Arranca, já amanhã, a quinta edição da Volta a Portugal Feminina Cofidis, que voltará a figurar no calendário internacional UCI, na categoria 2.2. O certame contará, novamente, com 5 etapas, porém irá ter um incremento de quilometragem e não irá conter um contrarrelógio, nesta edição.
À hora de escrita do artigo estão inscritas 122 ciclistas distribuídas por 19 equipas, sendo que estarão presentes 3 equipas ProTeams; 6 equipas Continentais UCI; a seleção nacional dos Estados Unidos da América e 9 equipas de clube (onde se incluem as 6 formações nacionais).
Tudo o que precisas de saber sobre o percurso!
A edição de 2025 da Volta a Portugal Feminina contará com 519,8 quilómetros distribuídos pelos 5 dias de competição. A prova terá um percurso com várias armadilhas e vários topos que poderão fazer diferenças, não havendo nenhuma tirada que tenha uma chegada em alto. A 3.ª e a 4.ª etapa poderão ser as etapas chave desta edição da prova.
1.ª Etapa (quarta-feira – 02/07): Porto – Esposende (104,8 quilómetros)
A quinta edição da Volta a Portugal Feminina começará logo com várias armadilhas no seu decurso. As ciclistas saem do Parque Oriental do Porto seguindo pelas margens do Rio Douro, até Melres onde irão encontrar os primeiros topos do dia. Em seguida, entrarão numa fase do percurso com um encadeado de topos na região de Paredes, para posteriormente passarem pela Agrela e tomarem como direção a Trofa. Será nessa fase da corrida que a única dificuldade orográfica categorizada do dia aparecerá, com a 3.ª Categoria de Guilhabreu, já em Vila do Conde. Após transposta essa dificuldade o caminho até Esposende será efetuado em terreno plano, sendo que é expectável que a chegada à Avenida Engenheiro Eduardo Arantes e Oliveira seja feita em pelotão compacto e a primeira vencedora desta edição seja a sprinter mais forte do dia. A jornada terá, ainda, 1 Meta Volante, na Póvoa de Varzim.

Fonte: ProCyclingStats
2.ª Etapa (quinta-feira – 03/07): Vila Nova de Gaia – Águeda (94,4 quilómetros)
A segunda tirada do certame será bastante idêntica à primeira tirada da edição transata, no entanto, este ano, o final não será efetuado em ligeira subida. A etapa terá um perfil bastante plano durante todo o dia, onde o maior obstáculo das ciclistas deverá ser o vento que se poderá fazer sentir, devido ao facto de circularem pela costa durante cerca de metade da etapa. As dificuldades orográficas categorizadas irão aparecer já nos últimos 20 quilómetros do dia, com as 4.ªs Categorias de Mamodeiro e Piedade, sendo que após transposta esta última as ciclistas encontram-se a cerca de 5 quilómetros da meta. É esperado, que a etapa acabe novamente ao sprint, na Avenida 25 de Abril. A etapa irá contar, ainda, com 1 Meta Volante, na Murtosa.

Perfil da 2.ª Etapa
Fonte: ProCyclingStats
3.ª Etapa (sexta-feira – 04/07): Aveiro – Pombal (128,1 quilómetros)
Ao terceiro dia de competição a prova terá a sua jornada mais longa desta Volta a Portugal Feminina e será o ponto onde deverão começar a ter o início das suas decisões, com um percurso ondulado, principalmente na segunda metade do dia. O início da etapa não terá grandes dificuldades de vulto, porém com o aproximar de Pombal a corrida mudará de figurino. A única dificuldade categorizada irá aparecer já nos últimos 10 quilómetros, com a 3.ª Categoria de Cumieira de Cima que promete fazer estragos no pelotão, já que com o acumular dos quilómetros, e com uma contagem de montanha tão perto da meta, este ponto terá tudo para ser um sítio onde alguns ataques por parte das ciclistas que queiram lutar pela geral possam acontecer. Espera-se que sejam feitas algumas diferenças nesta etapa e a geral da prova se possa começar a desenhar. O dia contará com 2 Metas Volantes, em Montemor-o-Velho e em Pombal.

Fonte: ProCyclingStats
4.ª Etapa (sábado – 05/07): Coruche – Loures (103,4 quilómetros)
O quarto dia de certame irá trazer outra das jornadas chave no que concerne à discussão da geral final da prova. O dia voltará a começar com uma parte bastante tranquila, sendo que só na segunda metade do dia irão aparecer os prémios de montanha. A primeira contagem de montanha será o Forte da Carvalha, de 3.ª Categoria, um local que poderá começar a selecionar o pelotão e que já deverá causar bastantes dificuldades a um bom punhado de ciclistas. Após a transposição dessa montanha chegará o prato principal do dia: a 2.ª Categoria do Alto do Andrade. O Alto do Andrade promete fazer a seleção final, nesta etapa, e será um local onde os ataques deverão acontecer, já que será dos últimos pontos onde as diferenças entre as ciclistas que queiram levar a classificação geral podem ser feitas. A partir do momento em que o Alto do Andrade for ultrapassado a corrida estará a 10 quilómetros da meta e será efetuada em descida, porém os últimos metros serão efetuados em ligeira subida. A etapa terá, ainda, 1 Meta Volante, em Samora Correia.

Fonte: ProCyclingStats
5.ª Etapa (domingo – 06/07): Marvila, Lisboa – Vila Franca de Xira (89,1 quilómetros)
A jornada final desta Volta a Portugal Feminina terá o condão de ser a mais pequena, mas desengane-se quem pensar que esta poderá ser uma tirada de consagração. O percurso será bastante irregular, sendo que a etapa começará logo com um topo, à saída de Lisboa, passando depois para a subida de 3.ª Categoria de Casal de Figueiras. Após transposto esse prémio de montanha a etapa entra em ligeira descida, até ao aparecimento do derradeiro prémio de montanha, a 2.ª Categoria de Cardosas, que será um ‘muro’ com 1,3 quilómetros a 9,2% e poderá criar problemas ao pelotão. Até ao final a etapa não terá grandes dificuldades, no entanto o quilómetro final será efetuado em ligeira subida, o que promete apimentar o final de etapa e proporcionar um cair de pano em cheio nesta Volta a Portugal Feminina. A chegada à Avenida Dom Vicente Afonso Valente dará a conhecer a nova vencedora da prova. A etapa terá, ainda, 1 Meta Volante em Sobral de Monte Agraço.

Fonte: ProCyclingStats
As equipas participantes
ProTeams UCI (3)
Arkéa – B&B Hotels Women (França)
Cofidis Women Team (França)
Winspace Orange Seal (França)
Continentais UCI (6)
CANYON//SRAM zondacrypto Generation (Alemanha)
Cynisca Cycling (Estados Unidos da América)
Eneicat – CMTeam (Espanha)
NEXETIS (Suíça)
Team Coop – Repsol (Noruega)
WCC Team
Seleção Nacional (1)
Estados Unidos da América
Equipas de Clube Estrangeiras (3)
Cantabria Deporte – Río Miera Women’s Cycling Team (Espanha)
Team Farto – Kiroot (Espanha)
Universitat Politècnica de València Women’s Cycling Team (Espanha)
Equipas de Clube Portuguesas (6)
Academia de Ciclismo do Alto Minho – Sport Clube Vianense
Academia Efapel de Ciclismo
Atum General / Tavira / SC Farense
Maiatos
Matos Mobility – Flexaco – IHS
Vertentability Cycling Team
Os nomes a ter em conta para a disputa da prova e algumas possíveis surpresas!
Com uma prova que se irá tornar bastante dura com a passagem das etapas é esperada que a luta pela vitória esteja cingida somente a um punhado de atletas, sendo as favoritas aquelas que melhor consigam defender-se nas subidas que irão aparecendo ao longo das etapas. A última vencedora da prova, India Grangier (Team Coop – Repsol), estará presente no certame e irá envergar o dorsal 1, sendo uma das favoritas ao triunfo. Alguns dos nomes que poderão estar em destaque para a geral da prova poderão ser: Stina Kagevi, Sigrid Ytterhus Haugset e Tiril Jørgensen (Team Coop – Repsol); Océane Mahé (Arkéa – B&B Hotels Women); Victoire Berteau (Cofidis Women Team); Daniela Campos (Eneicat – CMTeam); Raquel Queirós (Atum General / Tavira / SC Farense); Beatriz Roxo (Cantabria Deporte – Río Miera Women’s Cycling Team) e Ana Caramelo (Matos Mobility – Flexaco – IHS).

Foto: UVP – Federação Portuguesa de Ciclismo
Como possíveis surpresas na prova poderão aparecer os seguintes nomes: Jenaya Francis e Fiona Mangan (Winspace Orange Seal); Wilma Aintila (CANYON//SRAM zondacrypto Generation); Allison Mrugal (Cynisca Cycling); Jasmin Liechti (NEXETIS); Gabriela López (WCC Team); Marta Carvalho (Cantabria Deporte – Río Miera Women’s Cycling Team); Madina Kakhkhorova e Natalie Revelo (Matos Mobility – Flexaco – IHS); Raquel Dias (Team Farto – Kiroot); Sophia Sammons (Universitat Politècnica de València Women’s Cycling Team); Cassidy Hickey e Helena Jones (Seleção Nacional dos Estados Unidos da América).
As ciclistas que poderão ser as maiores favoritas em etapas ao sprint serão: Michaela Drummond (Arkéa – B&B Hotels Women); Amalie Dideriksen (Cofidis Women Team); Marie-Morgane le Deunff e Kiara Lylyk (Winspace Orange Seal); Valentina Basilico (Eneicat – CMTeam); Eva Anguela (Cantabria Deporte – Río Miera Women’s Cycling Team) e Kaia Schmid (Seleção Nacional dos Estados Unidos da América).

UVP – Federação Portuguesa de Ciclismo
Foto de Capa: UVP – Federação Portuguesa de Ciclismo