É já amanhã que será dado o tiro de partida para a 40ª edição da Volta ao Alentejo Crédito Agrícola. A edição deste ano voltará a ter 5 etapas, no entanto ao contrário da pretérita edição não terá contrarrelógio.
Nesta prova de classe .2 UCI estarão presentes 18 equipas: 3 equipas ProTeams oriundas de Espanha (Burgos – BH, Caja Rural – Seguros RGA e Equipo Kern Pharma); 4 equipas Continentais UCI estrangeiras: 1 oriunda da Alemanha (Bike Aid), 1 oriunda de Angola (BAI – Sicasal – Petro de Luanda), 1 oriunda de Espanha (Electro Hiper Europa), e 1 oriunda da Grã-Bretanha (Trinity Racing); 8 das equipas Continentais UCI portuguesas (a Radio Popular – Paredes – Boavista não alinhará na prova) e ainda as 3 melhores equipas de clube/sub-23 no ranking por equipas nacional: Fonte Nova – Felgueiras, JVperfis Windmob e Santa Maria da Feira / Segmento d’Época / Reol.
O ponto alto da prova será a 4ª etapa que irá ter 5 contagens de montanha e será a etapa mais ondulada e dura da prova.
Volta ao Alentejo: Tudo o que precisas de saber sobre as etapas e possíveis candidatos à vitória!
A edição deste ano contará com 834,1 quilómetros e com 5 etapas quase para todos os gostos e feitios. Como já foi referido não existe um contrarrelógio na edição deste ano, no entanto existem etapas que serão propícias a algumas diferenças entre os ciclistas. O percurso, à primeira vista, parece mais virado para os sprinters, no entanto as etapas irão conter alguns pontos de passagem prontos a serem atacados por quem não quer deixar as decisões para um sprint final compacto.
1ª Etapa: Beja – Ourique (168,8 quilómetros)
A tirada inaugural da competição não trará muitas dificuldades aos ciclistas, sendo que se espera uma chegada em pelotão compacto. A etapa contará com 3 Metas Volantes (Serpa, Mértola e Almodôvar), sendo que também existem 1 Contagem de Montanha de 4ª Categoria em Mértola que irá definir o primeiro ‘rei da montanha’ da prova.
2ª Etapa: Castro Verde – Grândola (170,8 quilómetros)
A segunda jornada da ‘Alentejana’ já oferece outro tipo de dificuldades aos ciclistas, sendo que voltarão a existir 3 Metas Volantes (Aljustrel, Odemira e Santiago do Cacém), ao passo que nesta etapa irão, também, existir 3 Contagens de Montanha, 2 de 4ª Categoria e 1 de 3ª Categoria, na Serra de Grândola, que fica a escassos 9,5 quilómetros da meta. É crível que esta etapa possa marcar as primeiras diferenças entre os ciclistas, no entanto espera-se que acabe ao sprint, embora num grupo bem mais restrito que no dia anterior.
3ª Etapa: Vendas Novas – Estremoz (191,4 quilómetros)
A jornada mais longa da prova dá-se ao terceiro dia de competição. Uma etapa que conta com 3 Metas Volantes (Viana do Alentejo, Portel e Redondo) e, ainda, 2 Contagens de Montanha (Serra de Monfurado – 4ª Categoria – e, Serra d’Ossa – 3ª Categoria). A Serra d’Ossa estará situada a menos de 20 quilómetros para a meta, e o final em Estremoz também será em falso plano. Pode ser uma etapa propícia a um vencedor surpresa, no entanto existe a probabilidade de o pelotão chegar mais ou menos compacto à linha de meta.
4ª Etapa: Crato – Castelo de Vide (148,2 quilómetros)
A etapa rainha da prova, que também tem o condão de ser a mais curta desta edição, irá ter um perfil algo duro. Às habituais 3 Metas Volantes (Gáfete, Portalegre e Castelo de Vide), juntam-se 5 Contagens de Montanha todas encadeadas. Num espaço de 50 quilómetros iremos ter essas 5 Contagens de Montanha, começando logo pela mais dura da prova: Cabeço do Mouro – 2ª Categoria, pouco depois irão aparecer as 3ªs Categorias da Serra de São Mamede, Porto da Espada e Marvão. Mais à frente irá aparecer, também, a 3ª Categoria da Serra de São Paulo, que estará a menos de 20 quilómetros da meta. A aproximação a Castelo de Vide também será efetuada em ligeira subida, portanto espera-se que os melhores sprinters da prova tenham maiores dificuldades e seja uma etapa onde outros nomes poderão aparecer. Nomes como: Delio Fernández (AP Hotels & Resorts / Tavira / S.C. Farense), Gorka Sorarrain (BAI – Sicasal – Petro de Luanda), João Medeiros e Gonçalo Leaça (Credibom / L.A. Alumínios / Marcos Car), Tiago Antunes e Francisco Guerreiro (Efapel Cycling), Mauricio Moreira (Glassdrive – Q8 – Anicolor), Luís Gomes (Kelly – Simoldes – UDO), Gonçalo Carvalho (Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua), ou, ainda, Finlay Pickering e Lukas Nerurkar (Trinity Racing) terão aqui uma palavra a dizer na etapa, sendo que alguns deles poderão mesmo estar na discussão pela vitória final da prova, visto que alguns dos melhores sprinters do pelotão poderão ultrapassar estas dificuldades e também estarão na luta pela geral final da ‘Alentejana’.
5ª Etapa: Monforte – Évora (154,9 quilómetros)
A tirada final da prova não oferecerá grandes dificuldades aos ciclistas, esperando-se que o fecho da ‘Alentejana’ seja efetuado ao sprint, em pelotão compacto. A jornada contará com 3 Metas Volantes (Vila Viçosa, Redondo e Arraiolos), sendo que irá existir uma 4ª Categoria, em Arraiolos.
Alguns nomes interessantes para as etapas ao sprint serão: Santiago Mesa (ABTF Betão – Feirense), Cyril Barthe e Miguel Ángel Fernández (Burgos – BH), Orluis Aular, Iúri Leitão e Daniel Babor (Caja Rural – Seguros – RGA), Rafael Silva (Efapel Cycling), Xavier Cañellas e Alex Molenaar (Electro Hiper Europa), Álex Jaime (Equipo Kern Pharma), Francisco Campos (Fonte Nova – Felgueiras), Luís Mendonça (Glassdrive – Q8 – Anicolor), Leangel Linarez e João Matias (Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua) ou, ainda, Luke Lamperti e Oliver Rees (Trinity Racing). Alguns deles também terão uma palavra a dizer na classificação final e juntar-se-ão aos nomes que serão favoritos à 4ª tirada da prova na luta pela vitória. Orluis Aular é o vigente campeão em título e procurar bisar na prova, tal como já fez na Clássica da Arrábida, onde fez o ‘bis’ no passado domingo.
Os dados estão lançados para uma emotiva 40ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola!
Foto de Capa: João Calado (Podium Events)