Mads Pedersen (Trek – Segafredo) foi o mais forte na tirada do dia com partida e chegada a Nápoles, percorrendo a bela região circundante numa extensão de 162 quilómetros. O dinamarquês bateu Jonathan Milan (Bahrain – Victorious) e Pascal Ackermann (UAE Team Emirates) ao sprint, numa etapa que apesar de mais tranquila, teve indecisão quanto ao vencedor até aos metros finais, pela enorme luta que deu a fuga do dia.
Dos homens da geral, tanto Primož Roglič (Jumbo-Visma) como Geraint Thomas (INEOS Grenadiers) tiveram percalços mecânicos perto do final, em ocasiões separadas, mas ambos conseguiram recuperar e não perder tempo. Andreas Leknessund (Team DSM) mantém-se como ‘Maglia Rosa’ e João Almeida (UAE Team Emirates) voltou a escapar aos azares, chegando integrado no pelotão e mantendo o 4º posto à geral.
Fuga a 5 e alguns sprinters eliminados
A fuga do dia formou-se nos primeiros quilómetros da etapa, tendo sido composta por 5 ciclistas: Alessandro De Marchi (Team Jayco AlUla), Simon Clarke (Israel – Premier Tech), Francesco Gavazzi (EOLO-Kometa), Charlie Quarterman (Team Corratec – Selle Italia) e Alexandre Delettre (Cofidis). Alessandro Verre (Team Arkéa Samsic) ainda tentou juntar-se aos homens da frente, mas acabou por desistir, no final de muitos quilómetros intermédio. Esta fuga rapidamente ganhou tempo, mas de forma surpreendente, a INEOS Grenadiers assumiu as rédeas no pelotão na montanha de 2ª categoria do Valico di Chiunzi, tirando tempo à fuga e deixando sprinters como Mark Cavendish (Astana Qazaqstan Team) e David Dekker (Team Arkéa Samsic) para trás.
‘Braço-de-ferro’ até aos metros finais
Já em plena Costa Amalfitana, na última subida do dia de 3ª categoria, Simon Clarke aumentou o ritmo e só Alessandro De Marchi conseguiu seguir entre os seus companheiros de fuga. Este duo com muita experiência – juntos somam 6 vitórias em grandes voltas – encontrou uma colaboração que lhes permitiu resistir ao pelotão, mesmo com uma vantagem que nunca excedeu os 3 minutos. Nos últimos 10 quilómetros da jornada, faltou muita força de trabalho ao pelotão, fruto do desgaste das colinas ultrapassadas. Quando tudo parecia perdido para os sprinters, a Trek – Segafredo queimou os últimos cartuchos e aproveitou as contas erradas feitas pela duo da frente para finalmente alcançá-los, a 200 metros da meta.
Mads Pedersen junta-se ao clube
Apesar do arranque potente de Fernando Gaviria (Movistar Team), que chegou a abrir uma vantagem, Pedersen acreditou até ao fim e na meta, conseguiu fazer aquilo que Simon Clarke, um dos grandes protagonistas do dia, não conseguiu: somar uma vitória de etapa no Giro d’Italia às vitórias que já tinha do Tour de France e da Vuelta a España, tendo agora pelo menos uma vitória nas 3 Grandes Voltas.
Nas contas da ‘Magia Ciclamino’, Jontathan Milan, 2º classificado do dia, mantém uma vantagem de 11 pontos para Kaden Groves (Alpecin-Deceuninck), que foi 4º.
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