Na edição mais rápida de sempre da Milano-Sanremo, Philipsen bateu Michael Matthews ao sprint num grupo reduzido. Tadej Pogačar ficou em 3º lugar após dois ataques.
A Milano-Sanremo de 2024 foi a edição mais rápida da história, feita em 46.133 km/h! Para a história, contribuiu em muito a fuga numerosa que cedo se destacou, na marcha de quase 300 quilómetros até Sanremo, e que o pelotão manteve sempre sob controlo: Davide Bais, Mirco Maestri, Andrea Pietrobon (Polti-Kometa), Alessandro Tonelli, Samuele Zoccarato (VF Group-Bardiani CSF-Faizanè), Valerio Conti, Davide Baldaccini, Kyrylo Tsarenko (Corratec-Vini Fantini), Lorenzo Germani (Groupama-FDJ), Romain Combaud (DSM-Firmenich PostNL) e Sergio Samitier (Movistar).
Como costuma acontecer neste ‘monumento’ do ciclismo, a corrida ‘a sério’ começou junto à costa, mais concretamente na Cipressa, quando a UAE Team Emirates endureceu muito o ritmo por intermédio de Isaac del Toro, mas não conseguiu “fazer a ascensão abaixo dos 9 minutos” como o diretor desportivo Matxin pretendia, o que permitiu que um grupo grande passasse a subida. A fuga só seria alcançada na descida da Cipressa, quando dois dos seus elementos caíram, havendo contra-ataque de Davide Bais para se manter na frente até ao início do Poggio.
No Poggio di Sanremo, houve dejà vu: Tim Wellens lançou o ataque de Tadej Pogačar às portas do último quilómetro de ascensão, mas com resposta de Mathieu Van Der Poel (Alpecin – Deceuninck) e também outros 11 ciclistas. Mas a estrela eslovena não ficou por aqui e atacou novamente, distanciando-se um pouco mais, até que Van Der Poel foi ‘buscá-lo’ e Tom Pidcock (INEOS Grenadiers) juntou-se a eles na descida, seguido pelo restante grupo. O maior azarado na descida foi Filippo Ganna (INEOS Grenadiers), com um problema mecânico.
Van Der Poel colocou-se então ao serviço do seu companheiro Jasper Philipsen (Alpecin – Deceuninck) – que, tendo passado o Poggio, tornava-se num dos maiores favoritos a ganhar a Milano-Sanremo – e teve de trabalhar para neutralizar os ataques de Matej Mohorič (Bahrain – Victorious), Matteo Sobrero (BORA – hansgrohe) e Tom Pidcock (INEOS Grenadiers), este último apenas alcançado na reta da meta. A Lidl-Trek lançou o sprint para Mads Pedersen, mas a luta pela vitória ficou entre Philipsen e Michael Matthews (Jayco AlUla), com ligeira vantagem para o belga.
Desta forma, Jasper Philipsen conquistou o primeiro monumento da sua carreira e garantiu a segunda vitória consecutiva na Milano-Sanremo para a Alpecin – Deceuninck, muito graças à ajuda do vencedor do ano anterior, Mathieu Van Der Poel. Michael Matthews foi a maior surpresa do dia no pódio, enquanto Tadej Pogačar vê reforçadas as suas esperanças de um dia vencer este monumento.