História (antiguidade)
Com exceção da Milano – Torino, do Paris – Tour e da Brussels Cycling Classic (antiga Paris – Bruxelas), os 5 monumentos são as corridas de um dia mais antigas do calendário velocipédico.
Cronologicamente, a Liège – Bastogne – Liège surgiu em 1892 e é o monumento mais antigo e, por essa razão, tem a alcunha de “La Doyenne” que, em português, significa “a mais antiga”. Seguiu-se o Paris – Roubaix, corrida que se estreou em 1896 e que é apelidada como o “inferno do norte”. Já no século XX estabeleceram-se as outras três corridas: primeiro, a Volta à Lombardia, conhecida como a “clássica das folhas mortas”, em 1905; de seguida, a Milano – Sanremo, comummente denominada por “clássica da Primavera”, no ano de 1907; e, por último, a Volta à Flandres, a corrida mais importante para os belgas, em 1913.
No entanto, todas estas provas tiveram interregnos históricos: os eventos da I e da II Guerra Mundial foram as principais razões para que estas corridas tivessem sido suspensas temporariamente. Além disso, os problemas económico-financeiros nos primeiros anos bloquearam eventuais edições destas clássicas. Mesmo assim, todas as corridas já ultrapassaram as 100 edições, o que as torna monumentais.
Para muitos, a razão pela qual estas corridas são designadas de monumentos prende-se ao facto de terem surgido antes da I Guerra Mundial e, mesmo após esse acontecimento catastrófico, terem voltado às estradas como símbolo de resistência e de superação de um conflito bélico que causou mais de 40 milhões de mortos.
Por tudo o que foi apontado, entende-se que o requisito da historicidade/antiguidade destas corridas é fundamental para que se possam colocar estas provas no “pedestal” de monumentos. Porém, este pressuposto visto de forma autónoma não é suficiente e, por isso, vamos tentar compreender o próximo requisito que é o da localização destas corridas.