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Julian Alaphilippe (Deceuninck – Quick Step)

O campeão do mundo chega ao Tour depois da sua maior conquista (o nascimento do seu primeiro filho), sendo provavelmente o corredor mais motivado à partida. Se juntarmos a isso o percurso, com pouca montanha relativamente a edições passadas, Alaphilippe pode ter aqui uma oportunidade de ouro para disputar a camisola amarela até ao final. Não é certo que o francês lute por um bom lugar na classificação geral, mas, se o fizer, pode ser uma surpresa bem agradável.
Jakob Fuglsang (Astana – Premier Tech)

Fuglsang, um dos corredores mais azarados em grandes voltas da última década, apresenta-se no Tour a liderar uma Astana muito sólida, que traz também o duo Izagirre–Lutsenko, que impressionou no Dauphiné. O dinamarquês é um corredor de muita classe e, em condições normais, pode intrometer-se na luta pelo top 5 final.
Rigoberto Uran (EF Education – Nippo)

Rigoberto Uran é sinónimo de consistência. O colombiano garante sempre lugares honrosos de maneira discreta, sendo raro vê-lo atacar. Por isto, foi surpreendente vê-lo atacar Carapaz no Tour de Suisse, prova onde deu excelente conta de si e destruiu a concorrência no contrarrelógio. A performance de Rigo deixou água na boca e, com a ajuda do português Rúben Guerreiro, veremos o que o homem da Education First será capaz de fazer na Grande Boucle.
David Gaudu (Groupama – FDJ)

Se o monstruoso Tadej Pogacar não estivesse à partida, David Gaudu seria o grande candidato a vencer a classificação da juventude. Assim, o jovem da Groupama – FDJ terá de se contentar com outros objetivos e tentar repetir a sua prestação da Vuelta do ano passado, onde fechou no top 10 e venceu duas etapas. Tem capacidade para isso (e até para mais).
Enric Mas (Movistar Team)

Enric Mas encontra-se numa situação semelhante à de Geraint Thomas. Tal como o britânico, corre numa equipa do seu país natal. Tal como o britânico, vê a sua liderança ameaçada por um colega de equipa mais forte na montanha. Parece muito difícil ver Mas repetir o quinto lugar de 2020, mas o espanhol pode ser um joker muito importante para López e um grande agitador da corrida. Conhecendo a Movistar, uma coisa é certa: vamos ter decisões táticas estranhas.