A mudança para a equipa Intermarché – Circus – Wanty

Muita gente fala que o Rui voltou. O Rui nunca partiu, sempre lá esteve, só que estava noutro papel, num papel de trabalhador. Ele é uma pessoa honesta, tanto está para ganhar, se estiver bem, como para trabalhar. E nos últimos anos vimos o Rui a trabalhar feliz, com um sorriso aberto, sem nenhuma queixa, seja para o João Almeida, seja para o Tadej Pogacar, etc. O Rui é um atleta que dá tudo de si e não acredito que em nenhuma fuga, ou em nenhuma circunstância, se puder trabalhar ele não trabalhe […]. Ele sente facilidade seja como líder, seja como trabalhador. É um atleta puro, verdadeiro e não tem nada a esconder.

Carla Costa

Na opinião de Carla Costa, que tem igualmente o curso de treinadora de ciclismo pela Federação Portuguesa de Ciclismo (nível 1), Rui Costa não recuperou necessariamente a melhor forma, mas sim retomou um papel de líder, com liberdade para discutir corridas de um dia e provas de uma semana. A relação de Rui Costa com a nova geração do ciclismo é muito positiva e neste contexto, destaca-se a sua capacidade de adaptação a múltiplas funções em cima da bicicleta.

Quando a equipa ganha, os adeptos ficam maravilhados e está tudo bem. Quando não ganha, as pessoas ficam mais tristes. O Rui sempre esteve lá, a dar o melhor dele. Não deixou de ganhar, porque o coletivo é importante. Ele esteve num papel de gregário, logo quando o líder ganhou, como o Tadej Pogacar ganhou o Tour de France em 2021, ele ganhou também. Não ganhou em pessoa, mas ganhou com o coletivo.

Carla Costa

Apesar de Rui Costa não ter alcançado muitas vitórias a título pessoal ao serviço da UAE Team Emirates – notavelmente, conquistou o UAE Tour em 2017 – não deixou contudo de cumprir os objetivos que lhe foram sendo propostos pela equipa que representou entre 2017 e 2022.