O pelotão enfrenta uma chegada em alto pela primeira vez nesta edição. São 176km entre Tomblaine e La Super Planche des Belles Filles, uma versão mais dura e 1km mais extensa do que a conhecida chegada a Planche des Belles Filles.
A região de Tomblaine situa-se perto da cidade de Nancy e recebeu pela primeira vez o Tour em 2012. Nesse ano, a chegada que também era em Planche des Belles Filles viu Chris Froome, na época o “braço direito” de Wiggins, vencer após uma subida duríssima. A antiga Sky dinamitou toda a subida com um elevado andamento que reduziu o pelotão a quatro corredores à chegada, com o britânico a ser o mais forte nos metros finais. No ano de 1969, numa etapa entre Nancy e Mulhouse, Joaquim Agostinho conquistou a primeira vitória de sempre no Tour, numa edição que lhe reservou ainda outra conquista.


Em Tomblaine fica também o estádio do AS Nancy, clube em que Michel Platini começou a carreira. Considerado como uma das grandes estrelas do futebol francês e munidal, Platini apontou 127 golos em mais de duzentos jogos.
Já é bem conhecida a dureza de Planche des Belles Filles. Esta chegada, que se situa nas montanhas Vosges, possui uma etimologia muito interessante. O nome original seria Lieu Peuplé de Belles Fahys, “lugar povoado por belas faias”, que com o passar do tempo se transformou naquilo que hoje conhecemos muito devido à proximidade com Plancher-les-Mines. Porém, na etimologia popular, o nome provém do século XVII e surge do facto de várias jovens de Plancher-les-Mines se terem atirado da montanha com receio dos mercenários suecos que estavam na região.
Real ou não, o que é verdade é que quando falamos deste local temos que referir dois “belles italiens”. Na décima etapa do Tour de 2014, Nibali lançou um forte ataque e recuperou mais de um minuto para o ciclista na dianteira e venceu enquanto campeão italiano. Da mesma maneira, e novamente envergando a camisola tricolor, Fábio Aru venceu a quinta etapa de 2017.

Já em 2019, na versão “super”, Dylan Teuns bateu Ciccone num final em que todos os homens da geral chegaram no limite das forças. Para terminar a história vale salientar um dos momentos históricos dos anos mais recentes do Tour, a primeira conquista de Pogacar. O ciclista esloveno fez um contra-relógio soberbo na última etapa antes de Paris e conseguiu “roubar” a amarela ao compatriota Roglic.
