Outsiders: Quickstep e Jumbo-Visma a correr por fora
Na segunda prateleira de favoritos, encontramos nomes como Matej Mohoric. O vencedor da Milano-Sanremo vem de uma temporada consistente, mostrando que consegue andar com os melhores nos setores de paralelo. Seja com a equipa ao seu lado, onde se destacam o “todo-o-terreno” Tratnik e o experiente Haussler, seja atacando e gerindo uma vantagem a solo, Mohoric será um osso duro de roer para as aspirações dos seus concorrentes.
Outro homem que se costuma destacar a solo, mas que curiosamente venceu o único monumento da sua carreira ao sprint, é o dorsal 1, Kasper Asgreen. O dinamarquês tem salvado praticamente sozinho a honra da Quickstep no meio de uma desastrosa temporada de clássicas, destacando-se o pódio que conseguiu na Strade Bianche. Contudo, a “alcateia” nunca pode ser menosprezada a correr no seu território, especialmente quando terá relativa liberdade para infiltrar os seus “lobos” nas múltiplas movimentações que acontecerão ao longo da corrida, e contam com o regresso do “Trator” Tim de Declerq.
A Jumbo-Visma tem dominado coletivamente a época de clássicas e mesmo sem Wout Van Aert, deverá estar na discussão com Christophe Laporte ou Tiesj Benoot. As duas contratações das “abelhas” vão assumir um papel inesperado. O francês, conhecido pela sua capacidade de sprint, mas que ultimamente tem preferido andar ao ataque, poderá estar ligeiramente acima na hierarquia e não devemos ficar surpreendidos se finalmente voltarmos a ver um francês a conquistar Flandres, algo que não acontece desde 1992.