas para a prova maior do ciclismo nacional:

É um dos objetivos, estarmos na discussão da Volta. Há equipas mais homogéneas, há equipas no papel mais fortes, mas nós temos um dos corredores mais fortes do nosso pelotão, que é o António Carvalho, que já tem provas dadas e está sempre bem naquele tipo de prova. Mas temos outros valores também, jovens ainda, que estão em progressão, e que na Volta poderão fazer-nos ter um bloco mais forte que o que temos agora.