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Os 5 monumentos do ciclismo: uma regra não escrita

Os 5 monumentos do ciclismo: uma regra não escrita

Quilometragem

Uma das principais características destas clássicas é, inevitavelmente, o número de quilómetros que cada prova tem. Retirando o caso da Volta à Lombardia (que tem, em média, um total de 230-240 km’s), os restantes monumentos apresentam um traçado com mais de 250 km’s.

Das 5 corridas com a designação de monumento, a Milano – Sanremo é a que tem maior quilometragem: no total, são quase 300 os quilómetros que os ciclistas anualmente têm de percorrer entre Milão e a cidade de Sanremo. Nas últimas temporadas, muitas têm sido as críticas apontadas a esta corrida devido a este fator (da quilometragem) e parece que a organização da “clássica da Primavera” ouviu tais vozes ao recortar em alguns quilómetros a corrida para este ano. A Ronde van Vlaanderen é o segundo monumento mais extenso ao estar sempre a bater, nas últimas edições, os 270 km’s. O Paris – Roubaix e a Liège – Bastogne – Liège apresentam um percurso que supera, quase todos os anos, os 250 km’s, mas não ultrapassa os 260.

© Milano-Sanremo – Atletas à partida para 7 horas de ciclismo na Milano-Sanremo de 2023

Utilizando o calendário velocipédico para 2024 como barómetro, apenas existirá uma corrida que terá igual ou maior quilometragem do que os 5 monumentos: a Gent – Wevelgem. Todavia, analisaremos mais tarde se esta clássica belga merece ou não ser inserida no catálogo de monumento. Mais, nas corridas por etapas, a jornada com maior extensão será a 15ª etapa do Giro d’Italia com um total de 220 km’s e, por exemplo, a Volta à Espanha não terá qualquer jornada a ultrapassar os 200 km’s.

Muitas das vezes, o facto de uma corrida ter mais quilómetros não significa que a prova seja mais espetacular e/ou mais atacante. No entanto, os monumentos são sempre corridas abertas ao entretenimento, ao ataque, ao estilo ofensivo por serem corridas de um dia e não enquadradas no âmbito de uma prova por etapas.

A quilometragem e, acima de tudo, em que solo é que esses quilómetros são percorridos (pode ser no pavé da Flandres, nos paralelepípedos do norte de França, nos “côte” da Liège – Bastogne – Liège ou nas montanhas da Lombardia) são fundamentais para tornar estas corridas únicas, para deixar os fãs “agarrados” à televisão e elevar estas corridas ao patamar de monumentais.

Página 5: Participantes

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