Arranca, já amanhã, a 31.ª edição da Volta a Portugal do Futuro / 4.º Grande Prémio CMTV, que contará com as habituais 4 etapas. O percurso será um pouco mais duro que em edições transatas, e o grande aperitivo voltará a ser a chegada ao São Macário.
Estão inscritos 85 ciclistas distribuídos por 17 equipas. Em prova estarão presentes: 7 das 9 equipas Continental UCI portuguesas (ABTF Betão – Feirense, Credibom / L.A. Alumínios / Marcos Car, Efapel Cycling, Kelly / Simoldes / UDO, Radio Popular – Paredes – Boavista, Sabgal / Anicolor e Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua) – que contarão quase todas com 3 ou menos ciclistas, sendo que a Kelly / Simoldes / UDO irá contar com 6 –; 5 das 6 equipas de Clube/Sub-23 portuguesas (Maia / Earth Consulters, Óbidos Cycling Team, Porminho Team Sub23, PORTOS WINDMOB e Santa Maria da Feira / Segmento D’Época / Reol / Bolflex); 4 equipas Sub-23 espanholas (Caja Rural-Alea; Supermercados Froiz; Technosylva Maglia Bembibre Cycling Team e Vigo – Rías Baixas); e, ainda, 1 equipa Sub-23 italiana (Team Polti Kometa Development).
A grande ausência, de última hora, será a de Duarte Domingues (Sabgal / Anicolor), que sofreu uma queda em representação da seleção nacional no Orlen Nations GP e não recuperou a tempo do certame.
Tudo o que precisas de saber sobre o percurso!
A edição de 2024 da Volta a Portugal do Futuro contará com 554,3 quilómetros distribuídos pelos 4 dias de competição. A prova contará com um percurso variado, sendo que a etapa decisiva deverá ser a da segunda jornada com a chegada à Serra de São Macário, porém a terceira etapa afigura-se, também, como um dia bastante importante, já que quase toda a etapa será efetuada com um sobe e desce constante. A primeira e a última tirada deverão ser mais propícias a chegarem ao sprint em pelotão compacto.
1.ª Etapa: Leiria – Águeda (140,5 quilómetros)
O primeiro dia de competição trará uma etapa quase totalmente plana, em que a única dificuldade orográfica será a Serra da Boa Viagem (4.ª Categoria), sensivelmente, a meio do percurso. Porém, o grande fator decisivo desta etapa poderá ser o vento, visto que a jornada é corrida quase na sua totalidade junto à costa, o que poderá causar alguns dissabores aos ciclistas que pior estejam colocados numa zona mais exposta ao vento, no entanto é esperado que chegue um pelotão compacto à Avenida 25 de Abril e que o primeiro líder da prova seja decidido através de um sprint. A etapa irá contar, ainda, com 3 Metas Volantes, na Marinha Grande, na Tocha e em Oliveira do Bairro.
2.ª Etapa: Murtosa (Torreira) – São Pedro do Sul (São Macário) (119,6 quilómetros)
Este ano, a etapa rainha do certame aparece logo ao segundo dia de prova, na sexta-feira, com a única subida de 1.ª Categoria da competição. A etapa começará em terreno plano, no entanto, a meio da etapa a jornada começará a ficar mais dura, sendo a 3.ª Categoria de Arcozelo das Maias o primeiro local onde esse endurecimento de terreno se tornará mais efetivo. Antes da subida final irá existir a 4.ª Categoria de São Félix que servirá para apimentar os 9 quilómetros da Serra de São Macário, que irá ter cerca de 9% de pendente média e será o ponto onde tudo se decidirá neste dia e, possivelmente, na geral da prova. O dia terá, ainda, 3 Metas Volantes, em Estarreja, em Oliveira de Frades e em São Pedro do Sul.
3.ª Etapa: Góis – Pombal (143,4 quilómetros)
Outro dos grandes aperitivos da prova aparece ao terceiro dia de competição, com a tirada que ligará Góis a Pombal. A etapa irá começar com um festival de subidas encadeadas, onde na primeira metade da corrida serão transpostos 4 Prémios de Montanha sucessivos: Serra da Lousã (3.ª Categoria), Cabeço do Peão e Carregal (ambas de 4.ª Categoria) e Serra do Espinhal (3.ª Categoria), o que levará a que o pelotão se possa partir em diversos grupos, visto que existirão equipas interessadas em tentar criar dificuldades acrescidas ao pelotão. A partir daí a etapa entra num terreno mais regular até à primeira passagem pela meta, em Pombal, só que a última dificuldade categorizada do dia, a 3.ª Categoria de Ereiras, promete dar espetáculo e ser o ponto de alguns ataques no pelotão. É crível que chegue um grupo muito reduzido à meta instalada na Avenida Heróis do Ultramar. A tirada terá, ainda, 3 Metas Volantes, em Castanheira de Pêra, em Ansião e em Pombal.
4.ª Etapa: Figueiró dos Vinhos – Caldas da Rainha (150,8 quilómetros)
A última jornada do certame terá, também, o condão de ser a mais longa da prova, porém não irá apresentar tantas dificuldades como as duas anteriores e servirá para coroar o grande vencedor da 31.ª edição da Volta a Portugal do Futuro. A tirada começa logo com 2 Prémios de Montanha: Arega (3.ª Categoria) e Alvaiázere (4.ª Categoria), sendo que o terreno acidentado irá perdurar até à passagem pela 3.ª Categoria de Ourém. A partir do meio da etapa o terreno começará a ficar mais plano e é esperado que a etapa termine ao sprint, em pelotão compacto, na Avenida Dobrynine.
Conhece as equipas estrangeiras
Este ano a ‘Grandíssima’ Sub-23 irá ter 5 formações estrangeiras no lote de equipas, estruturas essas que terão bons argumentos para a luta pelas etapas e pela geral da prova.
A Caja Rural-Alea terá em Pablo Lospitao o seu maior nome, sendo ele um dos jovens mais talentosos do ciclismo espanhol e um dos grandes candidatos a levar de vencida esta edição da prova e que terá um bom escudeiro na forma de Gorka Corres. Já Rubén Sánchez será o sprinter de serviço, ele que alia a sua rapidez a uma boa capacidade de passar a média montanha.
Já a Technosylva Maglia Bembibre Cycling Team terá em Guillem Bel a unidade que poderá estar em maior destaque na geral, sendo que Fabricio Crozzolo será um nome a ter em atenção para uma possível surpresa em alguma das etapas. Na equipa do Reino de León pontifica o português Gonçalo Amaral.
Passando para a estrutura italiana da Team Polti Kometa Development, é a equipa que apresenta um leque mais vasto de opções para a geral da prova, sendo que tanto Luca Bagnara, como António González terão bons argumentos para lutar pelo título. Outro dos nomes a olhar com bastante atenção será o de Dario Giuliano, já que poderá surpreender numa etapa como a terceira jornada e será um bom apoio ao tridente acima referido. O homem rápido da estrutura italiana será Gabriele Raccagni, dono de uma ponta final admirável.
Esta edição da Volta a Portugal do Futuro contará com 2 estruturas galegas, sendo que a Vigo – Rías Baixas apresenta Dylan Jiménez como a sua cartada para a geral, um trepador com alguns resultados em Espanha, sendo que nunca se poderá descartar Owen Lightfoot para um bom resultado em alguma etapa, ele que foi o grande vencedor da 2.ª tirada da pretérita edição.
A outra estrutura galega, o Supermercados Froiz, parte com grandes ambições para a prova lusitana, com o seu líder a ser o português Lucas Lopes que acaba de participar no Orlen Nations GP pela seleção nacional e que será um dos nomes a partir com favoritismo para a geral da prova, ele que terá um bom escudeiro em Miguel Rodríguez Novoa. Para os sprints a estrutura de Pontevedra contará com o sprinter Rubén Fandiño.
Os nomes a ter em conta para a disputa da prova e algumas possíveis surpresas!
A prova será, muito provavelmente, decidida na etapa da Serra de São Macário que terá o condão de provocar diferenças na classificação da prova, portanto alguns dos maiores nomes das equipas para a geral da prova poderão ser: Alexandre Montez (Credibom / L.A. Alumínios / Marcos Car); Pablo Lospitao (Caja Rural-Alea); André Ribeiro (Kelly / Simoldes / UDO); João Paulo Silva (Óbidos Cycling Team) – ele que é o vigente campeão em título –; Antonio González, Luca Bagnara e Martín Barrero (Team Polti Kometa Development) e Lucas Lopes (Supermercados Froiz).
Para etapas que acabem ao sprint alguns dos candidatos serão: Rubén Sánchez (Caja Rural-Alea); Sérgio Saleiro (Óbidos Cycling Team); Gabriele Raccagni (Team Polti Kometa Development); João Martins (Radio Popular – Paredes – Boavista) e Rubén Fandiño (Supermercados Froiz).
Por fim, algumas das surpresas da Volta a Portugal do Futuro, e nomes a ter em atenção para alguma etapa, poderão ser: Pedro Pinto (Efapel Cycling); Fabricio Crozzolo (Technosylva Maglia Bembibre Cycling Team); Diogo Pinto (Óbidos Cycling Team); Dario Giuliano (Team Polti Kometa Development); Joel Leal (Porminho Team Sub23); Owen Lightfoot (Vigo – Rías Baixas); Rafael Soares (Santa Maria da Feira / Segmento D’Época / Reol / Bolflex) e Guilherme Mesquita (Maia / Earth Consulters).
A Portuguese Cycling Magazine estará, no terreno, a acompanhar as duas primeiras etapas da prova, na chegada a Águeda e na partida na Murtosa. Estejam atentos ao nosso Instagram, amanhã e na sexta-feira, para dois dias recheados de conteúdo!
Foto de Capa: Igor Martins / Podium Events
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