Arranca, já amanhã, a 44.ª edição do Grande Prémio Abimota, que contará com 3 etapas. O percurso, este ano, não terá contrarrelógio, porém irá contar com 3 jornadas com várias dificuldades orográficas que irão decidir a prova. À hora da escrita do artigo estão pré-inscritos 121 ciclistas distribuídos por 16 equipas.
Em prova estarão presentes: as 9 equipas Continental UCI portuguesas; 5 das 6 equipas de Clube/Sub-23 portuguesas (onde se destaca a ausência da Óbidos Cycling Team, que se encontra a competir na Volta a Marrocos); e, ainda, 2 equipas de Clube/Sub-23 espanholas: Technosylva Maglia Bembibre Cycling Team e Zamora Enamora Cycling Team.
Tudo o que precisas de saber sobre o percurso!
A edição de 2024 do Grande Prémio Abimota contará com 449,3 quilómetros distribuídos pelos 3 dias de competição. A prova contará com um percurso bastante acidentado ao longo de todas as etapas, com especial ênfase para a subida do Caramulo, logo na primeira etapa.
1.ª Etapa (sexta-feira – 31/05): Proença-a-Nova – Caramulo (163,2 quilómetros)
A primeira jornada do GP Abimota será a mais longa de toda a competição e a que poderá ser considerada a etapa rainha do certame. A tirada não irá ter muitos quilómetros planos, começando logo com um encadeamento de 3 contagens de montanha de 3.ª Categoria (ao quilómetro 18,9; ao quilómetro 46,5 e ao quilómetro 70,2) a abrir as hostilidades, que serão um obstáculo à formação da fuga e poderão causar cortes no pelotão. Após a descida da 3.ª Categoria situada no Alto de Alvares a corrida irá entrar num troço um pouco mais fácil, entre Góis e Mortágua, no entanto a partir de Mortágua a estrada irá endurecer bastante, tendo na ascensão de 2.ª Categoria o prato principal da etapa e onde deverão existir ataques, que poderão decidir, desde logo, a geral da prova. A etapa não terminará na subida, já que depois de coroada a ascensão do Caramulo irão existir 3,5 quilómetros em descida, sendo crível que chegue um pequeno grupo à meta, ou até mesmo alguém sozinho. A tirada irá, ainda, contar com: 1 Meta Volante, em Góis; 1 Meta Bolinhas, em São Pedro de Alva e 1 Meta Autarquias, em Mortágua.
2.ª Etapa (sábado – 01/06): Vouzela – Vouzela (137,7 quilómetros)
O segundo dia do certame irá albergar a mais curta etapa desta edição, sendo que a etapa começa logo com mais um encadeamento de duas contagens de montanha: uma de 3.ª Categoria ao quilómetro 10,9 e outra de 2.ª Categoria ao quilómetro 20,5, algo que fará com que o pelotão se possa partir desde cedo. Após essas duas dificuldades orográficas categorizadas a etapa entra numa fase menos dura, entre a descida da contagem de 2.ª Categoria e Vasconha, porém o terreno voltará a complicar-se como novo encadeamento de subidas, desta feita duas 3.ª Categorias que irão aparecer aos quilómetros 88,7 e 104,9, e que deverão dar o mote para alguns ataques. Daí até ao final o terreno aligeira um pouco, no entanto antes da chegada à Avenida João de Melo irá existir um topo que pode fracionar, ainda mais o pelotão, sendo bastante provável que chegue um pelotão mais pequeno à linha de meta. A jornada terá, ainda: 1 Meta Bolinhas, em Figueiredo das Donas, junto à Locomotiva E103; 1 Meta Volante, em Vasconha e 1 Meta Autarquias, em Campia.
3.ª Etapa (domingo – 02/06): Vagueira – Águeda (148,4 quilómetros)
A fechar a 44.ª edição do Grande Prémio Abimota estará, possivelmente, a etapa menos dura da competição. A jornada começa com terreno plano, porém chegados ao equador da tirada as dificuldades irão aparecer, primeiro com uma contagem de montanha de 3.ª Categoria com quase 20 quilómetros de extensão e depois com outra 3.ª Categoria nas imediações de Talhadas, que serão palco das últimas movimentações de ciclistas que não estejam satisfeitos com a sua classificação na prova. A chegada será efetuada em ligeira subida, no entanto espera-se que possa chegar um grupo bem composto à meta neste último dia de competição. A etapa contará com: 2 Metas Bolinhas, em Sangalhos e em Valongo do Vouga; 1 Meta Autarquias, em Oliveira do Bairro e 1 Meta Volante, nas Caves São Domingos.
Conhece as equipas estrangeiras
As duas únicas equipas estrangeiras presentes no GP Abimota serão espanholas, sendo que ambas terão nomes interessantes na prova.
A Technosylva Maglia Bembibre Cycling Team teve uma boa prestação na Volta a Portugal do Futuro, sendo uma das equipas mais combativas da prova com o destaque a recair em Cristóbal Mena. Além das boas prestações de Mena, Fabricio Crozzolo terminou no top-10 da prova e espera-se que possa capitalizar esse rendimento no GP Abimota. É expectável que estes 2 ciclistas sejam os atletas em maior evidência e podem ser alguns dos nomes que tentarão levar de vencida a camisola destinada ao melhor ciclista das equipas de clube, com Cristóbal Ramírez a ser outro ciclista a ter em atenção na estrutura espanhola. Na equipa do Reino de León pontifica, ainda, o português Gonçalo Amaral.
Já a Zamora Enamora Cycling Team terá em Jorge Gálvez o seu líder, um ciclista bastante sólido, que já foi 13.º no GP O Jogo deste ano e pode defender-se bastante bem neste terreno, sendo outro dos nomes a ter em conta para a camisola de melhor ciclista das equipas de clube. O sprinter Óscar Rota poderá ser o nome da estrutura a ter em conta para a última etapa.
Os nomes a ter em conta para a disputa da prova e algumas possíveis surpresas!
A prova irá ser bastante disputada e ao ter um terreno tão acidentado abre a possibilidade de vitória a alguns dos melhores trepadores nacionais, no entanto ciclistas com um perfil mais atacante também poderão ter uma palavra a dizer nesta prova, assim sendo, alguns dos nomes que poderão estar em evidência na luta por etapas e pela geral da prova podem ser: António Carvalho (ABTF Betão – Feirense); Afonso Silva (AP Hotels & Resorts / Tavira / SC Farense); Jesús del Pino (Aviludo – Louletano – Loulé Concelho); Emanuel Duarte e Luís Fernandes (Credibom / L.A. Alumínios / Marcos Car); Henrique Casimiro e Abner González (Efapel Cycling); Luís Gomes (Kelly / Simoldes / UDO); Tiago Leal, Hugo Nunes, Hélder Gonçalves e Francisco Peñuela (Radio Popular – Paredes – Boavista); Rafael Reis, Artem Nych e Mauricio Moreira (Sabgal / Anicolor) e, ainda, Bruno Silva (Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua). Algumas das possíveis surpresas na prova poderão ser: Ivo Pinheiro (ABTF Betão – Feirense); José María Martín Muñoz (CCL / Matdiver / Anastácio Mendes & Mendes, Lda); Viacheslav Ivanov (Efapel Cycling); Rui Carvalho e Francisco Guerreiro (Kelly / Simoldes / UDO) e Afonso Lopes (Porminho Team Sub-23).
Foto de Capa: João Fonseca Photographer / GP Abimota