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Vuelta 2022: Primož Roglič rei e senhor em Laguardia!

A 4ª etapa desta edição da Vuelta levou os ciclistas a pisarem pela primeira vez território espanhol, nomeadamente o do País Basco, terra de fervorosos adeptos de ciclismo. No dia de hoje, o pelotão teria pela frente uma etapa armadilhada, com algumas dificuldades típicas do País Basco, que culminava num final explosivo de 1 km a 8.4% de inclinação média, em Laguardia, e que iria já testar as pernas dos principais candidatos á vitória final da prova espanhola.

A fuga do dia foi estabelecida numa fase precoce da etapa, e sem grande contestação por parte do pelotão. Deste grupo, que rodou escapado grande parte da etapa, faziam parte Alexey Lutsenko (Astana Qazaqstan Team), Alessandro De Marchi (Israel – Premier Tech), Jarrad Drizners (Lotto Soudal), James Shaw (EF Education-EasyPost), Ander Okamika (Burgos-BH) e Joan Bou (Euskaltel – Euskadi). Apesar da aparente tranquilidade com que foram encarados os primeiros quilómetros da etapa, a distância da fuga para o pelotão nunca foi superior a 3 minutos, sempre controlado pela Bora-Hansgrohe e pela Jumbo-Visma, que tinham aspirações à etapa.

À medida que as dificuldades do dia iam surgindo, o grupo da frente começava a desintegrar-se, primeiro Okamika, e mais tarde Bou e Drizners. A cerca de 50 km do final da etapa, já só seguiam na frente da corrida Lutsenko, De Marchi e Shaw. No entanto, o pelotão não estava para brincadeiras no dia de hoje, e a 34 km da meta já rodava compacto.

À entrada do Puerto de Herrera, a última contagem categorizada do dia, o nervosismo começou-se a sentir no pelotão, com várias equipas a tentar colocar os seus principais ciclistas, e com a Trek-Segafredo a imprimir um ritmo elevado, o que provocou grandes danos na cauda do grupo. Entre os ciclistas que sentiam dificuldades na retaguarda do grande grupo, destacam-se Marc Soler e Juan Ayuso, ambos colegas de equipa de João Almeida (UAE Team Emirates), sendo que se mantiveram no grupo.

Na descida Nélson Oliveira (Movistar Team) tentou a sua sorte, no entanto acabou por ser absorvido pela equipa da Trek-Segafredo. Até ao final o pelotão rodou muito rápido, comandado por Nélson Oliveira, e ninguém mais ousou aventurar-se na frente.

No final o mais forte foi Primož Roglič (Jumbo-Visma) e não deu hipóteses a ninguém. Mads Pedersen (Trek-Segafredo) fechou na 2ª posição sem conseguir incomodar o novo líder da Vuelta. Enric Mas (Movistar Team), fechou o pódio do dia. A etapa ficou marcada por cortes, sendo que João Almeida cedeu 7 segundos para o vencedor.

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