Arranca, já amanhã, a 12.ª edição do Grande Prémio O Jogo / Leilosoc, sendo que contará com 4 etapas. O percurso terá de tudo um pouco, no entanto a chegada ao Santuário da Nossa Senhora da Franqueira, na 3.ª etapa, promete ser o ponto alto da prova.
À hora de escrita do artigo estão pré-inscritos 104 ciclistas, distribuídos por 15 equipas. Estarão em prova as 9 equipas Continentais UCI portuguesas; 5 das 6 equipas de Clube/Sub-23, onde se destaca a ausência da Óbidos Cycling Team, que estará presente na Ronde de l’Isard (uma das maiores provas internacionais do escalão de Sub-23); e, ainda, a presença de 1 estrutura amadora espanhola: a Zamora Enamora Cycling Team.
Tudo o que precisas de saber sobre o percurso!
O Grande Prémio O Jogo irá ter 4 etapas, como acima referido, e os ciclistas irão percorrer 565 quilómetros durante os 4 dias de competição. A corrida irá conter tiradas com um percurso bastante ondulado, com especial foco nas chegadas da 1.ª e da 3.ª etapa, sendo que só deverá existir uma etapa onde os sprinters presentes em prova poderão brilhar, que aparecerá na segunda jornada do certame. Espera-se que as grandes decisões estejam reservadas para o Santuário da Nossa Senhora da Franqueira, no sábado, com a 3.ª etapa a acabar nesta subida de 2.ª Categoria.
1.ª Etapa: Mêda – Trancoso (134,7 quilómetros)
A primeira jornada irá ter o condão de ser a mais curta da competição, porém poderá ser logo uma das mais decisivas no que conta à luta pela geral do Grande Prémio O Jogo. A etapa terá muito poucos metros planos, sendo que irá ter um sobe e desce constante ao longo de todo o dia. As dificuldades orográficas categorizadas, ambas de 3.ª Categoria, aparecem na primeira metade da jornada, em Aveloso e em Sebadelhe da Serra, porém será a aproximação à meta de Trancoso que poderá proporcionar as maiores movimentações do dia. A chegada não é categorizada, no entanto serão 8 quilómetros a subir a uma pendente média de 3,6% o que poderá fazer com que existam ataques e o pelotão não chegue totalmente compacto à linha de meta, na Avenida Heróis de São Marcos. A etapa contará, ainda, com 2 Metas Volantes, em Trancoso e em Vila Franca das Naves e com 1 Meta Autarquias, em Mêda.

2.ª Etapa: Trancoso – Vila Nova de Poiares (146,2 quilómetros)
O segundo dia será aquele que será mais propício a uma chegada em pelotão compacto, no entanto irá apresentar algumas armadilhas já nos últimos 40 quilómetros da etapa. A primeira dificuldade montanhosa categorizada será uma 2.ª Categoria, em São Pedro Dias e terá quase logo de seguida, encadeada, uma 3.ª Categoria, no Vale do Gueiro, o que promete animar e aquecer bastante a etapa. Até ao final irão existir outros topos onde o pelotão se poderá fracionar, no entanto espera-se que a chegada à Avenida Doutor Daniel de Matos seja feita em pelotão compacto, onde os ciclistas mais rápidos do pelotão nacional tentarão brilhar. A etapa contará, ainda, com 2 Metas Volantes, em Vila Branca e na Efapel e com 1 Meta Autarquias, em Poiares.

3.ª Etapa: Barcelos – Barcelos (147,8 quilómetros)
A etapa rainha aparecerá ao terceiro dia de competição e terá como pano de fundo o Santuário de Nossa Senhora da Franqueira, onde partirá e acabará a jornada. O início será feito a toda a velocidade, tendo o Prémio de Montanha de 3.ª Categoria de Portela do Vade como o primeiro grande aperitivo do dia. No entanto a partir daí a tirada irá ter um percurso bastante rolante, até chegarem à zona de Feitos onde a corrida voltará a endurecer e onde o pelotão poderá começar a partir-se. Depois de coroada essa dificuldade montanhosa não categorizada os ciclistas irão ter uma descida que os levará diretamente à Franqueira e, aí, tudo será decidido, já que a subida conta com cerca de 5 quilómetros a 5,5%, sendo que os 3 últimos quilómetros terão uma pendente média de 7,5% e que promete dar um bom espetáculo e proporcionar bastantes diferenças entre os grandes candidatos a levar a prova de vencida. A etapa contará, ainda, com 2 Metas Volantes, em Vila Verde e em Balugães e com 1 Meta Autarquias, em Arcos de Valdevez.

4.ª Etapa: Paredes – Paredes (136,3 quilómetros)
O Grande Prémio O Jogo irá terminar no local que já vem sendo habitual: Paredes. A etapa será tudo menos que uma mera tirada de consagração, já que nesta etapa irá imperar um carrossel vertiginoso de sobe e desce constante. O prato principal da etapa irá aparecer, sensivelmente, a meio do dia com a única 1.ª Categoria da competição e logo numa subida tão importante como a subida do Viso, que terá aproximadamente 9 quilómetros a uma pendente média de 6,4% e que poderá causar bastantes estragos no pelotão, mesmo tendo em conta o quão longe está da meta. A 30 quilómetros do final aparecerá a 3.ª Categoria de Barrosas que irá reduzir ainda mais o lote de favoritos à conquista da etapa e da geral do certame, sendo que até à meta já não haverá grandes dificuldade de grande vulto, no entanto espera-se que chegue, somente, um grupo reduzido ao Parque José Guilherme, palco da chegada do dia e do epílogo da corrida. A etapa contará, ainda, com 2 Metas Volantes, em São Jorge de Vizela e em Freamunde e com 1 Meta Autarquias, em Celorico de Basto.

Os nomes a ter em conta para a disputa da prova e algumas possíveis surpresas!
Com uma chegada em alto é crível que os trepadores das equipas nacionais tenham aqui a sua primeira grande oportunidade de brilhar, assim sendo o desfecho do certame irá passar muito pelos ciclistas mais fortes a subir no pelotão nacional. Alguns dos nomes que poderão estar bem na geral da prova e arrecadar alguma etapa serão: António Carvalho (ABTF Betão – Feirense); Afonso Silva e Delio Fernández (AP Hotels & Resorts / Tavira / SC Farense); Jesús del Pino (Aviludo – Louletano – Loulé Concelho); Emanuel Duarte e Luís Fernandes (Credibom / L.A. Alumínios / Marcos Car); Joaquim Silva, Henrique Casimiro e Tiago Antunes (Efapel Cycling); Luís Gomes (Kelly / Simoldes / UDO); Hugo Nunes e Hélder Gonçalves (Radio Popular – Paredes – Boavista); Frederico Figueiredo, Artem Nych e Mauricio Moreira (Sabgal / Anicolor) e, ainda, Bruno Silva (Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua). Algumas das possíveis surpresas na prova poderão ser: Barry Miller (CCL / Matdiver / Anastácio Mendes & Mendes, Lda); Alexandre Montez (Credibom / L.A. Alumínios / Marcos Car); Rui Carvalho (Kelly / Simoldes / UDO); e Tiago Leal e Francisco Peñuela (Radio Popular – Paredes – Boavista).

Foto: Câmara Municipal de Paredes
Ao haver, também, uma etapa mais propícia a homens rápidos existem outros nomes que terão de ser considerados para vitórias em etapa, tais como: Fábio Costa e Pedro Silva (ABTF Betão – Feirense); Tomas Contte e Nicolás Tivani (Aviludo – Louletano – Loulé Concelho); José María Martín Muñoz (CCL / Matdiver / Anastácio Mendes & Mendes, Lda); Diogo Narciso (Credibom / L.A. Alumínios / Marcos Car); Santiago Mesa (Efapel Cycling); João Martins e César Fonte (Radio Popular – Paredes – Boavista); e, ainda, João Matias e Leangel Linarez (Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua).
Quanto à estrutura espanhola da Zamora Enamora Cycling Team irá ter em prova uma equipa bastante jovem, onde pontificam nomes interessantes. O líder da equipa deverá ser Jorge Galvez, que já sabe o que é triunfar numa prova organizada pela Global Notícias Media Group, ele que venceu na quinta etapa da última edição do GP Jornal de Notícias. Para a etapa com possibilidade de chegada ao sprint, o jovem Óscar Rota será a aposta da equipa, que tem conseguido posições de destaque, ao sprint, nas provas do país vizinho. Espera-se, também, que a equipa seja bastante combativa neste Grande Prémio O Jogo e esteja presente nas fugas do dia.

Foto: Igor Martins / Global Imagens
A Portuguese Cycling Magazine estará, no terreno, a acompanhar as duas últimas etapas do Grande Prémio O Jogo, em Barcelos e em Paredes, e a viver as emoções da corrida. Estejam atentos ao nosso Instagram, no sábado e no domingo, para dois dias recheados de conteúdo!
Foto de Capa: Câmara Municipal de Paredes