Na chegada a território francês as coisas aqueceram e de que maneira, Wout Van Aert venceu a tirada isolado, solidificou a liderança na geral e na verde e deu uma sapatada na maldição dos segundos lugares
Desta vez Magnus Cort não teve uma aventura solitária, já que Anthony Perez da Cofidis também fez companhia ao dinamarquês na fuga do dia, uma fuga que chegou a ter mais de sete minutos, mas que nunca preocupou o pelotão. O homem da EF recolheu os pontos das cinco primeiras contagens de montanha, totalizando agora 11 e Perez foi o primeiro a passar na sprint intermédio. Na luta no pelotão Fabio Jakobsen levou a melhor sobre Wout Van Aert, deixando cada vez mais em evidência que a luta pela verde pode ser a dois.
A cerca de 40 km do fim a fuga ficou apenas entregue a Anthony Perez, com Magnus Cort a abdicar da escapada, ele que tem a camisola das bolinhas garantida até sexta-feira, data da primeira chegada em alto. No pelotão começavam a mover-se as peças de algumas equipas interessadas em poder mexer com a etapa na última subida do dia, provocando, pela primeira vez neste Tour, que o pelotão tivesse esticado durante alguns quilómetros.
Ainda durou cerca de trinta quilómetros a aventura de Perez na cabeça de corrida, mas com a mudança da direção da corrida, que agora andava paralela à costa, o pelotão prestava-se a nova aceleração, motivada também por algum vento lateral, que também se fazia notar nas bandeiras de alguns adeptos.
Mas à entrada da última subida do dia um verdadeiro foguete amarelo descolou. A Jumbo-Visma acelerou, fazendo lembrar o que aconteceu na primeira etapa do Paris-Nice, e Wout Van Aert arrancou decidido, isolando-se e abrindo caminho até à meta. Entrou triunfante em Calais com uma vantagem confortável para abrir as asas na hora de festejar.
Apesar da perseguição, encabeçada pela Alpecin-Deceuninck de Jasper Philipsen, restou aos homens do perseguidor lutar pelo lugar de “melhor dos outros” e foi mesmo Philipsen a ganhar o sprint e até acabou por festejar.