Campeonato do Mundo de Pista: Iúri Leitão vice-campeão do mundo de eliminação (Davide Gomes)
A paixão pelo ciclismo de pista foi algo que foi crescendo com os portugueses à medida que os nossos atletas começaram a brilhar nos velódromos por esse mundo fora. A prestação nestes mundiais estava a ser boa, mas faltava a medalha que tinha ficado perto no omnium, com Iuri Leitão no quarto posto e Maria Martins no quinto nos dias anteriores, mas o vianense tinha uma carta na manga guardada para o cair do pano.
Na eliminação, uma das mais tensas do velódromo, a coisa não começou com bons olhos para as cores nacionais, já que Iuri Leitão se salvou à queima-roupa das duas primeiras eliminações, mas um furo ia mudar tudo na vida do “Flying piglet” – uma das várias alcunhas que os colegas da seleção escolheram para o seu companheiro. A prova ficou neutralizada, com a bandeira amarela ao estilo da F1, e Leitão aproveitou para tomar a dianteira do pelotão e relançar as suas hipóteses nesta corrida. Liderando o pelotão durante várias voltas as eliminações iam-se sucedendo e sabor amargo da véspera foi dissipado quando com quatro homens em pista Leitão lançou o ataque que lhe garantia um lugar no pódio, deixando para os adversários a luta pelo desagradável quarto posto. No final Elia Viviani bateu Leitão na luta pelo ouro, mas a prata soube a ouro para as cores nacionais e valeu uma ida ao otorrino aos meus vizinhos que não percebiam porque estava um louco a gritar a um domingo à tarde.