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PCM Entrevista: Hélder Gomes, mecânico da EF Education-EasyPost

A realidade do World Tour

Parte da estrutura que a equipa estadunidense trouxe para a Figueira Champions Classic

O salto para uma equipa WT veio, naturalmente, acompanhado de grandes mudanças, nomeadamente a realidade e dimensão de uma equipa WT como a EF Education-EasyPost, quando comparados com os de uma equipa Continental, com é o caso das equipas portuguesas. E foi com o recurso ao futebol (não fosse esse o desporto rei em Portugal) que Hélder Gomes tentou explicar essas diferenças:

Para muita gente compreender melhor, que é muito fácil, dou o exemplo com o futebol. Uma coisa é jogar no Porto, ou no Benfica, ou no Sporting, e de repente aparece um convite para ir para o Real Madrid, ou para o Barcelona, ou para o Manchester City.

E a magnitude desta diferença traduz-se na complexidade e tamanho da estrutura da equipa estadunidense, com números que impressionam:

Atualmente eu não sei ao certo, mas serão 15 ou 20 pessoas que trabalham [numa equipa Continental portuguesa], mais os atletas. Por exemplo, a minha equipa ainda agora esteve em estágio em Barcelona, em Girona, e no total éramos 120 pessoas.Temos pessoas que tratam dos voos, pessoas que tratam dos media, pessoas que tratam do marketing… são muitos departamentos. É uma coisa grande mesmo.

Parte da estrutura que a equipa estadunidense trouxe para a Figueira Champions Classic

No entanto, há sempre o reverso da medalha, já que a dimensão do desafio e da responsabilidade é inversamente proporcional à disponibilidade de Hélder Gomes para a família, como nos contou com peso nas palavras:

Por exemplo, durante o ano eu passo mais ou menos em média entre 180 a 200 dias fora de casa.