As primeiras pedaladas da época foram dadas hoje, na Prova de Abertura – Região de Aveiro, onde participaram as dez equipas continentais portuguesas, sete equipas de Sub-23 / clube e duas equipas espanholas.
Nem as condições atmosféricas adversas limitaram Leangel Linarez (Tavfer / Mortágua / Ovos Matinados), que se impôs ao sprint a 100 metros da meta, no final de um percurso com um total de 172,1 quilómetros. O venezuelano venceu, assim, aquela que foi a primeira prova da Taça de Portugal Jogos Santa Casa. Em segundo lugar, ficou Tomás Connte (Aviludo / Louletano / Loulé Concelho) e o bronze foi para César Martingil (Rádio Popular / Paredes / Boavista).
A vitória de Leangel fez-se acompanhar por uma dedicatória bastante especial, dirigida a Pedro Silva, o mentor do projeto de Mortágua.
Num trajeto a favor dos sprinters, a subida de Talhadas era o único ponto que beneficiava os trepadores, encontrando-se, porém, distante da meta. José Neves (W52 / FC Porto) foi o homem mais forte nesta montanha de segunda categoria.
Pedro Silva (Glassdrive / Q8 / Anicolor) liderou a classificação da juventude, enquanto que as metas particulares foram vencidas pelo colega da mesma equipa António Carvalho e por César Fonte (Kelly / Simoldes / UDO). A melhor equipa foi a Glassdrive / Q8 / Anicolor.
A segunda prova da Taça de Portugal Jogos Santa Casa decorrerá no dia 27 de março, a Clássica Aldeias do Xisto.
A Portuguese Cycling Magazine esteve presente na partida da prova e recolheu declarações dos atletas Tomás Martins, Francisco García Rus, Alessandro Guimarães e António Cunha.
Tomás Martins, a correr pelo segundo ano na Bicicletas Rodríguez / Extremadura, iniciou a temporada a semana passada na Vuelta al Guadalentin e hoje esteve presente na Prova de Abertura, onde nos falou sobre o possível calendário da equipa em Portugal “temos pensado correr a Clássica Aldeias do Xisto e a Clássica de Viana”, adicionando que “a equipa espera poder receber um convite para participar na Volta a Portugal do Futuro, que é um dos objetivos”. O algarvio referiu que os objetivos, este ano, passam por ser um ano de afirmação “tenho marcados como referências a Volta a Portugal do Futuro, a Vuelta a Bidasoa e os Campeonatos Nacionais”, acrescentando que “a Vuelta a Extremadura é o principal objetivo da equipa e onde todos queremos estar presentes”, por fim confidenciou-nos que “gostaria de estar nos Europeus, mas a tarefa é complicada devido à competitividade que há em Portugal”.
Francisco García Rus, ciclista espanhol que correu pelo Aviludo / Louletano em 2019, esteve presente na Prova de Abertura e confidenciou-nos que “para este ano de 2022, o diretor desportivo, Blanco Villar, disse-nos que iríamos competir algumas vezes em Portugal, onde queremos mostrar as cores do Aluminios Cortizo e em que esperamos fazer uma boa temporada nas estradas portuguesas”. Rus começou a temporada na passada semana na Vuelta al Guadalentin com dois pódios nas duas primeiras etapas, e espera que “consiga manter a forma durante toda a temporada e que a saúde e não ter lesões ajude a conseguir bons resultados”.
Alessandro Guimarães, ciclista brasileiro do Almodôvar / Delta Cafés / Crédito Agrícola, estreou-se hoje a correr na Europa e admitiu que “é a realização de um sonho estar aqui a começar uma nova etapa da minha carreira, com todo o apoio da ‘torcida’ do Brasil”, adicionando que “o ciclismo brasileiro está a crescer nos últimos anos e acredito que estamos a iniciar uma nova era”. Falando das provas em Portugal, Alessandro pensa que “se enquadram bem nas minhas características, é o país na Europa que mais se enquadra, porque as subidas não são tão longas como em Espanha, por exemplo”, ao que acrescenta que “existem algumas chegadas em sprint reduzido que é a minha principal característica”. Por fim, diz que “espero ter muito sucesso aqui em Portugal!”.
António Cunha continua mais uma temporada com as cores da Santa Maria da Feira / Segmento D’Época / Reol e espera “conseguir destacar-me e evidenciar-me dentro das equipas de clube e estou num bom local para o fazer”, afirmando ainda que gostaria de “dar o passo que me falta a dar no ciclismo”. Quanto a objetivos, o jovem admite que “de modo geral, temos de estar bem em praticamente todas as corridas e mostrar consistência”, sendo que a Volta a Portugal do Futuro é “a data mais importante para nós, Sub-23, nos evidenciarmos, visto que é uma corrida do nosso escalão”.