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PCM Flash Interview: François Vie

O nosso convidado especial para a quarta edição da PCM Flash Interview é François Vie (Credibom / L.A. Alumínios / Marcos Car), ciclista e um galardoado triatleta de 21 anos, que irá entrar na sua segunda temporada como ciclista profissional e será um dos nomes sub-23 a ter em atenção durante 2024, em solo nacional. Podes conhecê-lo melhor nesta PCM Flash Interview!

Portuguese Cycling Magazine (PCM): Começaste a tua carreira no triatlo, passando mais a sério para o ciclismo de estrada na temporada de 2023. Quais são os conhecimentos do teu ‘background’ no triatlo que aplicas na estrada?
François Vie (FV): Para ser sincero posso aplicar muitos e poucos ao mesmo tempo. O triatlo é um desporto que reúne como modalidades a natação, o ciclismo e a corrida. Não foi o primeiro desporto que pratiquei, antes disso pratiquei inúmeros outros em que cada um me trouxe valores e experiências que ainda hoje me são úteis. Mas, sim, de facto, o triatlo foi o primeiro desporto em que me foquei de forma mais séria com objetivos e treinos mais assíduos. Comecei pela vertente clássica antes de me especializar para a vertente Cross, nestes últimos 4 anos. Passo, então, de um desporto individual para um desporto de equipa, o que me tira fora dos meus hábitos, mas o qual acho muito interessante. O meu ‘background’ de triatleta posso dizer que foi útil para me ajudar a suportar variações de ritmo em momentos decisivos nas etapas.

PCM: Bateste à porta da vitória na segunda etapa da Volta a Portugal do Futuro. Quais foram os teus sentimentos após esse momento? Foi o ponto alto da tua temporada?
FV: Acho que a nível do resultado pessoal, sim. Lancei o meu sprint a, mais ou menos, 500 metros do fim, algo um pouco precipitado analisando o pós-prova, mas não deixa de ser um resultado extraordinário. Foi um grande alívio para mim subir ao pódio numa prova de ciclismo, quando se muda de modalidade de alto rendimento é quase como um começo do zero. Então, subir ao pódio logo na primeira época de ciclismo foi muito gratificante para mim e, também, por todo o trabalho realizado antes. Acho que o ponto alto da minha temporada não se pode resumir apenas num resultado de uma prova, para mim, pessoalmente, o ponto alto foi o de ter conseguido ser um elemento contribuidor para a minha equipa.

François, no canto direito da foto, a caminho da segunda posição na segunda etapa da Volta a Portugal do Futuro de 2023.
Foto: Igor Martins / Podium Events

PCM: Tens alguma superstição antes do começo de uma prova?
FV: A verdade é que não, se calhar deveria de ter, mas sou uma pessoa bastante calma, trabalhei muito nesse aspeto psicológico, anteriormente. Este primeiro ano foi mais de adaptação ao terreno, sendo que esta época vai ser mais seria, vou ser mais exigente comigo próprio.

PCM: Como é que os teus companheiros de equipa te descreveriam?
FV: Não gosto muito de falar pelos outros, mas neste caso trata-se do objetivo do “exercício”. Eu acho que os meus companheiros de equipa me descreveriam como alguém fiável com quem podem contar, um pouco ‘kamikaze’ nas descidas, mas vou aprendendo com os meus erros.

PCM: Qual é a tua prova favorita do calendário nacional?
FV: Não diria que tenho assim nenhuma prova “favorita”, mas na época passada a prova que mais gostei de realizar foi o Grande Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela. Foi uma prova mesmo muito difícil de acabar, as condições climatéricas estavam muito duras para a prática da modalidade. Contamos com chuva, frio e um grande nevoeiro no alto da Serra da Estrela. Estas condições todas levaram a uma grande satisfação da minha parte por poder conseguir acabar.

PCM: Qual o momento mais insólito que viveste no ciclismo?
FV: Acho que o momento mais insólito foi o de alinhar na Volta ao Algarve. Só de pensar que no ano anterior estava presente enquanto espectador e no ano seguinte alinhei na corrida. Foi uma sensação incrível e uma algo que espero voltar a sentir um dia, sentir que tudo pode ser possível!

Foto de capa: UVP – Federação Portuguesa de Ciclismo

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