A correr em casa, a UAE Emirates colocou a cavalaria toda ao serviço do bicampeão do Tour, Tadej Pogacar, e de forma aparentemente simples saiu vencedora. Num dia marcado por uma fuga de duas unidades, que nada mais eram do que as lebres para lançar a subida final, tudo se resolveu como esperado na elevação final. Uma subida longa, pouco inclinada, ótimo asfalto e estrada larga, onde o líder Stefan Bissegger aguentou até ao momento da explosão da corrida com Rafal Majka e Rein Taaramae a serem dos mais ativos. Ruben Guerreiro também se intrometeu neste grupo, mas já antes Tom Dumoulin havia sido notícia por ter sido um dos primeiros a descolar. No grupo dos favoritos, era a INEOS que dominava os acontecimentos, tanto com Luke Plapp na frente a mostrar uma excelente forma a anular a fuga como atrás com Filippo Ganna a regressar ao grupo.
As diferenças esbateram-se e à entrada do último quilómetro ainda alguns outsiders tentaram surpreender o grupo dos favoritos, como Jan Hirt (vencedor do recente Tour of Oman) e o endiabrado Luke Plapp, mas a equipa da casa assumiu as hostes, com João Almeida e Rafal Majka a serem os escudeiros de Tadej Pogacar. O sprint final foi lançado por outro português, Ruben Guerreiro, que tentou antecipar o movimento dos favoritos, saltando para a frente a 200m do fim, mas viu-se engolido pelos favoritos. Aí a potência de Tadej Pogacar deixou simplesmente todos os seus adversários pregados ao chão, relegando Adam Yates e Vlasov para terceiro, sendo que Guerreiro ainda ficava com um honroso quarto posto perante uma concorrência de luxo.
Na geral, Pogacar amealhou também a camisola da liderança, apesar da espetacular subida de Ganna, que chegou no grupo principal. Entre os portugueses, João Almeida mantém o sexto posto, enquanto Ruben Guerreiro subiu a nono. A faltarem três etapas para o final, será provavelmente a chegada a Jebel Hafeet, no sábado, a decidir as contas finais da geral da corrida.
