Estrada, Nacional

James Whelan autoritário no alto da Sra. da Graça; Stüssi abre a porta da vitória na Volta

James Whelan autoritário no alto da Sra. da Graça; Stüssi abre a porta da vitória na Volta

Após cerca de 135 quilómetros escapado, James Whelan (Glassdrive/Q8/Anicolor) foi o mais forte na chegada ao alto da Sra. da Graça. Desenvencilhou-se dos seus companheiros de fuga já em plena subida final, e isolado pedalou para a vitória. Entre os primeiros da classificação geral, Artem Nych (Glassdrive/Q8/Anicolor), Luis Ángel Maté e Txomin Juaristi (Euskaltel-Euskadi) não aguentaram as rampas do Monte Farinha, e viram Colin Stüssi (Team Vorarlberg) reforçar a liderança da prova, ao aumentar a vantagem para o segundo classificado, que é agora Henrique Casimiro (Efapel Cycling), para 45 segundos.

Fuga parada pela montanha e pelos pontos

As metas de montanha e volante existentes nos primeiros 30 quilómetros da etapa, ainda dentro do concelho de Paredes, impediram o sucesso de qualquer tentativa de fuga, sobretudo devido ao carácter decisivo das mesmas para as respetivas classificações. No prémio de montanha de 4.ª categoria, ao quilómetro 11,4, César Fonte (Rádio Popular-Paredes-Boavista) tornou-se o Imperador da montanha da Volta ao cruzar em primeiro o alto, selando virtualmente esta classificação; do mesmo modo, a meta volante de Paredes (31,2 km) foi suficiente para condecorar, virtualmente, Daniel Babor (Caja Rural-Seguros RGA) o vencedor da camisola da classificação dos pontos.

A partir daqui o curso da corrida mudou drasticamente, com um grupo de 32 unidades a separar-se do pelotão. Esta mexida foi reveladora das intenções das principais equipas na luta pela classificação geral da prova, já que dentro deste grande grupo seguiam vários elementos de formações como a Glassdrive/Q8/Anicolor, Euskaltel-Euskadi, Efapel Cycling ou da ABTF Betão-Feirense. E foi com uma vantagem de 1:05 minutos entre a fuga e o pelotão que a corrida iniciou a subida da Serra do Marão, a primeira contagem de montanha do dia. Ainda durante esta subida, um duo composto por Jaume Guardeño (Caja Rural-Seguros RGA) e Pablo García (BAI-Sicasal-Petro de Luanda) destacou-se na frente, mas seriam alcançados pouco após o prémio de montanha de 1ª categoria da Serra do Marão. Por esta altura, a diferença entre os dois grandes grupos tinha crescido para 2:40 minutos.

Barreiro a abrir as hostilidades

O obstáculo seguinte seria a subida do Barreiro. Inevitavelmente, o trigo foi separado do joio. Nas duras rampas finais deste adamastor, Casimiro abriu as hostilidades no grupo do camisola amarela, seguido prontamente pelo líder da geral, Stüssi, Frederico Figueiredo (Glassdrive/Q8/Anicolor), Jesus del Pino (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho), Maté e Juaristi (Euskaltel-Euskadi). Para trás ficavam, entre outros, António Carvalho (ABTF Betão-Feirense) e Nych, ajudado por Mauricio Moreira, seu colega de equipa. A vantagem nunca ultrapassou os 40 segundos, e após este momento mais tenso no planalto da Serra do Alvão, os dois grupos acabariam mesmo por se juntar durante a descida.

A Graça de todas as decisões

Estava tudo reservado para a derradeira montanha, a Sra. da Graça. Na escapada, que ainda resistia com cerca de 2 minutos de vantagem, um excelente trabalho da Kelly/Simoldes/UDO reduziu a uma mão cheia de elementos o grupo. Entre eles pedalava ainda Whelan, que à falta de 6 quilómetros para o risco de meta, disferiu o ataque decisivo para a vitória. No grupo dos favoritos era a Efapel que imprimia o ritmo, até ao ataque de Carvalho, que apenas foi seguido por Stüssi, Casimiro e Figueiredo. Nych, Maté e Juaristi cediam.

No final, a estrada remodelou os primeiros lugares da geral, com Stüssi a alargar a vantagem para o segundo classificado, que é agora Casimiro, para 45 segundos, enquanto Nych caiu para a terceira posição, a 1 minuto da liderança.

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