Após uma jornada que não esteve à altura das (muitas) expectativas que foram criadas, a 3ª etapa do Tour não fugiu ao guião que já estava “escrito”: sem vento, totalmente plana, e com uma mais que previsível chegada ao sprint, em Sønderborg. Não seria, com certeza, a mais excitante das etapas, e menos se tornou quando apenas um ciclista fez parte da fuga do dia, Magnus Cort (EF Education-EasyPost), líder da camisola das bolinhas. Mas para o homem da casa, nada deve ter dado mais prazer do que rodar 128 quilómetros isolado, aos pés dos entusiastas adeptos dinamarqueses, reforçando a liderança na camisola da montanha (foi o primeiro a passar nos três prémios de montanha de 4ª categoria do dia). No pelotão, o único momento de interesse, foi a luta pelo segundo lugar no sprint intermédio de Christiensfeld. Nesta luta particular, foi Wout Van Aert (Jumbo-Visma) a levar a melhor sobre Fabio Jakobsen (Quick-Step Alpha Vinyl).
Nos últimos 20 quilómetros, e já em pelotão compacto, as equipas dos sprinters assumiram o controlo da corrida, aumentando significativamente o ritmo do grande grupo. Com o nervosismo das colocações, e num estreitar de estrada, uma queda na cabeça do pelotão ainda ameaçou baralhar as contas da etapa (e da geral), mas os principais candidatos escaparam impunes.
E, tal como o guião indicava, o final foi mesmo disputado ao sprint. Com recurso ao photo finish, foi Dylan Groenewegen (BikeExchange-Jayco) a bater por centímetros o camisola amarela Van Aert e o belga da Alpecin-Deceuninck, Jasper Philipsen. Na contas da geral, a alteração mais relevante foi a saída de Filippo Ganna (INEOS Grenadiers) do top-10 desta classificação.
E assim, o Tour abandona terras dinamarquesas para entrar, finalmente, em França. Amanhã, o pelotão enfrenta o primeiro dia de descanso, que irá servir para se mudar de malas e bagagens para o norte de França, mais propriamente Dunquerque, que irá albergar a partida da 4ª etapa do Tour, na próxima terça-feira.
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