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Giro 2022: Giulio, rei em (Ci)Cogne

Depois de um dia épico em Turim, o traçado da 15ª etapa do Giro d’Italia permitia antever, com elevada probabilidade, uma etapa discutida pela fuga. E o início frenético foi reflexo disso mesmo, com o pelotão a percorrer 52 quilómetros na primeira hora de corrida. Desde o quilómetro zero, foram várias as tentativas de fuga que não tiveram sucesso, com várias equipas a procurar colocar elementos na fuga do dia. E foi apenas ao fim de 80 quilómetros que um grupo se estabeleceu na frente da corrida, composto por 28 elementos, de 15 equipas diferentes, onde se incluía Rui Costa (UAE Team Emirates).

Com a fuga consolidada, o pelotão acalmou o ritmo, sempre controlado pela equipa do maglia rosa Richard Carapaz, a INEOS-Grenadiers. E foi a este ritmo tranquilo que a primeira contagem de montanha do dia foi abordada. Na frente da corrida, e aproveitando o facto do líder da classificação da montanha, Diego Rosa (EOLO-Kometa), não ter conseguido fazer parte deste grupo, Koen Bouwman (Jumbo-Visma) partiu em solitário para cruzar em primeiro o alto de Pila-Les Fleurs, tornando-se o líder virtual da maglia azzurra. Na descida, mais dois elementos destacaram-se do grupo perseguidor, Mathieu Van der Poel (Alpecin-Fenix) e Martijn Tusveld (Team DSM), e juntaram-se a Bouwman na cabeça de corrida ainda antes do início da segunda contagem de primeira categoria do dia, em Verrogne.

Nesta subida, o grupo que perseguia o trio da frente desmantelou-se completamente, sobrevivendo três ciclistas que viriam a fazer a junção ao grupo que liderava a corrida, Santiago Buitrago (Bahrain–Victorious), Giulio Ciccone (Trek–Segafredo) e Antonio Pedrero (Movistar Team). Curiosamente, e ao mesmo tempo, Bouwman e Van der Poel não resistiram ao ritmo dos restantes companheiros de aventura, e cederam. Uns metros mais à frente, foi a vez de Tusveld, e assim um novo trio assumia a liderança da etapa. A cerca de 30 segundos seguiam Rui Costa e Hugh Carthy (EF Education-EasyPost). No pelotão, foi a vez de Guillaume Martin (Cofidis) lançar um ataque que lhe viria a dar uma margem confortável em relação ao grupo dos favoritos. Nos últimos quilómetros de subida, Carthy descartou Rui Costa e alcançou o grupo da frente, deixando o português isolado na perseguição. No entanto, na descida de Verrogne, e na companhia de Tusveld, Rui Costa reentrou na frente da corrida e na luta pela vitória da etapa.

Nas primeiras rampas da subida de Cogne, que iria levar a corrida até ao risco de meta, um ataque de Ciccone partiu o grupo em dois, levando inicialmente no seu encalce Buitrago e Carthy. No entanto, o italiano demonstrou ser o mais forte do dia, e rapidamente desenvencilhou-se dos dois companheiros de escapada, pedalando a solo para a vitória na etapa.

A 1:31 minutos de Ciccone chegou Buitrago, e o pódio foi completado pelo espanhol Pedrero, que gastou mais 2:19 minutos que o italiano.

No pelotão, a vontade de agitar as contas da classficação geral não foi muita (a última dificuldade do dia também não apelava a tal), e os principais favoritos, incluíndo João Almeida (14º na etapa) e Rui Costa (34º), cruzaram a meta a 07:48 minutos. Rui Oliveira terminou a tirada no 137º lugar, a 38:31 minutos do vencedor.

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