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GP Beiras e Serra da Estrela: A emoção está de volta depois de um interregno na prova!

Arranca já amanhã o GP Beiras e Serra da Estrela. A prova é uma das grandes novidades do calendário nacional, sendo uma corrida da classe 2.2 UCI, e volta à estrada após 4 anos da realização da última edição, em 2019. Em relação à última edição a prova teve o incremento de uma etapa (mantendo o formato de 3 dias de competição), com a inclusão de um contrarrelógio por equipas, sendo um tipo de etapa que já não vemos no nosso país há algum tempo.

Na quinta edição da prova estarão presentes 17 equipas (estando pré-inscritos 117 ciclistas, à hora de escrita do artigo): 2 equipas ProTeams oriundas de Espanha (Burgos – BH e Caja Rural – Seguros RGA); 4 equipas Continentais UCI estrangeiras: 1 oriunda de Angola (BAI – Sicasal – Petro de Luanda), 1 oriunda do Canadá (X-Speed United Continental), 1 oriunda de Espanha (Electro Hiper Europa), e 1 oriunda das Filipinas (NSJBI Victoria Sports Cycling Team);  8 das equipas Continentais UCI portuguesas (a Kelly / Simoldes / UDO não alinhará na prova) e ainda as 3 melhores equipas de clube/sub-23 no ranking por equipas nacional: Óbidos Cycling Team, PORTOS WINDMOB e Santa Maria da Feira / Segmento d’Época / Reol. As equipas estrangeiras terão um grande contingente luso nas suas formações à partida, sendo que esses ciclistas serão: Iúri Leitão (Caja Rural – Seguros RGA); Bernardo Gonçalves (X-Speed United Continental); Lucas Lopes (Electro Hiper Europa); e, ainda, André Cardoso, José Mendes, Márcio Barbosa e Pedro Paulinho (NSJBI Victoria Sports Cycling Team).

GP Beiras e Serra da Estrela: Tudo o que precisas de saber sobre as etapas e possíveis candidatos à vitória!

A edição deste ano contará com 499,8 quilómetros distribuídos por 3 dias de competição e 4 etapas, sendo o primeiro dia feito em duplo setor. A prova irá ter um percurso bastante diversificado, começando com um contrarrelógio por equipas e acabando numa etapa de montanha que conta com a passagem pela Torre e pelas Penhas Douradas. Pelo meio haverá 2 etapas em que os homens mais rápidos do pelotão deverão assumir o protagonismo. Espera-se que as decisões estejam guardadas para a última etapa, no entanto o contrarrelógio por equipas poderá causar dissabores a alguns dos candidatos à geral final e assume um papel igualmente importante na definição da prova.

1.ª Etapa: Seia – Gouveia (15,8 quilómetros – contrarrelógio por equipas)

A prova começa pela manhã de sexta-feira com o contrarrelógio coletivo, um formato há muito não utilizado em provas nacionais e que tem tudo para provocar algumas surpresas no desfecho final da etapa e da geral. O percurso é algo sinuoso e será sempre a subir, não tendo grandes zonas planas. Equipas como a Glassdrive / Q8 / Anicolor e Efapel Cycling partem como as grandes favoritas, no entanto tanto a Burgos – BH e a Caja Rural – Seguros RGA terão uma palavra a dizer. A ABTF Betão – Feirense e o Aviludo – Louletano – Loulé Concelho são outras das formações que poderão surpreender nesta etapa.

Perfil da 1.ª Etapa.
Fonte: Organização da prova

2.ª Etapa: Fornos de Algodres – Figueira de Castelo Rodrigo (123,5 quilómetros)

Da parte da tarde teremos uma tirada que, em teoria, poderá acabar ao sprint, no entanto não é crível que todos os, poucos, sprinters que se apresentam nesta edição cheguem à linha de meta com possibilidades de triunfar. A etapa irá ter 2 contagens de montanha de 3.ª Categoria, em Celorico da Beira e em Trancoso, sendo que irá ter 2 sprints bonificados em Mêda e Pinhel. O ponto de maior interesse está guardado para os últimos quilómetros da etapa onde a subida para Figueira de Castelo Rodrigo pode eliminar alguns dos sprinters e até ser um lugar propício a ataques. Estes são alguns dos nomes que poderão ter uma palavra a dizer: Santiago Mesa (ABTF Betão – Feirense), Tomas Contte (Aviludo – Louletano – Loulé Concelho), Gorka Sorarrain (BAI – Sicasal – Petro de Luanda), Óscar Pelegrí e Antonio Angulo (Burgos – BH), Iúri Leitão (Caja Rural – Seguros RGA), Diogo Narciso (Credibom – L.A. Alumínios – Marcos Car), Rafael Silva, Aleksandr Grigorev e Francisco Guerreiro (Efapel Cycling), Joan Martí Bennassar e Xavi Cañellas (Electro Hiper Europa), Luís Mendonça e Fábio Costa (Glassdrive / Q8 / Anicolor), Hugo Nunes e César Fonte (Radio Popular – Paredes – Boavista) e, ainda, António Barbio (Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua).

Perfil da 2.ª Etapa.
Fonte: Organização da prova

3.ª Etapa: Penamacor – Pinhel (176,8 quilómetros)

O dia de sábado traz-nos a etapa mais plana da prova, sem dificuldades de grande vulto. O dia terá só 2 sprints bonificados, em Belmonte e Sabugal. A etapa deverá terminar num sprint compacto, sendo que os principais nomes para a conquista da etapa não irão diferir muito da jornada vespertina do dia anterior e serão: Santiago Mesa (ABTF Betão – Feirense), Tomas Contte e César Martingil (Aviludo – Louletano – Loulé Concelho), Gorka Sorarrain e Charles Page (BAI – Sicasal – Petro de Luanda), Óscar Pelegrí e Antonio Angulo (Burgos – BH), Iúri Leitão (Caja Rural – Seguros RGA), Diogo Narciso (Credibom – L.A. Alumínios – Marcos Car), Rafael Silva (Efapel Cycling), Joan Martí Bennassar e Xavi Cañellas (Electro Hiper Europa), Luís Mendonça e Fábio Costa (Glassdrive / Q8 / Anicolor), César Fonte (Radio Popular – Paredes – Boavista) e, ainda, António Barbio (Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua).

Perfil da 3.ª Etapa.
Fonte: Organização da prova

4.ª Etapa: Fundão – Guarda (183,7 quilómetros)

O dia das decisões finais está marcado para domingo com a etapa rainha da prova, que também é a jornada mais longa desta edição. A etapa irá contar com 4 contagens de montanha: as 3.ªs Categorias de Alpedrinha e Guarda, a 2.ª Categoria de Sabugueiro e a 1.ª Categoria da Torre. A etapa terá, ainda, contar com 2 sprints bonificados em Tortosendo e Manteigas. O percurso é bastante duro e a passagem pela Torre, sensivelmente no equador da tirada, irá fazer com que o grupo dos favoritos fique bastante fracionado, sendo que depois em Sabugueiro também haverá outra oportunidade de movimentar a corrida. Passadas as duas grandes contagens de montanha do dia teremos a aproximação à cidade da Guarda que é tudo menos plana, sendo uma aproximação que irá ser feita a alta velocidade e que acabará em subida, como é hábito quando as provas terminam na Guarda. Sendo esta a etapa mais dura e longa da competição os nomes que aqui estiverem bem serão aqueles que lutarão pela geral, sendo assim partem como favoritos os seguintes ciclistas: António Carvalho, Ivo Pinheiro e Pedro Andrade (ABTF Betão – Feirense), Delio Fernández e Venceslau Fernandes (AP Hotels & Resorts / Tavira / SC Farense) Vicente García de Mateos e Jesús del Pino (Aviludo – Louletano – Loulé Concelho), Pelayo Sánchez, Dani Navarro, Ander Okamika e Eric Fagúndez (Burgos – BH), Abel Balderstone e Jokin Murguialday (Caja Rural – Seguros RGA), João Medeiros (Credibom – L.A. Alumínios – Marcos Car), Henrique Casimiro e Joaquim Silva (Efapel Cycling), José Luís Faura e Alejandro Ropero (Electro Hiper Europa), Frederico Figueiredo, Mauricio Moreira, James Whelan e Artem Nych (Glassdrive / Q8 / Anicolor), Hugo Nunes, Luís Fernandes e Tiago Leal (Radio Popular – Paredes – Boavista) e, ainda, Gonçalo Carvalho (Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua).

Perfil da 4.ª Etapa.
Fonte: Organização da prova

Esperam-se três dias recheados de emoção, com algum calor à mistura, e muito público na estrada para apoiar os ciclistas!

Foto de capa: João Fonseca Photographer

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