Estrada, Internacional

Mohoric volta a ser feliz na etapa 19!

Mohoric volta a ser feliz na etapa 19!

A probabilidade de uma fuga era grande na 19ª etapa do Tour de France, mas o percurso até Poligny entregou mais do que prometia: uma clássica dentro do Tour! Matej Mohorič (Bahrain – Victorious) conseguiu uma vitória milimétrica sobre Kasper Asgreen (Soudal-Quick Step), numa etapa muito movimentada. Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma) manteve a camisola amarela.

Uma fuga que não foi

O início da etapa foi muito animado – algo que temos escrito em praticamente todos os dias deste Tour – com Adam Yates (UAE Team Emirates) a sofrer um susto ao ficar temporariamente cortado e com a UAE Emirates a ter de rebocar o terceiro colocado de volta ao pelotão. 

Foi estabelecida uma primeira fuga com Julian Alaphilippe (Soudal-Quick Step), Victor Campenaerts (Lotto Dstny), Tiesj Benoot (Jumbo-Visma), Jack Haig (Bahrain – Victorious), Nils Politt (BORA – hansgrohe), Mads Pedersen (Lidl-Trek), Matteo Trentin (UAE Team Emirates), Georg Zimmermann (Intermarché – Circus – Wanty), e Warren Barguil (Team Arkéa Samsic).

Ao que tudo indicava, esta seria a fuga do dia, tendo gozado de uma vantagem superior a 1 minuto. No entanto, várias equipas que também pretendiam estar na discussão da etapa uniram-se na perseguição a este grupo, reduzidno a vantagem gradualmente. Nesta fase, aconteceu o momento mais caricato do dia: Nils Pollitt viu a corrente da sua bicicleta rebentar e sem carro de apoio, teve uma dura relação com as bicicletas do apoio neutro, que parecia um autêntico triciclo para o gigante germânico.

O grupo acabaria por ser neutralizado depois do sprint intermédio, onde Pedersen aproveitou para somar a pontuação máxima, mas a saga de formação da fuga reiniciou-se.

Um mini-pelotão na discussão da etapa

A pouco mais de 60 quilómetros da meta, voltou a formar-se uma fuga que mais parecia um pequeno pelotão, incluindo muitos dos melhores sprinters como Jasper Philipsen (Alpecin-Deceuninck), Dylan Groenewegen (Team Jayco AlUla) ou Jordi Meeus (BORA – hansgrohe). Finalmente, todos pareciam satisfeitos com este grupo e ele pôde ganhar uma vantagem grande.

Com tantos nomes na frente, a desorganização foi natural. Primeiro, Campanaerts e Simon Clarke (Israel – Premier Tech) isolaram-se, mas foi na última subida do dia que se formou o grupo decisivo, com o trio composto por Asgreen, Mohorič e Ben O’Connor (AG2R Citroën Team) a deixar os companheiros de escapada para trás.

Apesar da perseguição encetada principalmente pelo duo Van der Poel – Philipsen, o trio não voltaria a ser alcançado, tendo gerido muito bem a vantagem, chegando à fase decisiva com uma distância confortável. Sendo o mais fraco ao sprint, O’Connor tentou um ataque a 500 metros da meta, mas os companheiros de fuga não se deixaram surpreender.

Asgreen seguiu o australiano, lançou o sprint e parecia embalado para duas vitórias consecutivas, mas Mohorič conseguiu o triunfo no último suspiro. O esloveno teve de esperar pelo photo-finish, mas a imagem não deixou dúvidas, o lançamento da bicicleta deu a terceira etapa de Tour de France ao homem da Bahrain – Victorious.

Classificações e Portugueses

Tudo inalterado nas contas da classificação geral, com Jonas Vingegaard a manter a sua liderança confortável para a restante concorrência. Apesar do susto inicial, Adam Yates depressa regressou ao pelotão principal e conservou a 3ª posição. Jasper Philipsen (Alpecin-Deceuninck) foi 4º na etapa e continua embalado para um recorde na classificação por pontos, enquanto Giulio Ciccone (Lidl-Trek) terá de lutar ‘com unhas e dentes’ pela camisola da montanha no dia de amanhã.

Em relação aos portugueses, tanto Rui Costa como Nelson Oliveira chegaram integrados no pelotão, a mais de 13 minutos da frente, em 81º e 83º lugares respetivamente.

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