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Michael Woods evita a Fuga de la Fuga, Pogacar continua a remontada

Michael Woods foi o grande herói no regresso do Puy de Dome ao percurso do Tour, conseguindo uma enorme recuperação nos quilómetros finais da etapa, recuperando mais de um minuto para vencer a etapa. Nos 182 quilómetros que ligaram Saint-Léonard-de-Noblat a Puy de Dôme o canadiano obteve a sua primeira vitória no Tour, depois de já ter no palmarés dois triunfos da Vuelta.

A Fuga de la Fuga quase vingou

A fuga do dia formou-se com uma relativa facilidade, ainda antes do primeiro ponto de destaque no dia, o sprint intermédio em Lac de Vassivière, já a fuga de catorze unidades estava na frente e com luz verde do pelotão. Neilson Powless líder da montanha foi um dos grandes nomes na frente, onde se juntavam Micheal Woods, Matteo Jorgenson e Alexey Lutsenko como os melhores trepadores que poderiam lutar pela etapa, em caso de sucesso da fuga. Outros nomes fortes ainda tentaram saltar do pelotão como Alaphillipe, Skjelmose ou Gall, mas o grupo de escapados do dia estava definitivamente consolidado.

No sprint intermédio Jonas Abrahamsen, Uno-X passou em primeiro, com o camisola verde Jasper Philipsen a ainda amealhar mais um ponto ao ser o primeiro do pelotão. Já nas metas da montanha Neilson Powless aproveitou para amealhar pontos nas duas primeiras montanhas do dia.

A vantagem da fuga foi-se consolidando e passou os 10 minutos em relação ao pelotão comandado pela equipa do camisola amarela, abrindo boas chances para um novo triunfo dos escapados neste Tour. 

Com o passar dos kms a vitória da fuga era um dado adquirido, e as batalhas começaram entre os escapados, com a formação de vários grupos, mas foi Matteo Jorgenson a ganhar a batalha tática, conseguindo isolar-se a cerca de 40kms do fim, enquanto Lutsenko ficava para trás, mostrando que este Tour é cada vez mais para esquecer para a Astana, e Michael Woods, apesar de ser considerado o maior favorito à vitória da etapa, também foi apanhado nesta luta, ficando apenas no terceiro grupo na estrada, enquanto à sua frente Powless, Mohoric, De la Cruz e Burgaudeu perseguiam o americano da Movistar.

Fazendo jus à tática da Movistar, Jorgenson tentou executar a Fuga de la Fuga, mas a poderosa recuperação de Michael Woods nos quatro quilómetros mais duros da subida final deixaram o corredor da Movistar apeado, que viria a ser ainda ultrapassado por Latour e Mohoric. O canadiano tirou mais de um minuto de diferença na subida final.

Luta a dois, mas agora com mais companhia

Na parte de trás foi a Jumbo a conduzir a maior parte do tempo o grupo principal, com a aproximação à subida final a ver blocos bem coesos da Ineos e Bora a juntarem-se também à frente. Com Kelderman e Wout Van Aert a abrir caminho, depois entrou ao serviço o incansável Sepp Kuss. A seleção do grupo dos melhores deixou apenas Vingeggard, Pogacar e ainda Hindley, Rodriguez, Pidcock, Simon e Adam Yates. Adam Yates e Jai Hindley foram os primeiros a quebrar, com Carlos Rodriguez a ser o maior beneficiado no assalto ao terceiro posto. 

Os primeiros ataques ainda foram pela mão de Simon Yates, mas a 1.5km do fim Pogacar lançou uma forte investida, com Vingeggard a conseguir seguir no primeiro momento, mas o forçar do ritmo do esloveno deixou o camisola amarela para trás, com uma batalha metro a metro, segundo a segundo. No final foram oito segundos recuperados por Pogacar, com os outros nomes da geral a chegarem também separados por poucos segundos, com Hindley a perder pouco menos de 20s para os seus mais diretos adversários na luta pelo terceiro posto da geral.

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