Arranca, já amanhã, a 6.ª edição do Grande Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela, que contará com 3 etapas. O percurso terá etapas para todos os gostos e feitios, sendo que a ascensão da Torre, na última etapa, será o ponto alto da prova.
À hora da escrita do artigo estão pré-inscritos 131 ciclistas distribuídos por 19 equipas. Em prova estarão presentes: 2 equipas UCI ProTeam (Caja Rural–Seguros RGA e Equipo Kern Pharma); 4 equipas Continental UCI estrangeiras (Illes Balears Arabay Cycling, Mentorise MLMSuperStars, Sidi Ali – Unlock Team e Victoria Sports Pro Cycling Team); 8 das 9 equipas Continental UCI portuguesas (ABTF Betão – Feirense, AP Hotels & Resorts / Tavira / SC Farense, Aviludo – Louletano – Loulé Concelho, Credibom / L.A. Alumínios / Marcos Car, Efapel Cycling, Radio Popular – Paredes – Boavista, Sabgal / Anicolor e Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua) e, ainda, 5 equipas de Clube/Sub-23 (BKKHP Kamen, CCL / Matdiver / Anastácio Mendes & Mendes, Lda., Porminho Team Sub23, PORTOS WINDMOB e Santa Maria da Feira / Segmento D’Época / Reol / Bolflex).
A grande ausência da prova será a Kelly / Simoldes / UDO, que segundo pudemos apurar, encontra-se em preparação para a Volta a Portugal do Futuro.
Tudo o que precisas de saber sobre o percurso!
A corrida irá ter 3 etapas, como acima referido, e os ciclistas irão percorrer 520,4 quilómetros durante a prova. O certame irá conter 2 etapas onduladas e propícias a chegadas em pequenos grupos, ou alguém isolado, e 1 chegada que se prevê que seja ao sprint. Espera-se que as grandes decisões estejam reservadas para a primeira etapa e para a terceira etapa, porém a Torre, que figurará na última etapa, aparece logo nos primeiros quilómetros e poderá não causar grandes estragos.
1.ª Etapa: Trancoso – Mêda (197,7 quilómetros)
O certame inicia-se com a mais longa etapa da competição e que não irá ter grandes metros planos durante o seu decurso. A etapa entra logo num carrossel de sobe e desce desde o quilómetro zero, no entanto as dificuldades orográficas categorizadas, ambas de 3.ª Categoria, só aparecem na segunda metade da tirada, em Almeida (ao quilómetro 114,3) e em Cidadelhe (ao quilómetro 158,6), onde se espera que o pelotão se fracione devido ao ritmo imposto. O aperitivo final será a subida para Mêda que, não sendo categorizada, deverá causar algumas diferenças entre os melhores ciclistas em prova. A etapa contará, ainda, com 2 Metas Volantes, em Pinhel e em Figueira de Castelo Rodrigo.
2.ª Etapa: Belmonte – Sabugal (151,7 quilómetros)
À segunda jornada a prova irá ter a mais curta das etapas e também a menos dura da corrida. O único Prémio de Montanha aparece, ainda, numa fase inicial da etapa, a 3.ª Categoria de Vale de Prazeres (ao quilómetro 61), sendo que a partir daí a corrida será bastante plana e sem dificuldades aparentes. Espera-se que a chegada a Sabugal seja feita num sprint em pelotão compacto, onde os ciclistas mais rápidos do pelotão terão a sua chance de brilhar. De referir que a chegada será efetuada em descida. A etapa contará, ainda, com 2 Metas Volantes, no Fundão e em Penamacor.
3.ª Etapa: Manteigas – Covilhã (171 quilómetros)
O último dia do Grande Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela começa logo em grande, com o encadeamento das Penhas da Saúde (2.ª Categoria) e a Torre (1.ª Categoria), por isso serão esperadas grandes movimentações logo nos primeiros 20 quilómetros da etapa e haverá a possibilidade da corrida se partir em vários grupos desde cedo. Após isso, a etapa entrará numa fase com algum sobe e desce, no entanto não será demasiado duro e poderá ser terreno para algum grupo que se atrasou durante as subidas voltar à frente. A chegada à Covilhã será feita em ligeira subida, algo que deverá marcar as últimas diferenças na luta pela geral da prova. A etapa contará, ainda, com 2 Metas Volantes, em Seia e em Gouveia.
Conhece as equipas estrangeiras
Estarão presentes 7 formações estrangeiras, com especial foco nas UCI ProTeam Caja Rural-Seguros RGA e Equipo Kern Pharma.
Começando pela estrutura de Pamplona terá nas suas fileiras um dos grandes candidatos a levar de vencida esta prova: Jefferson Cepeda. O equatoriano adapta-se muito bem à dureza do percurso e tem obtido resultados muito interessantes no que se correu, até agora, nesta temporada, sendo que terá um bom apoio em Samuel Fernández e Joel Nicolau. Para os sprints teremos a presença de Iúri Leitão, que é um dos maiores favoritos a triunfar na 2.ª tirada.
Passando para a equipa farmacêutica, também terá no seu elenco nomes fortes para a disputa da prova. O líder deverá ser José Félix Parra, um ciclista que costuma estar bem nas provas portuguesas, mas tanto Jordi López, como Ibon Ruíz serão outras das cartadas da equipa. O sprinter de serviço será Marc Brustenga. Muita atenção, ainda, a Jorge Gutiérrez, que tem vindo a ter bons resultados nas últimas provas que tem corrido e é um dos principais favoritos a levar de vencida a classificação da juventude.
As formações Continental UCI também se apresentam com alguns nomes de valia. A Illes Balears Arabay Cycling terá em Julen Amezqueta a principal unidade para a geral da prova, sendo que Alex Molenaar e Sergi Darder serão os sprinters de serviço e com muito boas hipóteses de brilhar; a Mentorise MLMSuperStars não tem grandes referências, no entanto Mattew-Denis Piciu poderá ser o sprinter da formação romena; a Sidi Ali – Unlock Team apresenta-se com dois ciclistas muito combativos na forma de Víctor Martínez e Eduardo Pérez-Landaluce; por fim, a Victoria Sports Pro Cycling Team terá no português José Mendes, e no brasileiro Nicolas Sessler as suas duas cartadas para a geral da prova, sendo dois nomes a ter em conta para o resultado final. A única formação de Clube/Sub-23 estrangeira é a BKKHP Kamen, que terá em José Manuel Gutierrez, um profundo conhecedor das nossas estradas, o seu líder.
Os nomes a ter em conta para a disputa da prova e algumas possíveis surpresas!
A prova será, muito provavelmente, decidida na primeira e na última etapa, visto que serão as que mais dificuldades irão apresentar aos ciclistas. Sendo duas etapas com várias subidas é crível que os ciclistas mais completos do pelotão discutam a corrida, portanto alguns dos maiores nomes para a geral da prova poderão ser: Afonso Eulálio (ABTF Betão – Feirense); Jefferson Cepeda (Caja Rural-Seguros RGA); Emanuel Duarte e Luís Fernandes (Credibom / L.A. Alumínios / Marcos Car); Joaquim Silva, Abner González e Henrique Casimiro (Efapel Cycling); José Félix Parra (Equipo Kern Pharma); Hugo Nunes e César Fonte (Radio Popular – Paredes – Boavista); Artem Nych, Mathias Bregnhøj, Frederico Figueiredo e Mauricio Moreira (Sabgal / Anicolor).
Para a etapa ao sprint os maiores nomes para a discussão da etapa poderão ser os seguintes: Pedro Silva (ABTF Betão – Feirense); Miguel Salgueiro (AP Hotels & Resorts / Tavira / SC Farense); Iúri Leitão (Caja Rural-Seguros RGA); ); José María Martín Muñoz (CCL / Matdiver / Anastácio Mendes & Mendes, Lda.); Diogo Narciso (Credibom / L.A. Alumínios / Marcos Car); Marc Brustenga (Equipo Kern Pharma); Alex Molenaar e Sergi Darder (Illes Balears Arabay Cycling); Francisco Peñuela (Radio Popular – Paredes – Boavista); Luís Mendonça (Sabgal / Anicolor) e, ainda, Leangel Linarez e César Martingil (Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua).
Por fim, algumas das surpresas para a corrida, e nomes a ter em atenção para alguma etapa, poderão ser: Samuel Blanco (AP Hotels & Resorts / Tavira / SC Farense); Gaspar Gonçalves e David Domínguez (Aviludo – Louletano – Loulé Concelho); Barry Miller (CCL / Matdiver / Anastácio Mendes & Mendes, Lda.); Pedro Pinto (Efapel Cycling); Jorge Gutiérrez (Equipo Kern Pharma), Sergey Malnev (Santa Maria da Feira / Segmento D’Época / Reol / Bolflex), Gonçalo Carvalho (Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua) e José Mendes e Nicolas Sessler (Victoria Sports Pro Cycling Team).
Foto de Capa: João Fonseca Photographer
No Comment