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Os Números da Volta 2019

No dia que marca o descanso dos atletas da competição rainha do ciclismo nacional, conheça abaixo os números que marcam a presente edição da Volta a Portugal em bicicleta.

1 Vencedor na Avenida dos Aliados. A Volta terá o seu final num dos locais mais emblemáticos da cidade do Porto e, de entre os presentes, apenas António Carvalho (W52- FC Porto) já venceu uma etapa naquele local. O corredor portista triunfou naquela que foi a última etapa do Grande Prémio Jornal de Notícias do ano de 2016, batendo naquele dia o italiano Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira). Com um contrarrelógio individual no último dia é de esperar que haja mais alguém a juntar-se à lista de vencedores na mítica avenida da invicta.

Festa a dobrar para a W52-FC Porto na Avenida dos Aliados, que marcou o término do GP JN de 2016. Os portistas festejaram a vitória de etapa de António Carvalho e na classificação geral de Rafael Reis.
(Foto: Helena Dias)




2 Equipas africanas que alinham na corrida, a sul-africana Pro Touch e a angolana BAI – Sicasal – Petro de Luanda. A equipa sul-africana esteve presente já no Trofeu Joaquim Agostinho onde tiveram Eddie Van Heerden a terminar no trigésimo lugar enquanto os homens de Luanda fizeram uma boa parte do calendário nacional e contam com a participação de três corredores experientes em terras portuguesas: Guillaume Almeida, Micael Isidoro e Carlos Oyarzun. A última formação do continente africano presente na Volta foi a MTN-Qhubeka (atual Dimension Data) em 2013, num ano em que tiveram Sergio Pardilla a vencer na Sra da Graça e a vestir de amarelo.


3 – Corredores com vitórias em grandes voltas. Contam-se pelos dedos de uma mão os ciclistas presentes na Volta a Portugal que já tiveram a oportunidade de erguer os braços numa das três grandes do ciclismo mundial.

O primeiro a conseguir tal feito foi Sergio Paulinho, em 2006, ao vencer a 10ª etapa da Vuelta a España, numa edição em que alcançou também o seu melhor resultado de sempre numa grande volta com o 16º posto final. Em 2009 seria a vez do francês Brice Feillu erguer os braços, desta vez no Tour. O gaulês integrou a fuga do dia e venceu isolado a chegada a Andorra Arcalis, nessa fuga estava também presente um tal de Rinaldo Nocentini que vestiria a camisola amarela no final do dia. Também em 2009 foi Gustavo Cesar Veloso a picar o ponto e triunfar com as cores da Xacobeo-Galicia na chegada a Xorret de Cati, na Vuelta. Em 2010 Sergio Paulinho voltou a triunfar e no maior palco de todos – o medalhado de prata em Atenas venceria a chegada a Gap, no Tour de France, quebrando o interregno de portugueses a vencer no Tour que durava desde 1989, quando Acácio da Silva havia vencido pela última vez.

10 vitórias de etapa de Gustavo César Veloso. O corredor galego da W52-FCPorto é o corredor à partida com mais triunfos em tiradas da volta a Portugal, às quais soma ainda duas vitórias à geral, em 2014 e 2015. A primeira tirada remonta a 2006, ao serviço da Kaiku, vencendo isolado na chegada a Sta Quitéria e a mais recente em 2017 com a vitória no contrarrelógio final da prova desse ano em Viseu. No segundo posto desta “classificação” está o também espanhol Vicente Garcia de Mateos, com um total de 6 triunfos em etapas.

Alejandro Marque, ciclista do Sporting-Tavira, conta já com 14 participações na Volta.

14 participações para Alejandro Marque. O galego é o corredor em prova que mais vezes partiu para a nossa Volta, iniciando este ano a 15º participação. A sua primeira participação aconteceu em 2004 quando, ao serviço da equipa Carvalhelhos-Boavista, terminou num 105º lugar da geral final, mas o ponto final estava reservado para o ano de 2013 onde venceu a geral final, batendo o já mencionado Gustavo Cesar Veloso e Rui Sousa. Conhecido especialista no contrarrelógio foi precisamente nessa disciplina que obteve as suas duas vitórias em etapa na prova, nos anos de 2012 e 2013. Se no ano de 2020 alinhar à partida igualará Rui Sousa com 16 Voltas a Portugal, no entanto o vianense completou todas aquelas em que participou, enquanto o espanhol foi forçado a abandonar em 2011.


17579,64 quilómetros separam a cidade de Castlemaine, na Austrália, da cidade de Viseu, local de partida da Volta, em linha reta. O australiano Zakkari Dempster nasceu na primeira e é o que percorre maior distância para participar na Volta a Portugal, naquela que será a segunda participação do corredor da Israel Cycling Academy depois de ter feito a sua estreia em 2017. Existe outro australiano à partida – e colega de equipa de Dempster, Freddy Ovett – no entanto não oferece concorrência nesta estatística uma vez que nasceu no Reino Unido.