Arranca, já amanhã, a 4.ª edição do Grande Prémio Douro Internacional, que contará com 4 etapas. O percurso, este ano, terá uma panóplia de etapas mais focada nos trepadores, com subidas duras para apimentar e abrilhantar o certame.
A lista de partida conterá 107 ciclistas distribuídos por 16 equipas, as mesmas que estiveram em competição no último fim-de-semana no GP Abimota, assim sendo em prova estarão presentes: as 9 equipas Continental UCI portuguesas; 5 das 6 equipas de Clube/Sub-23 portuguesas (onde se destaca a ausência da Óbidos Cycling Team, que se encontra a competir na Volta a Marrocos); e, ainda, 2 equipas de Clube/Sub-23 espanholas: Technosylva Maglia Bembibre Cycling Team e Zamora Enamora Cycling Team.
Tudo o que precisas de saber sobre o percurso!
A edição de 2024 do Grande Prémio Douro Internacional contará com 588,7 quilómetros distribuídos pelos 4 dias de competição. A prova irá ter um percurso bastante montanhoso ao longo das três primeiras etapas, sendo que a última etapa em Lamego também apresenta um terreno acidentado, mas sem prémios de montanha tão duros como nos anteriores dias. As chegadas a Carrazeda de Ansiães e a Armamar serão os dois pontos altos da corrida.
1.ª Etapa (sexta-feira – 07/06): Termas Caldas de Aregos (Resende) – São Martinho de Mouros (Resende) (141,5 quilómetros)
O Grande Prémio Douro Internacional abre logo com uma etapa que irá começar a definir quem poderá estar na luta pela geral final do certame. O único prémio de montanha do dia aparece na primeira metade da etapa, em São Cristóvão (1.ª Categoria, com sensivelmente 11 quilómetros a 7% de pendente média), altura em que o pelotão deverá começar a encurtar devido à dificuldade inerente da subida. Após a transposição dessa dificuldade orográfica a corrida entra numa zona de planalto até ser atingido mais um topo, pouco mais à frente, porém a aproximação a Resende será feita em descida ou em terreno mais plano. A chegada a São Martinho de Mouros será efetuada em ligeira subida, com os últimos 2 quilómetros a poderem marcar diferenças entre os ciclistas, esperando-se que chegue um pequeno grupo de ciclistas à linha de meta. A jornada terá, ainda, 1 Meta Volante, em Barrô; 1 Sprint Especial, em São Martinho de Mouros e, ainda, 1 Meta Autarquias, em Resende. Outro fator a ter em especial atenção será o facto de a etapa vir a ter trovoada no decurso do dia e um calor abrasador, que irá, certamente, dificultar a tarefa dos ciclistas.

2.ª Etapa (sábado – 08/06): Santa Marta de Penaguião – Carrazeda de Ansiães (147,2 quilómetros)
A segunda jornada da prova irá apresentar ainda mais dificuldades orográficas que na primeira etapa. O início será algo plano, no entanto a figura muda quando chegados à 2.ª Categoria de Santa Marinha (sensivelmente 9 quilómetros a 5%), ainda, no primeiro terço da etapa, sendo aí o ponto de inflexão da etapa, já que a partir daí o terreno será sempre bem acidentado. A passagem pelo Alto do Cavalo (3.ª Categoria, com 3 quilómetros a sensivelmente 7% de pendente média) pode provocar o fracionamento do pelotão, visto que apresentará rampas duras. Por fim, a etapa terminará com uma 1.ª Categoria que irá ter quase 19 quilómetros, a uma pendente média de 3%, algo que pela sua distância terá o condão de provocar algumas diferenças entre os candidatos, porém é esperada a chegada de um grupo de favoritos ainda bem constituído à Avenida Aquilino Ribeiro. A tirada irá contar, ainda, com 1 Sprint Especial, na Casa dos Peixinhos; 1 Meta Autarquias, em Murça e, ainda, 1 Meta Volante, em Favaíto.

3.ª Etapa (domingo – 09/06): Tabuaço – Armamar (129,6 quilómetros)
A terceira etapa pode perfilar-se como sendo a etapa rainha do certame, sendo que também terá o condão de ser a jornada mais curta da edição deste ano do GP Douro Internacional. A etapa começa, logo, com dificuldades orográficas não categorizadas, antes mesmo da primeira grande dificuldade do dia, que será o prémio de montanha de Desejosa (1.ª Categoria, com cerca de 5 quilómetros a uma pendente média de 7%). O miolo da etapa será relativamente plano, no entanto o terreno voltará a dificultar bastante a tarefa aos ciclistas, já que a 2.ª Categoria, na Vila de Fontelo (com 9 quilómetros a 5% de pendente) deverá ser o palco de alguns ataques, até porque a subida irá continuar mesmo depois da parte categorizada acabar. Daí até ao final irá existir uma descida que não será fácil e que levará os ciclistas a um dos pontos altos da prova: a chegada a Armamar. O final de etapa será bastante duro, com a subida a ter sensivelmente 6 quilómetros a uma pendente média de 7,5%, o que fará com que na frente possa chegar um ciclista a solo ou um grupo muito reduzido de ciclistas, sendo o local onde a prova poderá ficar sentenciada. A jornada vai ter, ainda, 1 Meta Volante, em Guedieiros; 1 Meta Autarquias, em Tabuaço e, ainda, 1 Sprint Especial, em Folgosa.

4.ª Etapa (segunda-feira – 10/06): Lamego – Lamego (170,4 quilómetros)
A última etapa da 4.ª edição do Grande Prémio Douro Internacional irá ser a mais longa da prova e o epílogo será feito em pleno Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. A jornada será a menos montanhosa da edição, no entanto será um autêntico carrossel de emoções com vários topos que prometem dar espetáculo. A única dificuldade categorizada do dia aparece pouco depois do meio da etapa, em Sebadelhe da Serra (3.ª Categoria), porém com o desgaste acumulado pode ser um ponto onde as coisas se podem dificultar para os ciclistas. O terreno será irregular até à meta, logo os sprinters que estejam em prova não deverão aguentar no pelotão. A chegada à Avenida Doutor Alfredo Sousa deverá ser feita por um grupo com algumas unidades. A tirada terá, ainda, 1 Meta Volante, em Pendilhe; 1 Sprint Especial, na Senhora da Lapa e, ainda, 1 Meta Autarquias, em Ferreirim.

Conhece as equipas estrangeiras
As duas únicas equipas estrangeiras presentes na prova serão espanholas, tal como no último GP Abimota, apresentando-se com nomes interessantes na prova.
A Technosylva Maglia Bembibre Cycling Team vem de duas boas atuações no território nacional, mostrando-se sempre ao ataque e com uma grande combatividade. Na equipa do Reino de León o nome incontornável tem sido o argentino Fabricio Crozzolo, 6.º na Volta a Portugal do Futuro e 15.º no GP Abimota, onde foi o melhor ciclista de equipa de clube, e que parte para esta prova como um dos nomes que pode surpreender as equipas nacionais. Além do argentino a estrutura liderada por Alberto Núñez irá contar com os serviços do trepador Guillem Bel (também ele concluiu a Volta a Portugal do Futuro no top-10) e dos aguerridos chilenos: Cristóbal Mena e Cristóbal Ramírez.

Foto: João Fonseca Photographer / GP Abimota
Já a Zamora Enamora Cycling Team voltará a ter em Jorge Gálvez o seu líder, um ciclista que pode defender-se bastante bem neste terreno, sendo um dos nomes a ter em conta para a camisola de melhor ciclista das equipas de clube. O sprinter Óscar Rota deverá ser um nome a ter em atenção na última etapa.
Os nomes a ter em conta para a disputa da prova e algumas possíveis surpresas!
A prova irá ser bastante disputada e ao ter um terreno tão montanhoso abre a possibilidade aos melhores trepadores nacionais para se destacarem, assim sendo, alguns dos nomes que poderão estar em evidência na luta por etapas e pela geral da prova podem ser: Afonso Eulálio e António Carvalho (ABTF Betão – Feirense); Diogo Barbosa (AP Hotels & Resorts / Tavira / SC Farense); David Domínguez (Aviludo – Louletano – Loulé Concelho); Luís Fernandes (Credibom / L.A. Alumínios / Marcos Car); Joaquim Silva e Abner González (Efapel Cycling); Rui Carvalho (Gi Group Holding – Simoldes – UDO); Tiago Leal, Hugo Nunes, Hélder Gonçalves e Francisco Peñuela (Radio Popular – Paredes – Boavista); Mathias Bregnhøj e Artem Nych (Sabgal / Anicolor) e, ainda, Bruno Silva e Gonçalo Carvalho (Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua).

Foto: Miguel Pereira / Global Imagens
Algumas das possíveis surpresas na prova poderão ser: Diogo Gonçalves (ABTF Betão – Feirense); Gaspar Gonçalves (Aviludo – Louletano – Loulé Concelho); Barry Miller e José María Martín Muñoz (CCL / Matdiver / Anastácio Mendes & Mendes, Lda); Keegan Swirbul (Efapel Cycling); Andrey André (Gi Group Holding – Simoldes – UDO) e Afonso Lopes (Porminho Team Sub-23).
Foto de Capa: Miguel Pereira / Global Imagens