Arranca, já amanhã, a 42.ª edição da Volta ao Alentejo Crédito Agrícola, sendo que contará com as habituais 5 etapas. O percurso será muito parecido ao de edições transatas, com especial foco na chegada a Castelo de Vide, que promete ser o ponto alto da prova.

À hora da escrita do artigo estão pré-inscritos 133 ciclistas distribuídos por 19 equipas. Em prova estarão presentes: 1 equipa UCI ProTeam (Euskaltel-Euskadi); 5 equipas Continental UCI estrangeiras (EF Education – Aevolo, Illes Balears Arabay Cycling, Israel Premier Tech Academy, Project Echelon Racing e UAE Team Emirates Gen Z); as 9 equipas Continental UCI portuguesas (Anicolor / Tien21, AP Hotels & Resorts / Tavira / SC Farense, Aviludo – Louletano – Loulé, Credibom / L.A. Alumínios / Marcos Car, Efapel Cycling, Feirense – Beeceler, Gi Group Holding – Simoldes – UDO, Radio Popular – Paredes – Boavista e Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua); 1 equipa de clube/sub-23 espanhola (Caja Rural-Alea) e, ainda, as 3 melhores equipas de Clube/Sub-23 no ranking (Óbidos Cycling Team, Porminho Team Sub23 e SOMA Group).

Tudo o que precisas de saber sobre o percurso!

A prova irá ter 5 etapas, como acima referido, e os ciclistas irão percorrer 817,3 quilómetros durante os 5 dias de competição. A corrida irá conter etapas para todos os gostos e feitios, sendo que terá 4 jornadas propícias aos roladores e aos homens mais rápidos do pelotão e 1 jornada mais virada para os ciclistas atacantes, no entanto algumas das jornadas que poderão ser propícias a uma chegada em grupo compacto irão conter ‘armadilhas’ que poderão fracionar o pelotão. Espera-se que as grandes decisões estejam reservadas para Castelo de Vide, no sábado.

1.ª Etapa (quarta-feira 26/03): Beja – Moura (166,6 quilómetros)

A primeira tirada da ‘Alentejana’ irá ter um percurso maioritariamente plano, sendo as únicas dificuldades orográficas aparecerão longe da meta (a 4.ª Categoria da Serra do Mendro, ao quilómetro 35,9 e a 4.ª Categoria de Monsaraz, ao quilómetro 101,7). Espera-se que a tirada seja corrida a alta velocidade com os velocistas a terem a sua primeira grande chance de brilhar em terras alentejanas. De notar que o final será efetuado em ligeira subida, podendo ser palco para alguma surpresa e o vencedor não ser um dos sprinters presentes no certame. A etapa conta, ainda, com 3 Metas Volantes, na Vidigueira (ao quilómetro 27,7), em Portel (ao quilómetro 50,6) e em Reguengos de Monsaraz (ao quilómetro 84,8).

2.ª Etapa (quinta-feira 27/03): Castro Verde – Grândola (171,5 quilómetros)

A segunda jornada da Volta ao Alentejo irá trazer outro condimento à corrida, visto que a Serra de Grândola, Prémio de Montanha de 3.ª Categoria, irá aparecer já à entrada dos 16 quilómetros finais e terá o seu final já dentro dos últimos 10 quilómetros e será um grande teste aos sprinters presentes no pelotão, no entanto poderá não causar tantos danos no pelotão como se possa afigurar, já que este mesmo final de etapa nos anos transatos não provocou diferenças significativas no pelotão, esperando-se que os sprinters tomem conta dos acontecimentos. A etapa terá 3 Metas Volantes, em Aljustrel (ao quilómetro 22,1), em Odemira (ao quilómetro 77,4) e em Santiago do Cacém (ao quilómetro 133,9) e, ainda, mais duas contagens de montanha de 4.ª Categoria ao quilómetro 80,7 e ao quilómetro 85,4.

3.ª Etapa (sexta-feira 28/03): Carvalhal – Arraiolos (180 quilómetros)

O terceiro dia de competição traz-nos a jornada mais longa desta 42.ª edição da Volta ao Alentejo, no entanto deverá ter o desfecho das duas primeiras etapas, com os velocistas a terem bons argumentos para disputarem a etapa. A orografia da etapa não é muito exigente, sendo que as dificuldades categorizadas só aparecem na segunda metade do dia, com a Serra do Monfurado (4.ª Categoria, ao quilómetro 91,1) a marcar a sua aparição. Porém a segunda dificuldade montanhosa categorizada do dia aparece, já em Arraiolos (4.ª Categoria) a escassos 2,5 quilómetros do final e promete baralhar as contas aos sprinters, no entanto é crível que muitos deles consigam passar essa contagem de montanha. A etapa conta, ainda, com 3 Metas Volantes, em Alcácer do Sal (ao quilómetro 35,2), em Alcáçovas (ao quilómetro 70,4) e em Reguengos de Montemor-o-Novo (ao quilómetro 102).

4.ª Etapa (sábado 29/03): Monforte – Castelo de Vide (147,7 quilómetros)

A etapa rainha da Volta ao Alentejo aparecerá, no sábado, ao quarto dia de competição e terá o condão de ser a jornada mais curta da corrida. Às habituais 3 Metas Volantes, que estarão situadas em Arronches, em Portalegre e em Castelo de Vide, juntam-se 6 Prémios de Montanha, num autêntico carrossel de emoções que levará os ciclistas até ao final da etapa em ligeira subida, em Castelo de Vide. A primeira das dificuldades aparece logo ao quilómetro 60 da etapa e será a que maior categorização terá em toda a prova: Cabeço do Mouro (2.ª Categoria), que irá encadear com a Serra de São Mamede (3.ª Categoria) e que promete ser palco dos primeiros ataques e fracionamento do pelotão. Pouco depois da coroação da Serra de São Mamede irão aparecer mais duas 3.ªs Categorias no Porto da Espada e em Marvão, numa altura em que a etapa já não terá grandes metros planos. A fase decisiva da etapa estará guardada para a dupla passagem pela Serra de São Paulo (3.ª Categoria) e, ainda, para a aproximação à chegada, em Castelo de Vide, que promete um bom espetáculo. É esperado que chegue um pequeno grupo isolado à linha de meta, e que sejam esses os ciclistas em melhor posição para levar de vencida a geral da ‘Alentejana’.

5.ª Etapa (domingo 30/03): Estremoz – Évora (151,5 quilómetros)

O epílogo da Volta ao Alentejo será efetuado entre Estremoz e Évora, afigurando-se como uma etapa de consagração, onde os sprinters poderão demonstrar novamente as suas valias. A única contagem de montanha do dia, Vila Boim (4.ª Categoria, ao quilómetro 60,6), encontra-se muito longe da meta e não deverá baralhar as contas do dia, sendo que o desfecho mais esperado é mesmo um sprint em pelotão compacto. A etapa terá 3 Metas Volantes, em Elvas (ao quilómetro 52,8), em Vila Viçosa (ao quilómetro 87,1) e no Redondo (ao quilómetro 114,8).

Os nomes a ter em conta na Volta ao Alentejo e algumas possíveis surpresas!

A Volta ao Alentejo será, muito provavelmente, decidida na etapa de Castelo de Vide que terá o condão de provocar as diferenças na classificação da prova. Sendo uma etapa com várias subidas não é crível que algum dos sprinters consiga aguentar na frente, portanto alguns dos maiores nomes das equipas para a geral da prova poderão ser: Adrià Pericas e Duarte Marivoet (UAE Team Emirates Gen Z); Harrison Wood, Alexis Guerin e Rubén Fernández (Anicolor/Tien 21); Jesús David Peña e Afonso Silva (AP Hotels & Resorts/Tavira/SC Farense); David Domínguez e Nicolás Tivani (Aviludo-Louletano-Loulé); Alexandre Montez e Hugo Nunes (Credibom/ LA Alumínios/Marcos Car); Joaquim Silva, Pedro Pinto e Tiago Antunes (Efapel Cycling); Txomin Juaristi (Euskaltel-Euskadi); Diogo Gonçalves (Feirense-Beeceler);  Adrián Bustamante e Rui Carvalho (Gi Group Holding-Simoldes-UDO); Tiago Leal e Lucas Lopes (Rádio Popular-Paredes-Boavista); Bruno Silva (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua); José María García (Illes Balears Arabay) e Hugo Scala Jr (Project Echelon Racing).

Para as etapas ao sprint teremos um bom leque de ciclistas, sendo os maiores nomes os seguintes: Francisco Campos (AP Hotels & Resorts / Tavira / SC Farense); Tomas Contte (Aviludo – Louletano – Loulé); Diogo Narciso (Credibom / L.A. Alumínios / Marcos Car); Santiago Mesa (Efapel Cycling); David Dekker (Euskaltel-Euskadi); Theodor Obholzer e Red Walters (Óbidos Cycling Team); Scott McGill (Project Echelon Racing); João Martins (Radio Popular – Paredes – Boavista);
Matthias Schwarzbacher (UAE Team Emirates Gen Z); e, ainda, Leangel Linarez e João Matias (Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua).

Por fim, algumas das surpresas da ‘Alentejana’, e nomes a ter em atenção para alguma etapa, poderão ser: Xavier Cañellas e Pedro Silva (Anicolor/Tien 21); Diogo Barbosa (AP Hotels & Resorts/Tavira/SC Farense); Lucas Towers (Caja Rural-Alea); Gonçalo Leaça (Credibom/LA Alumínios/Marcos Car); Noah Hobbs (EF Education – Aevolo); Ricard Fitó (Illes Balears Arabay); Daniel Lima e Pau Martí (Israel Premier Tech Academy) e João Silva (Óbidos Cycling Team).