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Guia do Ciclocrosse Internacional 2023/2024

Troféu X2O

Terminamos o périplo pelas provas de regularidade mais relevantes no calendário internacional de ciclocrosse pelo Troféu X2O, organizado pela primeira vez na época 1987/1988, e assim denominado devido ao seu patrocinador (na história, já foi conhecido como Troféu Gazeta de Antuérpia, de 1987 a 2012; Troféu Bpost Bank, de 2012 a 2016; e Troféu DVV, de 2016 a 2019).

O cenário de uma prova do Troféu X2O, com a já famosa mascote, o patinho amarelo de borracha

À semelhança do Superprestige, também o Troféu X2O é constituído por oito circuitos espalhados pela região da Flandres, na Bélgica, os mesmos que fizeram parte do calendário da competição no ano 2022/2023; no entanto, apenas seis provas pertencem à categoria C1 da UCI, estando as etapas de Herentals e Kortrijk integradas no calendário UCI na categoria C2. Para completar o ramalhete daquelas que são consideradas as catedrais do ciclocrosse, é no calendário do Troféu X2O que podemos encontrar a corrida de Oudenaarde, o Koppenbergcross, que como o nome indica, utiliza no seu percurso o mítico Koppenberg, a famosa colina que todos os anos integra o percurso da Volta à Flandres; a prova de homenagem ao “Canibal de Baal”, Sven Nys, a etapa de Baal (GP Sven Nys), organizada pelo e no “quintal” do próprio Nys; e o “Cross das Dunas”, em Koksijde.

Inovador no contexto do ciclocrosse, o sistema de classificação do Troféu X2O é aquele que mais se aproxima do familiar sistema da vertente de estrada. Os tempos que cada ciclocrossista demora a concluir cada prova são registados, e aquele com o menor tempo agregado ao fim das oito jornadas é o vencedor final da competição. De forma a aumentar o entusiasmo e a competitividade de cada corrida, estão disponíveis segundos de bonificação ao fim da primeira volta ao circuito, além que existe uma limitação de cinco minutos de perda em cada etapa para classificação geral, quer o ciclocrossista necessite de mais tempo para concluir o seu esforço, quer desista da corrida ou mesmo se não participar em determinada(s) jornada(s).

Na edição transata, na categoria Elites Masculinos, Eli Iserbyt foi o grande vencedor do Troféu X2O, com 2:27 minutos de vantagem sobre Lars Van der Haar e 9:57 minutos sobre Michael Vanthourenhout. Nas mulheres, foi Fem Van Empel a conquistar o famoso patinho amarelo de borracha (a mascote representativa desta competição), gastando menos 2:42 minutos do que Lucinda Brand e 4:07 minutos do que Ceylin Del Carmen Alvarado.

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