Ilda Pereira

Na infância, o que é que sonhavas ser?
IP – Ui…a que hora do dia? Tantos sonhos…sempre fui muito criativa! Acreditava que podia ser o que quisesse. Às vezes queria ser astronauta, no dia seguinte era capaz de querer ser piloto de motas, depois acordava e ia ser bailarina, estilista, artista…sendo que, quase todos os dias, via-me como professora!
Qual é a primeira memória que tens relacionada com ciclismo?
IP – O meu avô paterno e a minha primeira bicicleta.
Em criança, o que é que achas que fez a maior diferença para hoje seres quem és como pessoa e como desportista?
IP – A minha educação! Por um lado, cedo tive de ser responsável pelas minhas tarefas em autonomia. Tinha muita liberdade debaixo de uma supervisão crítica e avaliativa. Paralelamente, o ensino segundo os valores da escola jesuíta – o respeito, a crença na descoberta, o estimular da iniciativa, a confiança no bem, a disciplina, a meritocracia, a partilha, o diálogo, o direito ao pensamento divergente, a equidade e o amor, o poder da verdade do amor – estão desde lá sempre comigo. O que sou é quem sou como ciclista!
Que conselho gostarias de deixar para todas as crianças e jovens ciclistas?
IP – A verdade! Sejam sempre verdadeiras! Verdadeiras com vocês próprias, com os outros e com a modalidade. Não há glória maior do que viver a vida com a certeza de que se investe toda a energia, alegria e amor em concretizar sonhos de verdade.


