Lennard Kämna carimba estatuto de especialista em caçar etapas, enquanto que João Almeida aproveita a (des)organização da Vuelta e ganha 5 segundos à concorrência!
A etapa 9 da Vuelta a España foi verdadeiramente alucinante. A primeira hora de corrida foi feita a mais de 50km/h, com bordures feitas e a UAE a perseguir a Soudal e a Jumbo Visma que conseguiram ficar na frente. Contudo, na primeira subida do dia, o pelotão voltou a circular compacto, momento em que se deu a fuga do dia com 9 elementos Gehbreigzabhier, Kämna Caicedo, Sobrero, Fernandez, Hamilton, Navarro e Jon Barrenetxea.
A luta da fuga foi interessante, mas Kämna, igual a si mesmo, atacou de forma cirúrgica a 5km da meta e fez o seu solo tradicional até à meta e completou a tripla de carreira em etapas na três Grandes Voltas!
Enquanto isso, organização da Vuelta, voltava a resolver problemas de uma forma muito menos cirúrgica que Kämna e decidiu tomar os tempos a 2km do fim da etapa, devido à existência de um setor de terra batida nos 100 metros finais (que teve zero impacto), portanto assim foi e Vlasov e Almeida foram os dois elementos que aproveitaram esta alteração, atacando próximo dos 2km finais e com isto conquistaram 5 segundos a Roglic e 7 a Evenepoel, Ayuso e Vingegaard. Posteriormente, nos 2km finais, que para efeitos de geral foram de ciclisturismo, houve imensas diferenças, contudo, não há qualquer ilação a tirar, pois simplesmente não tinha relevo competitivo. Roglic, Evenepoel e Mas movimentaram-se, enquanto que Vingegaard, Ayuso e Almeida, por exemplo, iniciaram a sua recuperação.

Dito isto, Kuss segue como líder da geral, sendo que as diferenças tomadas a 2km da meta pouco alteraram a geral, embora Roglič recupere 2 segundos a Evenepoel e está agora a 5 segundos do belga na geral.
João Almeida sobe a 10⁰ na geral, a 2:55 de Sepp Kuss, mas agora a apenas 31 segundos de Remco Evenepoel.
Por curiosidade, Almeida chegou em 26⁰ na etapa e Rui Costa em 27⁰, mas como os tempos foram tomados a 2km da etapa, têm uma diferença de mais de um minutos, que não se verificou na meta. Nélson Oliveira foi 52⁰, mas foi um dos destaques da etapa ao liderar o pelotão.
