Há umas semanas Yves Lampaert parecia o inimigo número 1 do ciclismo internacional depois dos eventos da Volta a Bélgica com Tim Wellens, e na parte inicial da temporada viu um lugar no pódio do Paris-Roubaix cair por terra com uma queda perto do final, mas hoje chegou a um dos momentos mais altos da carreira. O corredor da Quickstep – Alpha Vinyl venceu o contrarrelógio inicial do Tour de France e deitou para trás das costas as dúvidas que pairavam sobre uma equipa que chegou ao Tour sem as suas maiores estrelas.
As previsões apontavam para chuva na parte final da corrida, por isso as grandes estrelas vieram para a estrada logo no início da etapa, mas o São Pedro trocou as voltas ao pelotão. Mathieu van der Poel marcou o primeiro tempo de referência, já depois de Stefan Bisseger ter por duas vezes provado o asfalto, e manteve-se na “cadeira quente” durante longos minutos.
De lá viu Primoz Roglic e Jonas Vingegaard chegarem próximos, mas as festividades estavam reservadas para mais tarde com Ganna, Wout Van Aert e Tadej Pogacar a saírem consecutivamente para a estrada. Ganna bateu o tempo do Van der Poel, depois Van Aert bateu o tempo de Ganna e Pogacar meteu-se entre os dois, assinando o segundo lugar provisório. Foram os minutos mais animados do CR.
O tempo de Van Aert na cadeira quente parecia uma mera formalidade, mas o tempo mudou e o destino da etapa também. Sem chuva, Christophe Laporte vinha a rodar com o melhor tempo, mas os riscos assumidos levaram o francês ao chão, mas foi um compatriota de Van Aert a surpreender tudo e todos.
Yves Lampaert “andou nas horas” e bateu Van Aert por 5 segundos, para desespero do homem da Jumbo que ainda não foi desta que vestiu e amarela. Já a Quickstep provou que há vida para além de Cavendish, Julian Alaphilippe e Remco Evenepoel e volta a ter a primeira amarela do Tour, tal como no ano passado.
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