Diz o ditado que “Cautela e Canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém” e parece que é com o Borda d’água debaixo do braço que João Almeida se apresenta para esta Volta a Espanha, e como abordou a conferência de imprensa de antevisão da Vuelta ao lado de Juan Ayuso e Pascal Ackermann.
Ao contrário do passado Giro, o português não assume a candidatura para o pódio, voltando a referir uma segunda parte da temporada complicada, marcado por “uma paragem longa” depois do Giro, mas, por outro lado, refere que o Covid é coisa do passado. Olhando para o percurso, o contrarrelógio coletivo mereceu especial atenção do Pantera das Caldas que espera diferenças “no máximo de um minuto”, a não ser que a chuva marque presença neste início nos Países Baixos. Pelo facto de correr ao lado de Portugal espera um grande apoio dos adeptos nacionais, algo que costuma sentir em praticamente todas as corridas já que “há portugueses em todo o lado” e lamenta não ter “um senhor” como Rui Costa ao seu lado nesta Vuelta.
Perguntado sobre os adversários, especialmente sobre o ex-colega Remco Evenepoel, Almeida reconhece todos os méritos ao belga, “um dos mais fortes esta época”, mas volta mais uma vez a ser cauteloso a apontar o vencedor da Liege-Bastogne-Liege como candidato ao título da Vuelta, “uma prova de três semanas é sempre diferente do resto”.
Já Juan Ayuso foi também muito solicitado, primeiro pela imprensa portuguesa que questionava se o espanhol assumiria o papel de gregário caso Almeida estivesse na luta pela geral, e também pelos nuestros hermanos que depositam grandes esperanças no jovem da UAE-Emirates. O espanhol assumiu que João Almeida pode contar com ele se estiver na luta pela roja. Já quanto às expectativas espanholas aponta que sabe que os olhares estão sobre si, mas descarta qualquer objetivo, seja na luta por etapas, seja na geral, e que o objetivo “é ir dia-a-dia e aprender”, numa presença na Vuelta que foi definida apenas na segunda fase da temporada “depois do Dauphiné eu e a equipa decidimos vir à Vuelta”.
Pascal Ackerman teve ainda tempo de falar sobre a queda nos campeonatos europeus, o alemão tem “alguns pontos na mão e nos dedos” mas nada que abale as suas ambições de lutar pelas chegadas ao sprint na corrida espanhola.
A Vuelta a España começa já na próxima sexta-feira, dia 19 de agosto. Acompanha todas as incidências na tua revista de ciclismo!