O dia da primeira etapa para os homens da geral, a chegada ao mítico Etna, começou tranquilo, com uma fuga de 11 elementos a rodar tranquilamente na frente da corrida. Neste grupo constavam nomes interessantes que, com a larga vantagem que o pelotão concedeu, podiam sonhar com a conquista da maglia rosa, como Lennard Kämna (BORA-hansgrohe), Rein Taaramäe (Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux) ou Mauri Vansevenant (Quick-Step Alpha Vinyl Team) ou Juan Pedro López (Trek-Segrafedo).
Nos primeiros quilómetros do Etna, a fuga começou a desmantelar-se. E enquanto Van de Poel descolava no pelotão, o seu colega de equipa Stefano Oldani seguia isolado na frente da corrida. A cerca de 15 quilómetros da chegada, Juan Pedro López não foi de meias medidas e saltou do grupo que perseguia Oldani para alcançar a frente da corrida. Em poucos quilómetros, o espanhol López alcançou e ultrapassou o italiano, e cravou uma vantagem interessante para os restantes adversários. Mas como fuga é sinónimo de Kämna, o alemão deu um ar da sua graça desenvencilhando-se dos restantes colegas de perseguição e partindo no encalce de López. Na terceira posição pedalava Taaramäe.
Nos últimos dois quilómetros, o duo espano-germânico trabalhou em conjunto até ao risco de meta, e o pacto levou Kämna a erguer os braços no topo do Etna e Juan Pedro López a assumir a liderança na classificação geral e o sonho de envergar a tão invejada maglia rosa. O pódio foi fechado por Taaramäe.
No pelotão, os ciclistas rolaram tranquilos montanha acima, e grande parte dos favoritos à vitória final cortaram a meta com o mesmo tempo, incluindo João Almeida (10º). Tom Dumoulin (Jumbo-Visma), Tobias Foss (Jumbo-Visma), Vicenzo Nibali (Astana Qazaqstan Team) e Guillaume Martin (Cofidis) perderam tempo significativo e ficaram, provavelmente, arredados da luta pelo Giro. Rui Costa foi 57º na etapa, a 10:47 min do vencedor, e Rui Oliveira cortou a meta na posição 162, a 29:55 min.