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Volta ao Algarve: Estrelas à solta nas estradas algarvias!

Arranca, já amanhã, a 51.ª edição da Volta ao Algarve em Bicicleta, sendo que a corrida deste ano contará com um grande lote de grandes figuras do pelotão internacional, com a presença de Jonas Vingegaard, Primož Roglič e João Almeida à cabeça, e com as habituais 5 etapas. O percurso sofreu algumas alterações, já que a prova irá terminar, no domingo, com um contrarrelógio que culmina com a ascensão ao Malhão.

À hora de escrita do artigo estão pré-inscritos 175 ciclistas distribuídos por 25 equipas. Estarão presentes 13 equipas UCI WorldTeams (Alpecin–Deceuninck, Bahrain Victorious, Cofidis, EF Education – EasyPost, Groupama–FDJ, INEOS Grenadiers, Intermarché – Wanty, Lidl-Trek, Red Bull – BORA – hangrohe, Soudal Quick–Step, Team Picnic PostNL, Team Visma | Lease a Bike e UAE Team Emirates – XRG); 3 equipas UCI ProTeams (Caja Rural–Seguros RGA, Lotto e Tudor Pro Cycling Team) e as 9 equipas UCI Continental portuguesas (Anicolor / Tien21, AP Hotels & Resorts / Tavira / SC Farense, Aviludo – Louletano – Loulé Concelho, Credibom / L.A. Alumínios / Marcos Car, Efapel Cycling, Feirense – Beeceler, Gi Group Holding – Simoldes – UDO, Radio Popular – Paredes – Boavista e Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua).

Tudo o que precisas de saber sobre o percurso!

A prova irá ter 5 etapas, como acima referido, com os atletas a percorrerem 748,1 quilómetros durante os 5 dias de competição. A corrida irá conter etapas para todos os gostos e feitios, sendo que, em princípio, terá 3 jornadas para sprinters e 2 jornadas para ciclistas mais vocacionados para a geral, já que o contrarrelógio que terminará na subida do Malhão deverá ser uma etapa disputada pelos melhores ciclistas da geral.

1.ª Etapa (quarta-feira 19/02): Portimão – Lagos (192,2 quilómetros)

A tirada inaugural terá o condão de ser a mais longa de toda a prova, sendo esperado um final em sprint compacto, como habitualmente acontece nas chegadas a Lagos. A etapa não tem dificuldades orográficas de grande vulto, tendo, somente, 1 Prémio de Montanha (Nave, 3.ª Categoria ao quilómetro 97,2). A única Meta Volante do dia está instalada em Vila do Bispo, ao quilómetro 161,8.

Perfil da 1.ª Etapa.
Fonte: Organização da prova

2.ª Etapa (quinta-feira 20/02): Lagoa – Alto da Fóia, Monchique (177,6 quilómetros)

O Alto da Fóia aparece na segunda jornada, tal como em pretéritas edições. A etapa não terá grandes dificuldades durante boa parte do dia, sendo os Prémios de Montanha de Picota (3.ª Categoria ao quilómetro 36,6) e Alferce (3.ª Categoria ao quilómetro 90) as únicas dificuldades categorizadas, até à entrada dos últimos 30 quilómetros. A partir daí a corrida entrará num novo registo, já que terá os restantes 3 Prémios de Montanha. O primeiro desses Prémios de Montanha está instalado em Marmelete (3.ª Categoria ao quilómetro 141,5), após ser transposta essa dificuldade irá aparecer o Prémio de Montanha de Pomba (2.ª Categoria ao quilómetro 166,1) e pouco depois, irá aparecer o prato principal do dia: o Alto da Fóia. Todas as decisões serão tomadas nessa subida, que será de 1.ª Categoria, contando com cerca de 8,4 quilómetros a uma pendente média de 5,5%, com os homens da geral a terem aqui a primeira hipótese de marcarem diferenças. A etapa contará, ainda, com 1 Meta Volante, em Monchique, ao quilómetro 155,4.

Perfil da 2.ª Etapa.
Fonte: Organização da prova

3.ª Etapa (sexta-feira 21/02): Vila Real de Santo António – Tavira (183,5 quilómetros)

Mais uma tirada que estará destinada aos ciclistas mais rápidos presentes no pelotão desta edição, não tendo dificuldades de grande vulto. A etapa terá 2 Prémios de Montanha de 3.ª Categoria, em Mercador (ao quilómetro 97,9) e em Faz Fato (ao quilómetro 139,3). A única Meta Volante estará instalada em Vila Real de Santo António ao quilómetro 158,9.

Perfil da 3.ª Etapa.
Fonte: Organização da prova

4.ª Etapa (sábado 22/02): Albufeira – Faro (175,2 quilómetros)

A primeira novidade no percurso, deste ano, aparece ao quarto dia, com uma tirada entre Albufeira e Faro que poderá dar mais uma razão de sorrir aos homens mais velozes presentes no pelotão da prova algarvia. A etapa irá contar com terreno quebrado no decurso de todo o dia, sendo que ao quilómetro 41,5 os ciclistas irão transpor o Malhão (2.ª Categoria). As dificuldades orográficas categorizadas irão reaparecer nos últimos 50 quilómetros da tirada, com as 3.ªs Categorias de Picota (ao quilómetro 122,1) e de Santa Bárbara (ao quilómetro 151,8) e a 4.ª Categoria de Bordeira (ao quilómetro 158,3). Este último encadeado de Santa Bárbara com Bordeira poderá fazer com que o pelotão se possa partir, no entanto é crível que os melhores sprinters em competição possam disputar mais uma vitória de etapa. A etapa conta, ainda, com 1 Meta Volante em Loulé, ao quilómetro 135,2.

Perfil da 4.ª Etapa.
Fonte: Organização da prova

5.ª Etapa (domingo 23/02): Salir – Alto do Malhão, Loulé (19,6 quilómetros – Contrarrelógio individual)

No último dia de competição todas as decisões serão tomadas, já que o esforço individual volta a passar para o último dia de competição. O ‘crono’ irá ter algum sobe e desce, no entanto nada de muito assinalável, até aos derradeiros 2,6 quilómetros, onde os ciclistas irão enfrentar o Alto do Malhão, que terá uma pendente média de 9,2% e que fará as últimas diferenças em relação aos homens da geral e coroará o vencedor da 51.ª Volta ao Algarve.

Perfil da 5.ª Etapa.
Fonte: Organização da prova

Os nomes a ter em conta para a disputa de etapas e da geral da prova!

Com um percurso tão completo é crível que os maiores candidatos à vitória sejam os ciclistas que melhor estejam na subida da Fóia e no contrarrelógio final: Antonio Tiberi (Bahrain Victorious), Rui Costa e Neilson Powless (EF Education – EasyPost), Stefan Küng (Groupama-FDJ), Filippo Ganna e Thymen Arensman (INEOS Grenadiers), Tao Geoghegan Hart e Mathias Vacek (Lidl-Trek), Primož Roglič (Red Bull – BORA – hansgrohe), Romain Bardet (Team Picnic PostNL), Jonas Vingegaard, Wout van Aert e Sepp Kuss (Team Visma | Lease a Bike), João Almeida e António Morgado (UAE Team Emirates – XRG) e, ainda, Julian Alaphilippe (Tudor Pro Cycling Team) poderão ser os maiores candidatos a evidenciarem-se na prova, visto que aliam boas qualidades nas subidas e no esforço individual. Para as etapas ao sprint os melhores nomes poderão ser: Iúri Leitão (Caja Rural–Seguros RGA), Milan Fretin (Cofidis), Biniam Girmay (Intermarché – Wanty), Arnaud de Lie (Lotto), Jordi Meeus (Red Bull – BORA – hansgrohe), Casper van Uden (Team Picnic PostNL), Rui Oliveira (UAE Team Emirates – XRG) e Alberto Dainese (Tudor Pro Cycling Team).

Relativamente às equipas portuguesas, acredita-se que serão estruturas bastante ativas e em busca de fugas em todas as etapas, no entanto também existem alguns nomes para os finais ao sprint e para uma boa classificação final. Para as etapas ao sprint os nomes de: Francisco Campos (AP Hotels & Resorts / Tavira / SC Farense), Tomas Contte (Aviludo – Louletano – Loulé Concelho), Santiago Mesa (Efapel Cycling), João Martins (Radio Popular – Paredes – Boavista) e Leangel Linarez (Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua) poderão ser os que maior destaque terão. Para a etapa mais dura e para a geral final nomes como: Artem Nych e Ruben Fernández (Anicolor / Tien21), Afonso Silva (AP Hotels & Resorts / Tavira / SC Farense), Emanuel Duarte (Credibom / L.A. Alumínios / Marcos Car), Joaquim Silva e Tiago Antunes (Efapel Cycling), Adrián Bustamante (Gi Group Holding – Simoldes – UDO) e Hélder Gonçalves e Tiago Leal (Radio Popular – Paredes – Boavista) poderão ser os melhores nomes.

Quem irá suceder a Remco Evenepoel como vencedor da Volta ao Algarve?
Foto: João Fonseca Photographer / UVP – Federação Portuguesa de Ciclismo

Foto de Capa: João Fonseca Photographer / UVP – Federação Portuguesa de Ciclismo