Luís Fernandes reflete sobre a sua carreira enquanto ciclista profissional, que agora termina, e discute os temas principais do ciclismo nacional
Ano novo trará vida nova a Luís Fernandes.O ciclista de 37 anos completou a sua última época como ciclista profissional em 2024, na Credibom/LA Alumínios/Marcos Car. Chegar a profissional foi, aliás, o seu principal objetivo desde que entrou na modalidade; os resultados, entre os quais sobressai um 4º lugar na Volta a Portugal, decorreram de metas posteriores. Luís vê o ciclismo sobretudo como uma competição, mas à qual o apoio da família acrescenta um toque muito especial. São essas as razões que nos levam a compreender a decisão de se retirar.
Na última pedalada, Luís Fernandes conversou com a Portuguese Cycling Magazine sobre as mil e uma que ficam para trás. E a retrospetiva de uma carreira preenchida, naturalmente, transporta-nos para os temas principais do ciclismo nacional, como o impacto dos “3 grandes” do futebol na modalidade, ou a maior competitividade que a Volta a Portugal tem vindo a adquirir nos últimos anos. Por último, reflete de forma mais ampla sobre o ‘cair do pano’ num final desafiante.
Como começou a tua paixão pelo ciclismo?
Já foi há muito tempo. Foi através de um tio meu. Eu andava de bicicleta às vezes, depois numa conversa fui experimentar o clube de ciclismo da aldeia de Paio Pires [Seixal] e foi desde aí.
Como te defines como ciclista e como pessoa?
Como ciclista, acho que sempre cumpri com os objetivos, sempre fui correto… como na vida pessoal, sempre tive as minhas ideias e tentei chegar aos meus objetivos. Das metas que tracei, só houve duas metas que não consegui enquanto ciclista. Também me defino como sempre audaz, capaz de arriscar em momentos decisivos.
A tua primeira equipa profissional foi a OFM-Quinta da Lixa. Como se sente um jovem de 25 anos neste contexto?
Foi gratificante, porque eu tinha tido uma paragem do ciclismo durante alguns anos. Quando fui ao meu segundo ano de ciclismo outra vez, assumi essa responsabilidade. Estava com o José Barros, tinha sido meu diretor desportivo na equipa amadora, e consegui fazer essa passagem. Acho que era uma equipa muito forte e a realidade é que eu era um dos mais fracos dessa equipa. Trabalhei sempre para ir melhorando. Foi um sonho, passar ao profissionalismo foi uma das metas que eu pus quando voltei a modalidade: em 2/3 anos, ou assino um contrato profissional ou volto às minhas funções, trabalho e faço a minha vida normal. No desporto, o que eu quis sempre foi ser profissional, e mesmo com 25 anos consegui.
Quais eram as tuas funções na paragem do ciclismo?
Trabalhei 6 anos numa carpintaria. Em 2006, deixei de correr no meu segundo ano de sub-23 – o meu primeiro ano foi no Águias de Alpiarça, depois essa equipa foi extinta e fui para o Mota [clube de ciclismo de Pombal, dirigido pelo ex-ciclista Fernando Mota]. Deixei de correr a meio da época por razões pessoais, precisava de trabalhar. O ciclismo naquela altura estava a passar uma fase mais complicada. Muita gente pensa que é mentira, mas durante esses 6 anos nunca peguei numa bicicleta. Quando parei, fui trabalhar. Havia muito trabalho nessa área, tive uma parceria com um colega e trabalhámos juntos durante 6 anos. Depois, quando a vida estava mais estável, optei por voltar numa brincadeira. Até foi com o Rafael Reis. Nessa altura, penso que foi 2012, ele tinha ido para a equipa do Mota e em conversa “tu é que podias voltar a correr, dar umas voltinhas.” Fui para o Mota outra vez. Onde deixei de correr, voltei a andar de bicicleta.
Depois da OFM-Quinta da Lixa, correste no Sporting-Tavira. Numa fase em que os “3 grandes” estão afastados do ciclismo, como analisas o seu impacto na modalidade?
Naquela altura, foi um impacto positivo. Quando o Porto apareceu na modalidade, e mesmo o Sporting, o ciclismo voltou a ter um budget, voltou a ter salários mais altos, porque estava a passar uma fase complicada. Passámos por essa experiência na OFM e se não fosse o Sr. Adriano [Quintanilha], quando passou a ser W52-Quinta da Lixa… o Sr. Adriano é que deu um budget à equipa e conseguiu que ganhássemos mais algum dinheiro e tivéssemos mais condições. Depois de aparecerem o Sporting e o Porto, claro que subiram ainda mais os salários com as contratações. Eles queriam reforçar-se com os melhores e foi o que aconteceu. O Sporting contratou os melhores, como o Joni Brandão, o Marque, o Frederico Figueiredo, e a W52-Porto foi crescendo e evoluindo, dentro daquela equipa que era a OFM, até chegar aos patamares onde chegou.
Nessa altura foi bom para a modalidade, mas sinceramente, se me falares que as equipas de futebol fazem falta ao ciclismo nacional agora, eu sou radical: acho que não fazem muita falta. O que nós precisamos é de patrocinadores fortes, que acreditem no ciclismo, e que não façam do ciclismo um trabalho de trolhas. O ciclismo em Portugal é profissional. Nós, para sermos competitivos, temos de ser profissionais, continuar a trabalhar muito, fazer os estágios de altitude… não podes ser ciclista profissional e andar a trabalhar, porque o rendimento não vai ser o mesmo. Essa parte há equipas que ainda não entenderam…
O futebol ir para o ciclismo, atualmente não iria ser muito benéfico. Uma coisa era se as equipas pertencessem à SAD e tudo fosse como nos clubes de futebol, com remunerações altas. Sendo só um nome para ir buscar outros patrocínios, as pessoas já viram que isso não vai ser o futuro. A Rádio Popular-Paredes-Boavista tem o Boavista desde que criou o projeto, e qual é a vantagem? Tem alguma, mas não tem assim tanta. Se não fosse a Rádio Popular a pegar naquela estrutura, não sei se era a estrutura que é hoje. Porque temos de ser dos poucos países do mundo em que associamos o futebol ao ciclismo? Nós temos é de ter budget, empresas fortes… era preferível associar a NOS ou a MEO do que associar o Benfica, o Porto ou o Sporting.
Foi em 2018, já no Louletano, que começaste a lutar por top 10 na Volta a Portugal. Houve alguma mudança para os resultados aparecerem?
A mudança foi fácil de ser feita. Nos projetos em que estive anteriormente, eu era um gregário banal, o primeiro a entrar ao serviço. Podemos dizer ‘gregário banal’ porque não somos remunerados em nada que se pareça ao ciclismo lá de fora. Lembro-me muito bem que, nos meus primeiros anos, os meus amigos não sabiam que eu era ciclista nem que estava na Volta a Portugal, porque entrava ao serviço e quando vinha a televisão, já não estava. Eu era um gregário banal, passei a ser um gregário e fui aprimorando as minhas capacidades, ganhando estatuto dentro das equipas.
Quando saio do Sporting para ir para o Loulé, a primeira coisa que o diretor desportivo, o Jorge Piedade, me diz – nessa parte agradeço-lhe, porque foi a pessoa que me abriu os olhos: “Tu tens capacidade para estar ao lado de um líder, e depois se os resultados aparecerem, aparecem. A tua função aqui é seres o braço direito do Vicente [de Mateos]. Queremos ganhar a Volta e dê por onde der, tens de te habilitar, tens de treinar, tens de fazer os estágios de altitude, tens de fazer a preparação corretamente, tens de arranjar um treinador, tens de te focar no objetivo.” Foi isso que fizemos, e acho que aí foi o clique. A qualidade estava cá, simplesmente estava abafada por trabalhar para os outros, e com muito orgulho, porque nesses anos em que trabalhei, ganhei quatro Voltas a Portugal na equipa; com o Vicente, fizemos 3º e ganhámos cinco etapas. Acho que, do meu trabalho como gregário, tentar dar um salto na minha carreira foi correto.
Os dois anos em que estive no Loulé deram-me para abrir os olhos, para tentar liderar uma equipa, e fui passando esse testemunho. Tanto que, nos anos a seguir, fui para o Professor José Santos [Rádio Popular-Boavista]. Quando o Professor me contratou, foi com a ideia de discutir a Volta a Portugal; o Professor tinha a ideia que eu era um homem capaz de discutir a Volta, no mínimo fazer um top 5. Nesses quatro anos que estive no Boavista, também consegui [cumprir] essas funções. Cheguei à altura e fiz 4º na Volta.
Falaste de duas metas que não conseguiste cumprir na tua carreira, e podemos supor que uma era vencer uma etapa na Volta [Luís Fernandes confirma]. Em etapas, ficaste em 2º lugar por duas vezes. Agora em final de carreira, como olhas para essas quase vitórias?
Foi o que tinha que ser feito, da maneira como foi feito. Só conta quem ganha, e tenho algumas etapas que gostava de ter ganho. [Falando da Etapa 7 da Volta 2020, chegada a Setúbal]. Essa estava escrita, e trabalhei muito para isso. Era a minha praia, onde eu treinava, onde eu conhecia a descida. Foi a etapa que me custou mais a perder, porque estava num dos meus melhores momentos de forma. O António [Carvalho] foi mais inteligente e mais rápido, ganhou-me bem. Quando vamos dois e tu perdes, quem ganha é sempre o mais forte. Acho que fiz tudo o que tinha de ser feito, mas não fui capaz. Essa etapa vai ficar marcada sempre… perdi em casa.
Depois de um período marcado por equipas dominadoras, temos assistido a Voltas a Portugal mais disputadas, até por equipas estrangeiras. Esta competitividade é positiva, ou reflete dificuldades por parte das equipas nacionais?
Eu acho que esta competitividade é positiva, porque leva o nosso ciclismo a outro patamar. Acho que é o melhor que pode estar a acontecer à nossa modalidade, ficar um pouco mais competitiva. Os blocos já estão mais dispersos, os bons já não estão todos focados num projeto, e era a realidade do ciclismo quando tínhamos a W52 ou mesmo o Sporting. A W52 era a equipa mais forte, em nomes e atletas. Independentemente de tudo, eles eram mais fortes e tinham os melhores. Se eles são os mais fortes, nas competições mais importantes, os mais fortes vão sempre ganhar, e as equipas com mais orçamento vão sempre ganhar. Agora isso está diferente, as equipas estão um bocado mais equilibradas, e também vejo as equipas estrangeiras a virem à Volta a Portugal com ambição de ganhar. Antigamente, muitas equipas estrangeiras vinham à volta para passear e agora vêm para disputar a volta e tentar fazer o melhor que conseguem. E têm feito, porque tem sido muito mais equilibrado, e tem sido um espetáculo engraçado.
Esta maior competitividade não poderá estar relacionada também com um ciclismo mais limpo em Portugal?
Eu acho que não tem a ver com o ciclismo ser limpo. O ciclismo em Portugal sempre foi correto e sempre foi limpo, e mundialmente igual. Há problemas em Portugal como há na China, por exemplo. É essa parte que as pessoas têm de começar a entender e não crucificar os ciclistas portugueses, porque lá fora, no World Tour, também aparece um caso ou outro. Temos de ser realistas, acontece. Acho que não tem muito a ver com isso, tem a ver com outros fatores. O nosso país tem um clima muito bom para se competir; as equipas boas sempre vieram correr e disputar a Volta ao Algarve independentemente do histórico do nosso ciclismo. Se a Volta ao Algarve fosse em abril ou em julho, as equipas World Tour que cá vinham iam ter uma tarefa mais complicada, e mesmo com menor orçamento, acho que ia aparecer um ou dois ciclistas no top 10 da geral. No ano de 2021, quando a Volta ao Algarve foi atrasada, os ciclistas de equipas portuguesas estiveram na discussão dessa Volta e o João Rodrigues até ganhou. Houve ciclistas no top 10 de etapas de montanha e nesse ano, eu até ganhei a montanha. Por isso, tem a ver com o calendário. Acho que, com os meses a passar, temos mais competitividade. Também é possível que algumas equipas estrangeiras venham cá mais por causa dos pontos [UCI], para [os ciclistas] terem vitórias na carreira.
Após 4 anos na Rádio Popular-Paredes-Boavista, mudaste-te para a Credibom/LA Alumínios/Marcos Car. O que desencadeou esta mudança?
O trabalho no Boavista já estava feito. Fizemos um projeto – estar na discussão de uma Volta a Portugal – e consegui estar, nos anos em que lá estive. No último ano em que estive na Rádio Popular-Boavista, a Volta a Portugal não saiu como nós esperávamos. Esperávamos discutir essa Volta taco a taco com os melhores, não conseguimos. Mas passados 15 dias estive na discussão do JN, faço 2º, perco por 11 segundos. Achei que o meu projeto no Boavista estava cumprido, as metas tinham sido alcançadas.
Tive a proposta do Sr. Luís [de Almeida, fundador da LA Alumínios] e do Hernâni Broco para assumir a responsabilidade de um projeto onde tinha jovens, para tentar que aquele projeto ganhasse mais maturidade, ganhasse mais experiência e ganhasse um lugar no pelotão, porque os lugares conquistados no pelotão às vezes não têm a ver com a equipa, têm a ver com os atletas que estão na equipa. Já tinha a meta de acabar a carreira, e acho que fiquei bem. Acabei onde comecei, aqui, ao pé de casa.
Eu tinha uma boa ideia daquele projeto, e a ideia que eu tinha ainda ficou melhor. É um projeto com pés e cabeça, com pessoas muito sérias. Se todas as equipas nacionais tivessem pessoas como tem aquele projeto, acho que o nosso ciclismo não estava como está agora, estava muito melhor. Posso dizer que foi a equipa mais séria que tive até hoje. Tem tudo correto em termos de ordenados, não deve nada a ninguém, e temos contratos como um trabalhador, como deve de ser. Nessa parte, o nosso ciclismo tem coisas que são uma vergonha… e ali é uma equipa que te trata como um trabalhador, como um amigo, como um colega, como parte daquela família. Foi a melhor opção que tive, e fico grato a eles por essa oportunidade e pelos conselhos que me deram. Acho que consegui transmitir aos miúdos – que já não são miúdos – que podem vencer corridas. É um projeto com muitos pergaminhos e acho que pode um dia ser um dos melhores projetos nacionais.
Este ano, a Credibom/LA Alumínios/Marcos Car ficou em 4º lugar na Volta a Portugal com um ciclista do projeto original. O que nos podes contar sobre este Volta?
Desde o princípio da época que o meu objetivo foi discutir esta Volta a Portugal. Tive um ano complicado, alguns fatores afetaram-me psicologicamente. O meu pai teve um problema grave de saúde, portanto foi um ano muito complicado para mim, para o meu pai, para a minha mãe, para o meu irmão, para a minha mulher, para as minhas filhas… tivemos de nos moldar muito, a nossa vida mudou um pouco. O meu pai esteve no hospital internado muito tempo. Quando estava em altitude – queria fazer o melhor na Volta e fui para altitude – o meu pai faleceu. Estava longe de casa, na Serra Nevada. Tive de parar a minha preparação para a Volta, preparar tudo e apanhar um avião. Eu sabia que se ficasse em casa não ia treinar, portanto optei por deixar tudo na Serra Nevada, bicicleta e o Gonçalo [Leaça], que nós estávamos a partilhar casa. No dia do funeral do meu pai, à noite, voltei.
Sabia que ia ser difícil estar na discussão da Volta, mas tentei fazer o meu melhor. No dia do Observatório [de Vila Nova, etapa 2] subi a 3º à geral. Mas num dia de alimentação, em Boticas, tive uma fraqueza e perdi algum tempo, fiquei em 8º ou 9º, aqueles lugares em que andei sempre, e não era o meu objetivo. Depois o Gonçalo meteu-se numa fuga, e no dia a seguir tivemos a Senhora da Graça e criámos um grupo onde iam eu, o Gonçalo e o Medeiros. Tivemos de dar as nossas cartadas. Achei que estava na hora de passar o meu testemunho. Podíamos ter feito o inverso, crucificar o Gonçalo, mas nesse dia optámos por nos sacrificar pelo Leaça, que merece; acho que tem um futuro bom na modalidade, demonstrou que pode estar na discussão da Volta. É um ciclista que é mais contrarreelogista do que eu, e nós sabíamos que aquele contrarrelógio final ia ser duro. Optei por derivar à minha preparação: podia ter entrado muito forte, mas faltava a base para o fim; sabia que nos últimos dias ia pagar a fatura, porque a experiência que tenho é grande. Acho que passei o testemunho e mostrei à equipa que era possível.
Quando é que percebeste que estava na hora de acabar a carreira?
Já tinha falado com a minha esposa, e depois o meu pai faleceu. Era um ciclo que íamos fechar os dois, porque o ciclismo, para mim, já não tem sentido sem o meu pai a ver na televisão. Foi o culminar, e acho que foi a altura certa para deixar, também pelos projetos que foram aparecendo. As oportunidades são para serem agarradas; eu vou agarrar uma oportunidade boa, e isso é o que importa mais. Dei o melhor de mim ao ciclismo. O ciclismo deu o melhor dele a mim. Estes 11 anos foram bonitos.
Como são os planos para o futuro além do ciclismo?
As coisas já estão delineadas. Tenho os meus planos e acho que os vou conseguir concretizar.
A tua última corrida este ano foram os nacionais de gravel. Podemos ver-te correr nesta vertente? No geral, pensas em continuar ligado ao ciclismo?
Atualmente não é a minha ideia, não penso mais em correr. Eu sou muito competitivo e andar de bicicleta por andar… posso andar um fim-de-semana com os meus amigos, mas dificlmente me vão ver na competição, porque ou corro para ser competitivo e cumprir os meus objetivos, ou não faz parte de mim. Eu fui profissional, cheguei ao meu objetivo, consegui. Agora se andar em gravel, estrada ou BTT, vai ser a passear, não vai ser em competição.
Qual é a tua melhor memória nas estradas portuguesas, ou a história mais caricata?
Foram tantas… uma memória que vai ficar para sempre foi um dia duro no Acebo, quando fui correr pelo Sporting na Volta às Asturias. Nevava muito, acho que nesse dia troquei de roupa umas 6 ou 7 vezes. Lembro-me de parar numa paragem, onde quem me teve de abrir o casaco e vestir até foi o guarda civil. É uma memória que por um lado é má, mas por outro é boa, é experiência de vida que fez de mim mais ciclista. Fez-me ver que, simplesmente, é um desporto muito duro.
Por último, gostarias de deixar uma mensagem especial ou agradecer a alguém?
Gostava de agradecer à minha família, particularmente à minha mulher e às minhas filhas, pessoas que sempre me apoiaram e foram fundamentais para a minha carreira. E às equipas todas que representei – Paio Pires, Águias de Alpiarça, Pombal, OFM, W52, Sporting-Tavira, Loulé, Rádio Popular e Credibom. Sempre dei o melhor de mim, e eles deram o melhor deles. Fiquei com amigos para a vida toda, e eles têm um amigo para a vida toda. O ciclismo, neste momento, é um ponto final na carreira. Também está na altura, tenho 37 anos. Saí competitivo e isso é o mais importante.
Agradecemos a Luís Fernandes a disponibilidade para nos conceder esta entrevista, e desejamos-lhe boa sorte nos próximos objetivos da sua vida.
Foto de capa: Global Media