Um dos melhores e mais conhecidos ciclistas portugueses deste século e um verdadeiro especialista na “arte” do contrarrelógio: eis Nelson Oliveira! É assim que recebemos o ciclista de 34 anos, vindo de Anadia, que veste as cores da Movistar Team, a equipa mais antiga do pelotão internacional ainda em atividade.
O ciclista luso tem muito para contar…desde a sua carreira na RadioShack e na Lampre, passando pela histórica vitória numa etapa da Vuelta, indo aos tempos já com a atual equipa espanhola e fazendo, igualmente, uma viagem por 2023 ao passo que descortinamos alguns possíveis futuros acontecimentos para a época de 2024. Tudo isto e muito mais nesta entrevista exclusiva!
Portuguese Cycling Magazine (PCM) – És um dos ciclistas portugueses mais conhecidos e continuas a ser um dos melhores contrarrelogistas do mundo. Quais são os teus sentimentos acerca disto?
Nelson Oliveira (NO) – Eu acho que é uma forma de gratidão, não é? Desde 2010, comecei a correr fora de Portugal e acho que isso também é um sinal de que as coisas têm corrido bem para o meu lado. Com alguns altos e baixos, mas têm corrido bem. Acho que ser, como diz, um dos ciclistas portugueses mais conhecidos, é mesmo por isso, por estar cá fora já há bastante tempo e até não só por estar cá fora, mas também pelos resultados e através das equipas pelas quais tenho passado.
PCM – Estás no estrangeiro desde 2010 e desde 2011, através da RadioShack, que o World Tour faz parte da tua vida como ciclista. Ao fim de tantos anos, o que é que mudou neste escalão e o que é que se manteve similar?
NO – Mudou bastante, há muita mudança, até porque já lá vão quase 14 anos. Acho que mudou realmente muito, como, por exemplo, a forma de nós estarmos neste mundo, o próprio ciclismo modificou imenso, a preparação, a organização, a forma de correr…entre outras coisas. Mudou mesmo muito.
PCM – Que sentimentos guardas sobre essa primeira época no World Tour, passada na companhia de vários colegas portugueses?
NO – É verdade, estavam lá vários colegas portugueses. Tinha o José Azevedo (como diretor desportivo), depois tinha o Tiago Machado, o Sérgio Paulinho e o Manuel Cardoso, sendo que me lembro que foi um ano praticamente de aprendizagem, porque estava numa equipa completamente cheia de estrelas. Foi onde tudo, mais ou menos, não digo começou, mas onde comecei a aprender bastante e a ser um gregário, até porque aí já começávamos a trabalhar para líderes bastante reconhecidos. Claro que também tive uma grande ajuda dos portugueses, não só dos ciclistas e do José, mas também de outros elementos, como o José Eduardo Santos, que era um mecânico, e que, infelizmente, já partiu (além dos portugueses mencionados, havia igualmente Ricardo Sheidecker, como diretor técnico, e ainda Francisco Carvalho, também como mecânico).
PCM – Já estamos em 2024, mas 2023 não foi um ano que se possa dizer que foi profissionalmente dos teus melhores, quer em termos individuais, quer em termos coletivos. Qual é o rescaldo desta temporada que passou?
NO – Não foi mau. A equipa pede-me muito para estar com os líderes, ou seja, quando estamos com os líderes é difícil estarmos a ter um resultado próprio. Temos de optar por ser um gregário e trabalhar para os líderes. Quando isso acontece, nas corridas, nós temos de abdicar um bocadinho do nosso resultado. Em vez disso, temos de olhar para o resultado do líder e para aquilo que a equipa nos pede. Ainda assim, quando tenho a oportunidade de estar no contrarrelógio, aproveito. Por exemplo, no Mundial e no Europeu, em que estou em prol da seleção. Em relação ao coletivo, posso falar do Tour, em que, infelizmente, as coisas não correram como nós esperávamos, visto que perdemos o líder desde muito cedo. Na Vuelta, também tinha que dar apoio ao líder e trabalhar para ele e foi isso que foi feito (Enric Mas terminou na sexta posição da classificação geral).
PCM – Ser gregário também faz parte da tua experiência como ciclista. Houve algum ponto ao longo da tua carreira em que decidiste por esse papel ou simplesmente foi algo que foi acontecendo?
NO – Eu acho que foi algo que foi acontecendo. Também nunca fui um ganhador nato, não é? Por vezes, temos de optar. Provavelmente, em algumas corridas, poderia ter optado por fazer os meus próprios resultados, poderia fazer mais top’10, mas daí a ganhar é uma coisa complicada. É verdade que trabalhamos para isso, muitas das vezes, mas depois a equipa até acaba por pedir-nos uma coisa em que até acabamos por nos sentir mais confortáveis. Quando a equipa começa a dar-te valor pelo trabalho e quando esse trabalho é bem feito e a equipa te agradece, acabas também por te acomodar, apesar de ser também aquilo que eu realmente gosto de fazer.
PCM – Apesar de não seres um ganhador nato, como descreveste, a verdade é que em termos de Grandes Voltas venceste uma etapa na Vuelta 2015. Como viveste aquela que é, até hoje, a maior vitória da tua carreira?
NO – Essa Vuelta foi especial por ter ganho uma etapa e acho que estávamos na Lampre e aí não tínhamos um líder destacado, ou seja, usávamos mais as nossas próprias qualidades e habilidades e também nos davam mais liberdade para fazermos a nossa própria corrida. Foi um pouco assim que aconteceu essa incrível vitória para mim.
PCM – Também fizeste segundo em Ávila, em que o francês Alexis Gougeard fugiu e ganhou. Ainda te lembras desse dia?
NO – Sim, lembro-me. Esse dia já foi depois de ter vencido a etapa e claro que quando ganhas uma etapa e vais numa fuga com mais de 20 corredores, os ciclistas já começam a estar um bocadinho em cima de ti e muitas vezes não é fácil libertarmo-nos deles. Essa etapa ficou-me um pouco atravessada, porque provavelmente poderia ter ganho, mas quando temos todos os ciclistas com os olhos em nós acaba por ser difícil. Não sendo um ciclista rápido e tendo que praticamente chegar sozinho…não correu como queria. Foi uma boa oportunidade, mas acabou por não ser para mim.
PCM – Apesar de seres um verdadeiro especialista no contrarrelógio, nunca conseguiste vencer um contrarrelógio numa prova World Tour ou ganhar uma medalha em Mundiais e Jogos Olímpicos, mesmo que em alguns casos tenhas estado perto. Dirias que essa será uma “mágoa” que poderás levar, caso não consigas fazê-lo até te retirares?
NO – Sempre vamos aceitar, não é? Nós quando sabemos que fazemos tudo na perfeição e simplesmente não ganhaste ou ficaste perto, é porque alguém foi melhor do que tu e isso temos de aceitar, não é? Por vezes podia pensar que falhei em algo e por isso é que não ganhei, mas não…as coisas têm saído na perfeição e, infelizmente, os outros foram melhores. Não vou ficar com nenhuma mágoa se não ganhar uma corrida dessas.
PCM – Qual é a tua maior meta para 2024 e quais são os grandes objetivos, individuais e coletivos?
NO – Este ano praticamente vou fazer o mesmo calendário do ano passado, ou seja, vai ser basicamente trabalhar, quando estiver com a equipa, para o líder, mas certamente terei as minhas oportunidades quando surgir um contrarrelógio. Depois é esperar para ver se o dia é bom ou não e se as coisas saem bem e logo veremos. Gostaria igualmente de estar nos Jogos Olímpicos, mais uma vez, mas isso cabe ao nosso selecionador nacional, José Poeira, decidir quem fica de fora e quem vai e depois também pretendo estar bem nos Mundiais e nos Europeus, se tiver essas oportunidades.
PCM – Estarás presente na Figueira Champions Clássica?
NO – Em princípio, não estarei. Irei para um estágio em altitude no final de janeiro, início de fevereiro, e depois vou direto para a Andaluzia.
PCM – Pensas, num futuro próximo, em tentar bater o Recorde da Hora?
NO – Não tenho isso em mente. Realmente, já várias pessoas me perguntaram, mas não tenho em mente fazer esse tipo de prova de andar uma hora ou fazer um recorde de uma hora. É preciso ter bastante técnica na pista, não basta só ser contrarrelogista. Temos que ter bastante treino na pista, nada pode falhar nesse dia, sendo que é uma prova muito dura e está tudo baseado em detalhes, ou seja, não é uma coisa que se possa preparar assim de um ano para o outro…tem de haver mais tempo, mas para já não tenho em mente tentar fazer o recorde da hora.
PCM – Estás desde 2016 na Movistar Team e tens contrato até 2025. Que objetivos consideras que te faltam cumprir, nesta equipa e na carreira?
NO – Eu gostava de ganhar uma corrida, pelo menos, sentia-me bastante bem e acho que mereço, mas sim, é basicamente mais isso agora. Estou bastante bem, bastante contente onde estou, sou feliz, sinto-me em casa e acho que as pessoas que estão na equipa também gostam de mim e me dão valor por aquilo que sou e pelo que faço. Estou mesmo bastante bem e feliz por ali, acho que é a minha segunda família. Ainda assim, gostava de ganhar uma corrida com o M da Movistar, era algo que gostaria mesmo de conseguir, num futuro próximo.
PCM – Já tens uma ideia do próximo passo, após o final do teu contrato? Um regresso a Portugal está em cima da mesa?
NO – Não tenho ideia disso, não. Para já, ainda estamos em 2024, tenho mais tempo por aqui e ainda é muito cedo para saber o que é que vai acontecer. Primeiro quero fazer este ano e depois, em 2025, logo veremos o que é que faremos.
PCM – Tens acompanhado o ciclismo nacional? Se sim, farias algum tipo de mudanças estruturais no mesmo e em que sentidos?
NO – Sim, vou acompanhando. Vejo mais as corridas em si do que propriamente tudo o que está à volta do ciclismo nacional. Ainda assim, parece-me que as coisas estão num bom caminho e espero que assim continuem. As novas gerações também vão crescendo. Pouco a pouco, mas vão crescendo e eu sei que esse é o ponto fundamental…crescer com a cabeça e aprender com os erros do passado. Se assim continuarem, acho que estarão num bom caminho. Também acho que a Federação Portuguesa de Ciclismo tem feito um bom trabalho igualmente nesse aspeto e acredito que, daqui para a frente, o ciclismo português vai começar a crescer mais.
PCM – És colega de outro ciclista português, neste caso, o Rúben Guerreiro. Como é que é a vossa relação e sentes que 2024 também poderá ser um ano de boas conquistas para o Rúben?
NO – A relação é boa. Já era boa antes e acho que ele é uma pessoa com quem se pode falar e brincar e é um bom rapaz, sobretudo. O ano passado era um elemento mais ou menos novo na equipa. Este ano já é diferente, mas quando chegou, acho que chegou bem. Ganhou logo uma corrida e acredito que isso tenha feito com que ele se integrasse bastante melhor entre todos, sendo que agora está perfeitamente integrado. É verdade que o ano de 2023 depois acabou por não correr da melhor maneira, como eu esperava. Mas acho que isso já está ultrapassado e agora vamos ver…acho que vai fazer um bom ano, ele tem qualidade para isso, é um bom ciclista, empenha-se no seu trabalho e acho que este ano vai ser um bom ano para ele – a equipa tem bastante confiança nele. Espero que ele também comece bem a temporada na Austrália (nota: entretanto, a prova já terminou e o Rúben foi 14.º na classificação geral).
PCM – Existem alguns ciclistas jovens com potencial dentro da estrutura da Movistar, como Vinícius Rangel ou Lorenzo Milesi. Como é que é trabalhar com ciclistas jovens e vê-los crescer profissionalmente ao longo do tempo?
NO – É bom, é bom. Com o Milesi não tive ainda muitas oportunidades para estar com ele, porque nós estávamos em estágio e ele estava num grupo diferente do meu. Ele entrou também mais tarde já no estágio, porque, lá está, foi uma incorporação de última hora. É um ciclista diferente do Vinícius, curiosamente. A verdade é que, há uns anos, quando eu comecei, as coisas eram bastante diferentes e, agora, os jovens já chegam um bocadinho com outra mentalidade, já sabem muito mais coisas do que aquelas que nós sabíamos nas primeiras corridas. Eles já vêm bastante mais formados do que no passado e acho que é bom, acho que eles já chegam com uma mentalidade bastante diferente e com vontade de vencer e de serem líderes. É por aí…apesar de ainda terem que crescer como ciclistas, acho mesmo que darão bastantes alegrias ao ciclismo.
PCM – A par do Davide Cimolai, és o ciclista mais veterano nesta equipa espanhola. Sentes o peso dessa responsabilidade? Como é servir de exemplo para os teus companheiros?
NO – Não direi peso, mas sim…há mais responsabilidade. Já sabemos que na hora de falar ou ver alguns pontos a definir, provavelmente terei de ser eu a tomar a iniciativa. De qualquer das formas, isso não vai alterar a minha forma de trabalhar. Vamos fazer aquilo que temos feito até agora, mas provavelmente com um bocadinho mais de responsabilidade perante alguns jovens. Claro que existem situações em que é preciso ter que dizer algumas palavras das quais eles talvez não gostem, mas é assim que tem de ser.
PCM – Em 2024, serás novamente colega do Nairo Quintana, um dos ciclistas de renome do pelotão internacional. Podes contar-nos como foi o regresso dele à equipa? De modo geral, quão impactante é conviver com um ciclista deste calibre e com uma experiência tão vasta?
NO – Foi bastante agradável. As pessoas gostaram do seu regresso e viram bem a sua integração na equipa. Acho que é um ciclista bastante respeitado por todos nós que estamos ali. A equipa já o conhece, ele já conhece a casa. Logo, apesar de haver algumas mudanças desde que ele saiu, acho que vem com vontade de mostrar ainda o valor que tem e o líder que sempre foi. É impactante, sem dúvida. Felizmente, tive a oportunidade em 2016 de estar com ele no Tour, em que, salvo erro, fez segundo ou terceiro (foi 3.º classificado) e em que subimos ao pódio. Também já tive a oportunidade de trabalhar várias vezes com ele como líder e penso que ainda não deixou de ser esse líder que era e é sempre bom para nós. Entre nós os dois, acho que existe uma boa amizade e acredito que isso faz igualmente parte do nosso crescimento, sendo que o ciclismo tem proporcionado isso. Parece-me que, neste ano, ele vai andar bem.
PCM – Tu referiste algo sobre o teu grupo de trabalho no estágio, há algumas perguntas atrás. Como é que funciona essa situação dentro da Movistar?
NO – Normalmente, quando fazemos estágio vão os 28. Como são muitos atletas, depois acabam por dividir em três grupos. Muitas das vezes, temos um grupo que vai para a Austrália, que é o grupo que começa mais cedo. Depois dividem um outro grupo, que é o grupo mais ou menos das Clássicas e que fará as mesmas. Por fim, temos o grupo das Grandes Voltas. Ou seja, acabam por dividir a situação. Por exemplo, o pessoal que irá começar a época um bocadinho mais tarde fará outro tipo de treino porque ainda não está devidamente preparado.
PCM – Visto que tocámos nas Clássicas, o Rui Costa, que também já foi teu companheiro há muitos anos, fará a Volta a Flandres pela primeira vez, uma prova em que já estiveste por duas vezes no top’25. Algum conselho para dar ao Rui?
NO – Eu acho que o Rui não precisa de conselhos. Ele sabe o que é que tem que fazer…tem uma experiência invejável no ciclismo. É um corredor que já anda aqui há mais tempo do que eu e sabe bem o que fazer naqueles tipos de provas. Ele também já esteve nas Clássicas das Ardenas e saberá certamente o que tem que fazer, como o facto de estar sempre bem colocado e atacar no momento certo e não há ninguém melhor do que ele para saber qual é o momento certo.
PCM – Dentro da vossa estrutura, qual é a pessoa mais teimosa? Mais engraçada? Mais sorridente? Mais confiante? E, por fim, o mais “trapalhão”?
NO – Por acaso, não me ocorre assim ninguém, de repente. Este ano está um bocadinho diferente do normal. O Rúben é aquele que provavelmente tem uma personalidade mais diferente. Ele gosta de brincar e está sempre alegre. É por aí…depois há outros com diferentes personalidades.
PCM – Existe alguma história mais engraçada que nos possas contar, que tenha acontecido nalguma prova ou treino?
NO – Não, de repente, não me recordo assim de nada de extraordinário. Mas também é verdade que não sou muito bom para contar histórias…
PCM – Ainda dentro do coletivo, quão importante é o apoio que existe numa equipa em momentos difíceis, como, por exemplo, foi aquele em que o Rúben teve uma queda no Tour e acabou por abandonar?
NO – Sim, é muito importante. No caso do Rúben, tivemos que dar-lhe ânimo e dizer-lhe que voltaria mais forte. É preciso darmos a mão e referir que estamos cá para o que o nosso colega precisar e dizer que voltará realmente mais forte, depois de tudo. Se precisar de ajuda, também estamos cá, pois é uma coisa que basicamente só cabe ao ciclista solucionar. É igualmente importante dar uma palavra de conforto, mas pouco mais podemos fazer.
PCM – Tocando um pouco na tua vida mais pessoal, como é conciliar a vida familiar, tendo uma esposa e duas filhas, com a vertente profissional e internacional?
NO – Acabamos por nos irmos habituando. Já levamos muitos anos disto e as minhas próprias filhas já nasceram com a vida que eu levo, logo, já estão habituadas a que venhamos um dia a casa e tenhamos que ir embora de um dia para o outro. Sei que nos custa muitas das vezes, mas é o nosso trabalho e é aquilo de que gostamos, sendo que elas também já começam a entender que o pai tem de trabalhar. Felizmente, a minha mulher é uma mãe que está sempre presente e só lhe tenho que agradecer muito por cuidar das minhas filhas tão bem como cuida.
PCM – Quais são os teus maiores sonhos, dentro do mundo do ciclismo e fora dele?
NO – É fazer aquilo de que mais gosto e mais adoro, nada mais.
PCM – Consideras que esse sonho já está cumprido?
NO – Vai-se cumprido, acho que eu, não é verdade? Gostava ainda de ganhar uma medalha, também, porque é sempre um sonho que está aqui e trabalhamos para o conseguir, mas não é uma obsessão.
PCM – Qual é o melhor ciclista da atualidade e qual é o ciclista em que mais te revês, ou que mais admiras, neste mundo das duas rodas?
NO – O melhor agora é provavelmente um Pogačar, porque faz todo o tipo de corridas, tanto as clássicas de pavé, como as grandes voltas, como as clássicas normais…ou seja, faz todo o tipo de competição e também consegue várias vitórias. Depois existe outro grande talento que é o Remco, que é mais jovem, mas que também já demonstra que pode ganhar em qualquer tipo de terreno.
PCM – Se tivesses que escolher qualquer desportista, sem ser do ciclismo, para se juntar à tua equipa, qual seria e porquê?
NO – Se der para ser, prefiro escolher alguém dentro do ciclismo. Dessa forma, provavelmente escolheria o Roglič. Acho que é um ciclista bastante competitivo e, onde vai, vai para ganhar, sendo que também me parece ser bastante boa pessoa.
PCM – Para terminar, e aproveitando já para te agradecer por esta entrevista, queres deixar algumas palavras para os jovens que estão a tentar progredir nesta “nossa” modalidade?
NO – Muito obrigado. Sim, posso deixar. Sobretudo que façam aquilo de que gostam e depois que desfrutem. Além disso, que sempre acreditem nos sonhos que têm e que acreditem igualmente neles mesmos e nos seus objetivos.