Prometeu e cumpriu, Tadej Pogacar recuperou-se do apagão na etapa rainha e conseguiu a desejada vitória na etapa 20 da corrida! Vingegaard era também um homem feliz no final, apesar de não ter conseguido bater o seu arquirrival no sprint em La Markstein, assegurava o seu segundo Tour de France e no final festejaou com a esposa e filha na meta.
Um super-trepador italiano
A luta pela camisola da montanha animou o início da etapa, com a Lidl-Trek a tomar conta das operações, enquanto na frente seguiam apenas dois ciclistas da Lotto Dstny, incluindo o incansável Victor Campenaerts. Lançado por Mads Pedersen, Giulio Ciccone conquistou os primeiros 5 pontos do dia, com a surpresa de Felix Gall não ter entrado na luta.
Acabaria por se formar um grupo com o camisola da montanha e outros nomes fortes, como Tom Pidcock (INEOS Grenadiers), Rigoberto Uran (EF Education-Easy Post) e Thibaut Pinot (Groupama-FDJ).
No grupo principal, uma sucessão de quedas amainou o ritmo, com Carlos Rodriguez e Sepp Kuss a irem ao chão, ambos com marcas visíveis. No entanto tiveram sortes diferentes, Rodriguez conseguiu manter o seu lugar no pelotão, mas o estadunidense ficou irremediavelmente para trás, perdendo o seu lugar no top-10.
Giulio Ciccone aproveitou da melhor maneira a falta de oposição e limpou todas as contagens de montanha até à Col de la Schlucht, onde passou em primeiro festejando o seu triunfo na geral festejando como se de uma vitória de etapa se tratasse. O homem da Lidl Trek sucede a Claudio Chiapucci, último transalpino a conquistar a camisola das bolinhas.
A última dança de Pinot
Com as contas da montanha arrumadas outros tomaram as rédeas do grupo da frente e aqui começou o momento chave da etapa. Com o endurecer de ritmo por parte de Valentim Madouas começava o último conto de fadas para Thibaut Pinot. O francês da Groupama arrancou no Petit Ballon, deixando para trás os seus adversários de fuga e abrindo inclusive a diferença para o grupo principal, chegando a 1.30m de vantagem.
Num ritmo frenético, a correr nas estradas caseiras, Pinot mergulhava, quilómetro após quilómetro dentro da multidão de “ultras” de Tibopino, na esperança de um último dia de glória. Mas, como é comum na carreira do francês, a desilusão bateu novamente à parte e menos de 13km da meta foi alcançado por Pidcock e Barguil e logo depois por Pogacar, Vingegaard e Gall vindos do grupo principal.
Com uma extrema marcação entre os homens da geral foi um quinteto composto por Vingegaard, Pogacar, Adam Yates, Simon Yates e Gall a apresentar-se para a discussão da etapa. Adam Yates acabou por fazer a maioria do trabalho, abriu caminho e Pogacar rematou da melhor maneira, levando a etapa e cumprindo a promessa feita há alguns dias antes que lutaria para vencer a etapa.