Vitória saborosa para Taco van der Hoorn! Após um ataque no primeiro metro da etapa e também ter aguentado as sucessivas perseguições à fuga, o holandês conseguiu uma vitória inesquecível para quem acompanhou este dia espetacular na Volta a Itália e carimbou uma daquelas conquistas para qualquer adepto do ciclismo mais tarde recordar.
Integrado na fuga do dia, o rolador da Intermarché–Wanty–Gobert conseguiu aguentar as acelerações das equipas de sprinters nos últimos quilómetros e terminou com 4 segundos de vantagem sobre Davide Cimolai (Israel Start-Up Nation), Peter Sagan (Bora-hansgrohe) e Elia Viviani (Cofidis, Solutions Crédits), respetivamente. A reação de todo o pelotão veio mesmo tarde e o ciclista de 27 anos conseguiu cortar a meta sozinho e num triunfo que nos deixou a todos surpreendidos – até ao próprio, como se notou na linha da meta.
Este tipo de vitórias, infelizmente, já não são tão comuns como há uns tempos atrás, mas é sempre bom podermos assistir ainda a jornadas épicas como esta que nos transportam para um certo “romantismo do ciclismo”. O holandês esteve desde o início a lutar pelo prémio final e chegou isolado a Canale, depois de 190 km desde Biella. É claramente uma vitória para ficar marcada para este Giro e para este ano de 2021.
O português João Almeida subiu a quarto classificado, chegando integrado no pelotão, na 34.ª posição, e junto A ao seu colega Fausto Masnada. A geral continua a ser liderada por Filippo Ganna (INEOS), sendo que Edoardo Affini (Jumbo-Visma), que era segundo, terminou num dos últimos grupos, a mais de nove minutos, e daí a subida do prodígio luso na geral. O campeão do mundo de contrarrelógio lidera então o Giro com 16 segundos de vantagem para Tobias Foss (Jumbo-Visma), seguindo-se um trio da DSQ: Remco Evenepoel e João Almeida, ambos a 20 segundos e, no quinto lugar, Rémi Cavagna a 21 segundos.
Nélson Oliveira (Movistar) subiu de 17.º a 11.º, continuando a 32 segundos da camisola rosa, enquanto que Rúben Guerreiro (EF Education-Nippo) está agora no 51.º lugar, a 50 segundos do líder. As três curtas montanhas desta etapa fizeram alguma seleção no pelotão, que chegou apenas 110 ciclistas e deixou os restantes com bastante tempo de atraso.