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Tour de France – 12ª etapa: Mais uma rodada, por favor!

Após uma etapa duríssima de montanha, nada melhor que uma chegada ao Alpe D’Huez. São 165km que iniciam-se em Briançon e que atravessam três categorias extra, sendo uma delas o final. Esta etapa tem exatamente o mesmo perfil da etapa 18 do Tour de 1986, daquela vez ganho por Bernard Hinault à frente de Greg Lemond.

O dia começa na cidade que recebeu mais vezes o Tour, entre as que perfazem o percurso deste ano, com a exceção da tradicional chegada aos Campos Elísios. É a 35ª vez que Briançon dá a casa ao Tour, numa longa história que já viu dos principais campeões, como Coppi ou Merckx, a pedalar nas suas ruas. Mais recentemente, em 2017, a cidade recebeu o Tour e pôs fim aos 10 anos de separação entre a prova e Briançon. Warren Barguil venceu a sua segunda etapa no Tour de France, com chegada ao Col D’Izoard após um fortíssimo ataque.

Como referido no dia anterior, a metade inicial de hoje coincide com a metade final de ontem, mas no sentido inverso.

O Col du Galibier vai ser novamente ultrapassado na primeira grande dificuldade do dia, com a diferença de que hoje a ascensão é feita pela vertente sul, a partir de Lautaret, com 23km a 5,1%.

A segunda dureza coloca os ciclistas sob uma longa e difícil subida, com a ascensão dos 29km a acontecer pelo lado leste. Na última passagem, na 12ª etapa de 2018, Steven Kruijswijk foi o primeiro a passar no topo, mas seria Geraint Thomas a vencer o final no Alpe D’Huez.

É precisamente este o final da etapa de hoje. O Alper D’Huez é uma das subidas míticas no mundo do ciclismo e das mais importantes na história da modalidade em Portugal. Em 1979, Joaquim Agostinho venceu a mais emblemática vitória de um português no Tour. Subiu isolado e com tanta fome de vencer que deu 2 minutos de avanço aos demais adversários. A prestação do ciclista de Torres Vedras foi homenageada com um monumento na 14ª curva da subida, inaugurado em 2006.

Cada viragem é única e repleta de euforia, que não igualam o ambiente laranja na “curva dos neerlandeses”, a sétima da subida. Apesar do ambiente proporcionado pelos Países Baixos, parecem ser os franceses a dominar o Alpe D’Huez na última década, com três vitórias em quatro disponíveis.

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